Poemas me Ame no Silencio
Silêncio eloquente
Aquele que escreve sem emoção e fala sem pensar...
Esta consumido pela insensatez.
Não seja.
GENTE QUIETA
Gente quieta, de quem não se ouve som...
Nem sempre estar calada;
Gente que fala muito, gente que fala alto
Na maioria das vezes não diz nada.
O silêncio é ensurdecedor para os tolos;
Mas é conselheiro para os sábios.
Quem fala muito, diz pouco...
Quem fala pouco a seu tempo, diz tudo.
REVERÊNCIA
minha tristura
saúda a lágrima
e nesta usura
a vida é estima
na ternura
se em baixa ou em cima
saúdo a loucura...
no silêncio, um covil
solidão
tudo é funil
só amor é coração
e possível
com emoção...
O resto falível!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
[Vales do silêncio]
nos vales do silêncio há um rio que corre - o rio sempre seguem seu curso. Sem barulho ou ruído, um ensurdecedor caminho a percorrer. nos vales do silêncio, muitas coisas são ditas sem palavras.Gritos internos. Dores pra alma.nos vales do silêncio ouve-se gritos
Eu faço silêncio, fico quieta. Eu me calo e só escuto. Escuto até doer meus tímpanos e, quando me perguntam se está tudo bem, respondo que está. Alguém entenderia meus motivos caso eu respondesse o contrário? Bem, a resposta está implícita na pergunta. Quem está de fora não é capaz de perceber, afinal escondo muito bem. Não suporto a ideia de me lamentar apenas para receber atenção, enjoo só de pensar que isso passaria a ideia de pena. Pra quê ter pena de mim? Só quero que me entendam! Só quero que me deem a palavra que poderá justificar meu fim. A ideia de ser forte, talvez seja isso, passar as impressões erradas. Fazer com que as pessoas achem que sua vida é perfeita, que nada de tão ruim pode te acontecer ,que você sempre foi estável e nunca perdeu o controle. Nessa altura, não sei se fiz muito bem, ou muito mal. Quando eu dou um pio, não tenho o direito de me sentir como me sinto. Não posso ter meus motivos, afinal eles são banais. São dramáticos, são fantasiosos, são infantis. Juro, que tento conversar, eu tento. Tento dar o melhor para não me irritar, para não perder a calma. Calo a minha boca para não ferir ninguém, para que minhas palavras não se direcionem ao meu interlocutor. Faço de tudo para a situação ser imparcial. Eu penso no outro. Hoje sou cega, surda e muda. Desisti de tentar me comunicar. Não faz diferença, já que não posso opinar sobre nada.
"Se você não entende o meu silêncio como entenderia as minhas palavras, minhas razões?"
Ao recebermos uma provocação, o silencio é muitas
vezes a resposta mais adequada, pois o objetivo do
provocador geralmente é apenas desestabilizar-nos....
O DESPREZO DO SILENCIO
Marcial Salaverry
O desprezo do silêncio
é nossa melhor defesa,
doi mais ao agressor,
do que uma resposta à altura,
pois o que ele espera,
e nesse pensar até se desespera,
é o prazer de nos haver atingido,
de sentir nosso viver ferido...
Dando apenas nosso desprezo,
calar-se-á mais fácilmente...
Assim, o silencio somente,
faz calar essa infeliz mente,
realmente, uma mente demente...
..até existe por ai uma porta para a solidão,
Sendo que nunca a fitei de perto...
Mesmo quando apegado em pouco
quero muito o viver e até a dor amar...
Diante desse mundo contraditório,
parecendo que nada mais interessa...
Não me esqueço que me resta a vida
mesmo com o desuso da navalha...
Meu senho certamente chegará bem
no recomeço de cada amanhã...
Sei que até no silencio de Deus
muitas batalhas são vencidas..
O silêncio e a solidão nos assustam porque a gente não tem uma ideia se sentem a nossa falta ou simplesmente estão nos esquecendo.
Aprendam sobre eles, pois nenhum de nós
escapará da hora de conhecê-los.
O silencio naquele lugar se predomina a cada instante, mas não é um silencio normal como o de uma sala de cinema. É uma coisa mais reprimida, um silencio agoniante que te incomoda em estar presente.
Ruim ao ponto de você chegar perto e perceber que tem algo errado com aquele lugar.
As pessoas que estão presente agem de uma forma triste, no olhar delas reflete uma dor inexplicável, mas por incrível que pareça algumas pessoas não intendem, não conseguem ver ou saber o porque daquilo.
O silencio e a dor que são refletidos pela morte.
Preciso de silêncio para sentir meus sonhos, para sorrir e para fugir.
Preciso de silêncio pra me encontrar e para te amar.
Para esquecer e chorar.
Eu preciso de silêncio para entender que vazio é esse que a saudade deixa dentro do nosso coração.
Preciso de silêncio para ouvir todo o barulho que tenho dentro de mim.
SIM! SOU RUIM DA CABEÇA E DOENTE DO PÉ
Sim, eu confesso
Sem remorsos, falsos pudores
Sem assinar manifestos
Sem em meus gestos e gostos prediletos
Fazer sucesso...
Eu confesso!
- Sou muito ruim da cabeça
E também muito, muito doente do pé!
E não haverá neste mundo nada que me dissuada
Para brincar carnaval
Não vou pra avenida, desligo a TV
E convicta com o sentido da vida
Peço-lhes, não me levem a mal
Pois, nem do afoxé
Aos blocos de axé ou às sombrinhas coloridas
- Que sorriem agitadas, felizes para a vida -
Consigo, pelo inconsciente coletivo
Ou educação de uma imensa nação
Em minha convicção, dar-me por vencida...
