Poemas Nordestinos

Um dia a tempestade chegará até no sertão mais seco e não vos assuste, apenas abra os braços e se encharque.

O sertanejo se alegra, com a chuva no Sertão. Madruga logo cedinho, levando consigo seu gibão. Vai pra roça, no sustento de seu pão.

O sertanejo é homem valente. Faz milagre no Sertão. Cria sua família, com amor e retidão.

⁠"Assu, pátria amada do meu sertão, ressecada, sem inverno e de verão. Calor não falta, suor e 'fogueirão'. Brasa tem de sobra para esquentar nossa paixão. Quero ver derretidinho o seu lindo coração."

⁠É tanta falta de chuva que castiga aquele chão
E a sementinha que luta pra nascer lá no sertão

No centro do sertão, o que é doideira às vezes pode ser a razão mais certa e de mais juízo!

Sertão é isto: o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados. Sertão é quando menos se espera.

A chuva chega forte, saciando a sede do meu sertão, enchendo o barreiro e os olhos do guerreiro que trabalha na plantação.

⁠O sertão é a perene e fecundante explosão da vida em forma de fogo, calor e fulguração.

⁠O sertão é um lugar de grandes guerreiros, onde a resiliência e a coragem já vem no ventre da mãe.

O amor é o sertão com terras férteis, com presença dum aguaceiro refrescante que vitaliza… O cheiro duma floresta de pinheiros; o aroma do azeite de oliva, a farinha com café que comporta o atarantado.

⁠Para quem se alegra e se alumbra à luz do outro, um toco de vela aceso no fundo do sertão é capaz de alumiar o mundo inteiro em silente mistério.

⁠Viva o meu sertão, que jamais precisará lamber as botas de fascistas disfarçados de bom moço e desumano, viva o meu sertão.

⁠O sertão da cidade de São Paulo está no frio/calor do concreto triste, suas vidas miseráveis que com as sobras vivem. A miséria, em qualquer canto, é o diagnóstico de uma sociedade que possui patologia moral.

⁠"O sertão não virou mar, continuamos regando a pouca água que nos resta."

⁠No sertão da vida, o cacto ergue-se como um guardião resistente, ensinando que, mesmo sob o sol escaldante, é possível florescer e encontrar beleza na aridez da jornada.

Olhar vazio que se alastra pela plantação, praga, seca do sertão, primazia do destino, franqueza no hino, turbulência meteórica, retórica diagramica, sexasional do vértice, me oriento com a palavra, o exemplo modifica o mundo, teste interno, desejo eterno, só faço o que acho correto, sonhei no deserto, voei com o vento, superei a dor e lamento, coração pulsante no peito grita, sufoco na vida, pigmentos na pele, mais melanina inerte, antes que a alma congele e o corpo dissolva, furo a bolha, faço escolhas, capacidade, simplicidade, só quero a verdade, me misturo na cidade, monstruosidade.

Não preciso de muito para ser feliz: a chuva que caia no sertão, as flores que nascem nos jardins, os pássaros que cantam, a lua que clareia, o sol que ilumina, o cheiro de rosas, o verde da esperança, areia do mar...olhar de criança, água de rio, campinas e luar...para ser feliz, a mim basta amar, amar, amar.

Hoje tem melodia para embalar meu sono, tem cheiro de terra molhada, porque chove no meu sertão.

⁠Vejo o amor como chuva no sertão, como uma benção merecida, que renova a esperança em nós e faz brotar de novo a vida.