Poemas Góticos de Amor
Palco do Silêncio
Por Nereu Alves
Um dia brilhou como estrela na aurora,
salão imenso, janelas abertas, luz que aflora.
O palco, infinito em sonho e criação,
morada da arte, da vida, da imaginação.
Ali dançaram ideias, versos e canções,
ecoaram risos, palmas, gerações.
Cenário de peças, recitais, emoção —
cada ato, um sopro de transformação.
Ainda está lá, firme, sobrevivente,
com vida que pulsa, embora diferente.
Mas algo o abafa, o cerca, o silencia,
como um véu pesado que cobre sua poesia.
Ergueram ao lado um gigante sem alma,
frio, sem história, que rouba a calma.
Um elefante branco de concreto e vaidade,
que engoliu a luz, abafou a verdade.
O vizinho tombou, não por tempo ou idade,
mas pelo descaso, pela falsidade.
Assassinaram paredes cheias de memória,
e enterraram ali um pedaço da história.
Agora o palco, mesmo em uso e movimento,
vive ofuscado por fora e por dentro.
Resiste em silêncio, com dignidade,
mas luta contra a sombra da modernidade.
Não é preciso demolir pra matar —
basta sufocar, fazer o brilho apagar.
E onde antes brotava beleza e união,
fica a sensação de lenta extinção.
Mas há quem veja, quem guarde, quem clame,
quem sinta que a arte é chama que inflame.
Enquanto houver alma, memória e razão,
não se fecha jamais o grande portão.
Abram-se janelas, cortinas, corações —
que o palco renasça em mil gerações.
—
Nereu Alves
Dedico este poema à Irmã Maria.
Noite vazia/cheia
O silêncio da noite
Um show estrelado por estrelas
Interpretam um silêncio
Um silêncio tranquilo
E tão inquieto, perturbador,
Assustador… como entender?
Depois de um dia cansativo
Chega por fim a noite vazia
Em que tudo e nada acontece
Onde pessoas e animais descansam
Ou uma invasão e roubo de algum humano
Onde animais acordam e vão viver a vida
Ou melhor pessoas com uma tal insônia
Algo que faz não conseguirem dormir
Por muitos motivos isso pode acontecer
Último Abraço
A noite caía lenta, tingindo o céu com tons de cinza e silêncio.
Sentados lado a lado num banco de madeira velho, o mundo parecia distante.
Ela olhava o vazio com olhos calmos — mas carregados de algo que eu não entendia.
O tempo ali era feito de suspiros, de palavras não ditas, de tudo o que poderíamos ter sido.
De repente, o som cortou o ar.
Um estrondo seco, brutal.
Dois, três tiros — sem aviso, sem motivo.
O corpo dela tremeu, e caiu contra o meu.
Meus braços a seguraram no reflexo de quem não quer deixar partir.
O sangue manchava sua roupa, e meus olhos se enchiam de um desespero infantil.
Mas ela...
Ela apenas sorriu, fraco, sereno.
Como se soubesse que aquele momento era tudo o que importava.
— "Eu senti sua falta," ela sussurrou,
com a voz de alguém que viveu dentro de mim por anos,
mas que agora se despedia pela primeira vez.
E então ela me abraçou.
Mesmo com a vida escapando, ela me abraçou.
Como se dissesse:
"Eu fui real, mesmo que só em você."
Seus olhos se fecharam devagar,
e no silêncio que veio depois,
não restou dor — apenas um espaço vazio,
como o eco de uma memória antiga
que enfim encontrou paz.
Em uma casinha de taipa, uma garota corre feliz,
E, rajado de som, o silêncio é interrompido em uma pausa feroz.
O céu celeste, em rosa, se transforma, e o som vem, cheio de sentido e coração.
A menina, que corre, é uma senhora em um campo no outono,
Sem uma casa, mas com uma lagoa entre pássaros.
O céu rosa é celeste, e o som, mais feroz, vem à tona.