Quero paz, amor e sossego
Meus livros na casa perfumada
Mantras em luz ensimesmada
O Divino, o silêncio...
Só isto e mais nada
A morte de um grande amor.
Hoje, cansado, desiludido, já sem forças,
sinto a ausência daquela que foi para mim o grande amor de minha vida...
Separado que fomos de forma brutal e violenta, num repente estávamos juntos rindo e felizes, e no outro instante, sentia o vazio que ficou com sua partida inesperada, fez-se o silêncio...
A dor da perda e dilacerante, causa um vazio inigualável,
A dor queima as entranhas da carne, que levam as raias da loucura...
Uma dor que chama a solidão de parceira e a melancolia de irmã...
Meu corpo esta latejante e meu cérebro não reconhece mais a o bem e o mal, vive num constante sobe e desce...
tornando cada segundo uma eternidade...
Espero sempre a volta do meu querido amor, que partiu para não mais voltar...
deixando tristeza, onde antes havia alegria,
Deixando dor onde antes havia felicidade...
Deixando solidão onde antes havia companheirismo,
Nada há que se fazer,
a não ser chorar minha perda,
até que as lágrimas sequem.
Presa à Solidão
O quarto é grande, vazio, apenas eu e um relógio em minha frente. Estou presa, acorrentada pelos pés e pelas mãos à solidão.
O vazio rasga meio peito, corrói minha alma, mata meu orgulho e me desfaz em lágrimas.
Lágrimas mistas de pena, ódio e dor. Lágrimas indevidas, sujas pela vergonha e incrédulas de a que ponto cheguei.
Olho ao meu redor e estou só, perdida no vazio dos meus pensamentos passados, lembranças que já não importam mais.
De repente estou na rua, em meio à multidão, mas ainda me sinto só, estou só. Em um instante, o mundo para, as pessoas somem, os pássaros calam, as ondas se acalmam e o silêncio reina.
É possível ouvir minha própria respiração, as batidas do coração, até meus cílios se chocarem ao piscar os olhos.
Parece único, fenomenal, mas imagine isso tudo dentro de você sempre.
Assim é a Solidão, uma sala fechada onde ninguém entre e ninguém sai, não existe nada além de mim, presa as amarras, em pé no meio da sala com o olhar perdido, ouvindo apenas as badaladas.
Um relógio que não marca as horas, mas sim a vida. A minha vida e percebo o quanto tempo ainda me resta para sobreviver amargurada na solidão que me foi concedida ou talvez escolhida.
Não há como escapar, por mais que se livre das amarras, o vazio mora dentro de mim.
As vezes o silêncio e a solidão sao as melhores companhias!
É no silêncio e na solidão que você faz uma viagem pra dentro do seu EU.
Passa a entender que ninguém além de você mesmo te entende!
Parece redundante? Intrigante? ...?
Sei lá, essa busca do entendimento é realmente confusa!
As vezes acho que nem mesmo eu me entendo!! Rsrsrs
EU AMO O SILENCIO E ELES NÃO COMPREENDEM ISSO
CURIOSO A REAÇÃO DELES, QUANDO FICO EM SILENCIO
PARECE ATÉ QUE ESTOU OS INSULTANDO E ELES NECESSITAM RESPONDER, ME ATINGINDO COM SUAS VANTAGENS.
Às vêzes, silêncio é mais informativo que mil palavras.
Por isso decidi, após tanto tempo ouvindo esse silêncio, ficar calado, para que também ouças meu silêncio.
Porém, este será o siêncio mais silencioso, eterno e imutável que o vácuo do espaço sideral.
BIOGRAFIA
Antonio Ramos da Silva
Antônio Ramos da Silva
Nasceu em 19 de setembro de 1960 na cidade de Brusque (SC). Vive e trabalha em São Bento do Sul (SC). É Professor, Radialista, Escritor, Ativista Cultural, Historiador e Poeta. Graduou-se em Ciências Econômicas, pela Faculdade De Plácido e Silva – FADEPS – Curitiba (PR) (1984). Pós graduou-se em Gestão Financeira, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR - Curitiba (PR) (1987).
Em suas atividades em exercício é Presidente da Academia de Letras Infanto-Juvenil para Santa Catarina Municipal de São Bento do Sul (SC) e membro da Associação Internacional de Poetas para São Bento do Sul.
Idealizou, planejou e executa o projeto “Diferente Sim, Indiferente Não”, e “Oficina de Poetas” em São Bento do Sul (SC).
Recebeu a Medalha do Mérito Cultural Dr. Arthur João de Maria Ribeiro - 2013, concedido pelo Instituto Montes Ribeiro e o Troféu Escritor Osvaldo Deschamps de Literatura e Artes - 2013.
Publicou: 30 títulos, entre poesias, textos, diálogo e história.
Sua voz
Ouvir-te Oh! Meu amor.
É como o meu ser,
se conectasse a velocidade da luz
em melodias e sons
e sentir meu interior emergir.
Voz que encanta e me seduz
num bailar de silabas soltas;
num entrelaçar
de uma paixão envolta.
Seus sons. Oh! Meu amor.
Aquele que sorrateiro
foge de teus lábios
como brisa leve,
e repousa em meus ouvidos
como labaredas de fogo.
Deixa meu corpo fervido
e me chicoteia suavemente.
Abriga-me em tua doce euforia.
Quero ser melodia;
num arranjo só me inebria.
Faça-me frequência
e única sintonia.
Seu som me capta
e de amor castiga.
Varre as malditas palavras
que não ouso escutar:
Infelicidade, dissabores, desarmonia.
Eu não canto decepção estagnada;
aquela que fazeis dele pranto
e no canto da alma se fez pó.
Não quero mais desamor
disso eu tenho dó.
Vida se canta numa nota só.
Amor!