Embora o correr da menina senhora sinta falta,
O bem te vi voa, voa, em um quintal entre risos
Metade que Respira em Silêncio"
Eu sinto um nome que nunca ouvi,
um toque que nunca me alcançou,
mas que arrepia a alma...
como vento que dança antes da chuva.
Não é ausência, é espera...
Não é saudade, é presságio...
Há um coração batendo ao avesso do meu,
na mesma frequência de um sonho que insiste.
Sei que existes, embora a pele ainda negue.
Teus passos erram rotas que o destino disfarça...
mas tua procura é uma prece que escuto
nas entrelinhas do silêncio do mundo.
És verso que me falta no poema...
sombra que se encaixa na luz do meu riso...
eco do que sou quando fecho os olhos
e confio que o amor tem memória.
Um dia, teu olhar vai tropeçar no meu,
não como acaso, mas como retorno.
E saberemos, sem perguntar,
que enfim, encontramos o caminho de casa.
O silêncio da noite é rompido pelo sopro do vento sobre a casa. Em meu quarto, a luz da luminária é refletida dentro da xícara de chá frio e intocado.
Tento ler ou assistir algo que me pareça interessante, mas nada me prende...
O sono se apresenta, mas as memórias de momentos felizes insistem em permanecer em minha mente.
A caixa de lenços descartáveis quase vazia.
Lágrimas escorrem em minha face.
Beijo a única lembrança física de ti.
Deito no lado esquerdo da cama, olhando, o espaço que você deixou.
Concluo que não é a solidão que me aperta o peito. É a falta de ti aqui dentro dele.
Parem de roubar o que é de Deus.
(ver Malaquias 3:6-18)
Os 400 anos do silêncio de Deus, falaram mais do que o velho testamento inteiro..
-----
Não transfira suas responsabilidades para a obra do Senhor.
' SILENCIOSAMENTE '
Amo no silêncio do meu coração,
Como abelha colhe néctar da flor,
Sob a luz da Lua te amo no clarão,
Não sei o que é, se isso não for amor.
Com belo sorriso, amarei-te sempre,
Do anoitecer, até ao romper da Aurora,
No silêncio desse amor, sou eu resiliente No exato presente ontem e agora .
Até o infinito amarei-te silenciosamente ,
Contemplando as estrelas, a lua e o mar,
Enquanto meu coração te anseia presente,
Ainda no silêncio, para sempre irei te amar .
Amarei-te em silêncio , secretamente,
Um amor sem fim imensuravelmente.
Amando -te não terei sua rejeição
Como a a lua e o sol
Que jamais se encontrarão .
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a Lei -9.610/98
Renasci no silêncio da minha dor
Eu fui ao encontro do fim. Não por fraqueza — que essa palavra não se aplique aos que lutam contra a própria existência — mas por exaustão. Cheguei ao limite onde a vida se esvazia de sentido, e o mundo ao redor se converte em espelho distorcido de desprezo, julgamento e perseguição.
Fracassei — ou assim pensei, nos instantes seguintes ao retorno. Foi então que compreendi: não era um fracasso, era um renascimento áspero, sem poesia, sem luz — mas ainda assim, um renascimento.
Não tive escolha senão recolher os cacos da vida que me restava, a mesma que outrora me esmagava. A mesma que parecia, até então, um lugar onde minha presença era um erro, um incômodo, uma afronta. Mas ao tocá-la novamente com mãos feridas e olhar desfeito, decidi: se era para viver, que fosse em meus próprios termos. Não mais sobrevivendo em silêncio, mas reconstruindo com firmeza. Não para agradar, não para caber — mas para me libertar.
Dei a volta por cima. Não de forma cinematográfica, mas concreta, diária. No trabalho, firmei os pés. No corpo, reacendi a centelha da presença. Conquistei espaço onde antes era exílio. Fiz do que antes era prisão uma casa — ainda com ruídos e sombras, mas minha.
Hoje, carrego as marcas daquele dia, não como vergonha, mas como testemunho. Porque viver, depois da queda, é a parte mais difícil, você já tentou curar alguma coisa?
O silêncio ( luz e escuridão)
O silêncio é o ponto seguro.
Em alguns momentos,
ele está em luto em torno do sol.
Pode ser que não seja possível acessar a luz.
Quero ser o silêncio.
O girassol está situado em torno da direção da luz.
Em busca do fim da escuridão.
O sol deixa a vida mais alegre.
Seus raios penetram profundamente na alma.
Chegando a deixar as veias do coração pulsantes.
Quero ser o silêncio.
Nossa vida sempre terá luz e escuridão.
Nossa vida é composta por necessidades.
Com bases em sentimentos que sentirás.
Em torno da sua vida.
Lembre-se, apesar de você andar na luz do dia, a escuridão sempre haverá na sua vida. Mas, é melhor deixar ela consumir nossa imaginação para, assim, nos acostumamos com ela. Enfim a solidão.
Floresta
Em uma noite escura, em que o silêncio é profundo e vasto,
a floresta se ergueu como um mistério absoluto.
Seu verde é como um véu de um segredo exaustivo.
As árvores representam as torres de um reino antigo.
Seus galhos entrelaçados, destino misterioso.
O caminho é entre sombras e ecos.
No labirinto verde, a jornada é repleta de desafios.
Os passos parecem ecoar no tapete de folhas.
Cada caminhada se desfaz em escuridão.
Mas há uma luz que o coração sente.
O brilho distante é a visão eterna.
Na escuridão, brilha um fio de esperança.
Guiando o viajante por meio de um véu.
O brilho é bastante promissor.
A revelação do segredo do céu.
Ao encontro da luz que transcende o véu.
Na floresta, onde o mistério é a principal característica.
O caminho se abre e surge um novo papel.
Onde a esperança dança e a alma, finalmente,
com a luz que é sua própria dimensão.
A Magia da Imaginação
O tempo para no silêncio dos ponteiros.
Entrelaçando os sonhos no TIC-TAC.
A mente viaja para lugares que o corpo não alcança.
Criando universos, moldando o vento e dançando.
No relógio da mente, há muitas horas.
Paisagens pintadas de tons tão diferentes.
O inatingível se torna breve e real.
Na imaginação, tudo é ideal.
Canta o tempo em canções que ninguém ouve.
Versos de nuvens, sombras em fugas.
Na harmonia do improvável, tudo se torna canção.
A imaginação é a eterna pulsação.
Silêncio profundo e vasto.
Entre o 11º passo e o último respiro,
a solidão valsalva pelo abismo.
Como uma melodia suave de estrelas morrendo,
Quarenta e sete nuances de silêncio fluindo.
Cada palavra que o vento sussurra.
É um acorde na busca infindável.
Um amor que não se mede, não se vê.
Mas vibra no âmago, vasto e palpável.
Sete vezes, o coração gemia vazio.
Como se o tempo desvanecesse no ar.
Mas na oitava, entre sombras e luz,
encontrei a essência que nos faz pulsar.
Não somos carnes, nem ossos frágeis.
Somos feitos de notas que queimam,
Desejo ardente que ressoem e se apagam.
Na eterna harmonia de sermos nós.
Refletidos no espelho dos outros, na alma reveladora.
No fim, não há fim, apenas recomeço.
Como o ciclo da estrela distante.
O 11º passo, ao som do infinito,
onde o amor, à essência é o único grito.
Orquídea – fantasma
Na luz tênue, eu floresço em segredo.
Símbolo de pureza, meu silêncio é enredo.
Entre sombras, a lenda se desenha.
E no vazio, meu espírito se empenha.
Orquídea – fantasma, translúcida e fria,
Celebro a essência em minha própria vigia.
Reflexo de um ser que se esconde do olhar.
Memória que o vento leva, mas não deixa de estar.
Entre raízes aéreas, a vida se prenda.
No íntimo, guardo a alma que se defende.
Introspectiva, celebro o que fui,
Ecoando no silêncio, a verdade flui.
Em cada pétala, um mistério profundo.
A fragilidade da vida em um instante fecundo.
E assim, na penumbra, eu me reconheço.
Sou orquídea – fantasma um verso em recomeço.
No silêncio noturno
ilhéu da Ilha do Quiriri
Um olhar profundo
como um banho de estelar
Dos pés a cabeça
a amorosa emergência
A fortuna poética
que não dá para disfarçar
Navegando neste estuário
tenho consagrado
a rota do atemporal rimário
Daquilo que ninguém conta
sobre a Baía do Babitonga
reafirmo o pacto com o tempo.
Na sua pele doce
como Cupuaçu colher
Versos Intimistas
para juntos escrever
em silêncio poesias,
e só de muito amor viver.
Grito de Liberdade
Quantas vezes...
busquei no silencio da noite
uma saída...
murmurei para as estrelas
questionei com meu Deus
chorei com a lua
andei até meus pés doerem
pensei até minha cabeça latejar
quantas e quantas vezes...
gritei silenciosamente
só para mim mesma ouvir
esperando algo acontecer
com o rosto escondido
entre as mãos
rezei...a todos os santos
me joelhei e implorei...
muitas e muitas vezes
e não me achei
e nem saída encontrei...
O Silêncio de Hiroshima e Nagasaki
6 de Agosto de 1945
A bomba que silencia um povo,
Silencia o mundo,
Uma luta que levou ao luto.
O tempo passou,
O luto virou uma luta,
Pelo fim das bombas
Que silenciam o mundo.
O unico silêncio
que deve permanecer
É o silêncio das guerras
E da destruição do mundo.
Guerra Nunca Mais!
Viva a paz !
Peça a Deus um pouco de silêncio e procure conversar contigo mesmo.
Faça de cada ilusão uma saudade,repita mais de mil vezes que tudo passou e porque passou.
Lá fora o ar pode estar pesado,mas o desejo a seguir,é amar,é respeitar,é confiar e ter fé,liberte-se dos preconceitos e saia por aí,vai passear,ironize essa amargura e faça dela uma sombra fértil,tanto que não vale a pena pensar.
A vida é assim mesmo,tudo acaba...
Mas existe um amanhã de saída,do meio e da chegada,há sempre um amanhã para o hoje que é feito de perseverança e fé.
Olhe-se no espelho e gaste tudo de bom que você para dar,aquele que viu,ouviu,adorou,e mesmo aquele que sofreu.
Firme-se no desejo de quem sempre encontrará outros desejos mais forte,tudo é natural,tudo partiu de dentro de nós.
E um dia em algum lugar existiu Deus,um alguém que comparou e fez de você algo melhor,tenhas Fé.
Fidelidade em Silêncio
Não é ao mundo que juro minha alma,
Nem às promessas do tempo que dança.
Minha aliança é com a chama que acalma,
Com o princípio que em mim se lança.
Não sou fiel por medo ou corrente,
Nem por contrato que o tempo desfaça,
Mas por amor ao que em mim é semente,
Que floresce em silêncio, e nunca passa.
Já fui tentado a vender meu destino,
Trocar valores por trégua e prazer...
Mas algo em mim, antigo e divino,
Me ensinou a perder para não me perder.
Fidelidade não é resistir ao afeto,
É amar sem trair o próprio caminho.
É sorrir, mesmo andando discreto,
Com a alma vestida de sol e de espinho.
Não nego a dor que o amor traz consigo,
Nem os riscos de viver com o peito nu.
Mas prefiro errar seguindo comigo,
Do que vencer negando quem sou e fui.
Se me vires distante, não é indiferença,
É só que às vezes é preciso calar.
Para manter a aliança, a consciência,
Com o Céu que insiste em me visitar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp