Poemas Góticos
Um pedaço mais, um pedaço menos
E a coisa se vai montando.
É que a sombra do passado me assombra
Bate a palma da palmeira no meu ombro.
Corro os olhos linearmente
E as idéias se vão surgindo. Ponto.
É que a sombra do passado me assombra
E a memória se vai rugindo, perfiando. Amargamente.
Deslizo os olhos maquinalmente. - Não! Mastigo cada verbo.
O texto. É de grafite, diamante. É de ficção, de tédio.
Sou eu... de grafite. Vale mais que minha vida.
É que a sombra, o passado é minha sombra
E me assombra a sombra de cada passo.
É que o sonho do futuro me assanha,
Mas não passa de um passado encarnado.
Sou a palma da palmeira que apanha do vento
Sou a palma da palmeira que despenca
E a cada palmo de mim está um rastro
Que o segundo atrás do tempo já condena.
É que a sombra do passado me assombra
E o fantasma dessa sombra se apresenta.
SOMBRA
Perdida esquecida, sem oxigénio
Num ergástulo escuro, sem dor
Pequena letra, palavra escondida
Insensata atmosfera, talvez hipócrita
De verdades que são muitas vezes
Falsas promessas, ânsia de liberdade
Coabita na contemplação da morte
Apenas pede a Deus a misericórdia
Que a sua alma anseia há tanto tempo
Um premio que ele acha que merece
Cobre o seu frágil corpo, com um velho
Manto preto já roto, ergástulo eterno.
Sou apenas a sombra no escuro, a águia sem asas... sou milhares e apenas um
Perdido em um mundo além do tempo, em dias sem pensamentos
Na arte de se esconder... Se esconder de mim mesmo.
Debaixo da sombra
do arvoredo os
passarinhos ouviram
o canto da minha
alma dizendo...
Tamo...Te amo...Te amo...
Lampejos da sombra
[...]
Quando não tiveres mais nenhum objetivo, quando perderes todas as tuas crenças e a tua fé, quando não enxergares utilidade em crescer, pois desprovido de sonhos e, tudo que já tiveres contigo começar a nada significar, então não verás sentido em nenhuma convenção social humana, perderás a alteridade, a moral, o amor, a ética e, finalmente, perderás ação na vida, ou nenhuma das tuas terão um motivo, uma direção.
Pátria, latejo em ti, no teu lenho, por onde
Circulo! e sou perfume, e sombra, e sol, e orvalho!
E, em seiva, ao teu clamor a minha voz responde,
E subo do teu cerne ao céu de galho em galho!
Dos teus liquens, dos teus cipós, da tua fronde,
Do ninho que gorjeia em teu doce agasalho,
Do fruto a amadurar que em teu seio se esconde,
De ti, - rebento em luz e em cânticos me espalho!
Vivo, choro em teu pranto; e, em teus dias felizes,
No alto, como uma flor, em ti, pompeio e exulto!
E eu, morto, - sendo tu cheia de cicatrizes,
Tu golpeada e insultada, - eu tremerei sepulto:
E os meus ossos no chão, como as tuas raízes,
Se estorcerão de dor, sofrendo o golpe e o insulto!
O que mais queria,
nos momentos difíceis,
era ser tua sombra.
Mesmo quando as
luzes estiverem apagadas,
ela estará lá, imperceptível.
Mas quando reacenderem,
é quem primeiro do
teu lado vai estar.
Estive no mundo dos mortos e perdi minha paz , hoje sou uma sombra do acaso que vaga sem direção e perdido no tempo me encontro sem vida , frio e vazio .
Só restaram as lembranças de uma verdade que se escondeu , deixando uma saudade de tudo aquilo que era bom .
Hoje me vejo velho e cansado , perdido numa trajetória de vida incerta , não restou ninguém , nada daquilo era verdade . Triste estou e me disperso com uma grande tristeza , deixo aqui meu sentimento de humilhação e aonde quer que eu esteja jamais esquecerei desses momentos .
Diário de um amigo a beira da morte.
J.R.M 21/04/15
Não sou seu castelo,mas sim o seu refugio.
Não sou o seu Sol,mas te acolho em minha sombra.
Não sou seu destino,mas o caminho que o conduz.
Não sou a obra prima ,mas sou a inspiração.
Não sou a certeza,mas tiro sua dúvida.
Não sou a sua vida,mas sou seu coração.(A.J)
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! Ser ‘gauche’ na vida.
(Do poema "Sete Faces"/in: Alguma Poesia, 1930.)
MATURAÇÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Hoje gosto de calma. De ar puro. Sombra, rede, quintal. Gosto de amar, fazer amigos, ter liberdade para ser quem sou e deixar bem claro que é pegar ou largar. Escrevo e leio mais do que nunca, sei exatamente o que não quero, aprecio arte, boa música e já não tenho vergonha de ser sensível; romântico; sentimental.
De bem com a vida e comigo mesmo, estou no ponto em que tempo não é dinheiro e sossego não é caretice. Posso desprezar a moda, gostar do que realmente gosto e sonhar ao meu bel prazer... e como não se chega impunemente a tal estágio de segurança, bom gosto e sinceridade, chego à conclusão de que realmente chego à velhice.
Cerrado
À sombra do pequizeiro
Delirei a vida a sonhar
No uivo do guará faceiro
Chora o meu recordar
Nos galhos tortuosos
Brotam as saudades
De cheiros maravilhosos
De infância, alacridades
Tem gosto de gabiroba
Aridez do sol a rachar
Vigor doce de mangaba
Buritis a nos sombrear
Constrói o João de barro
Nostalgias em todo lugar
O vaga-lume tão bizarro
Ilumina o meu poetar
O horizonte é sem fim
Onde põe a lua a repousar
Lobeiras talham o jardim
Das savanas a enfeitar
A arapuá em sua cabaça
Ornam o beiral do passado
Ipês em flor pura graça
Desenham o meu cerrado...
Rio, 22/03/2011,
17’07”
LUA NOVA
Lua nova
onde estás
que não te vejo
não me apareces
nem por um lampejo
na sombra da terra
escondes sem cortejo
fase triste
fase escura
fase em riste
fase agrura
as estrelas lá no alto
brilham por compaixão
na estrada o viajante
se perde na escuridão
os pirilampos aqui embaixo
em plena extinção
fico tristonha
fico amargurada
noite enfadonha
noite apagada...
mel - ((*_*))
“A uns satisfaz uma sombra,
a outros nem o mundo basta.
Uns batem com a porta,
outros hesitam como se não houvesse saída”
.
(em “Tradutor de chuvas”. Lisboa: Editorial Caminho, 2011).
Melania Ludwig
8 de março de 2012 ·
Hoje é o nosso dia
ELA:
Sombra que alivia o sol escaldante
Refúgio para o cansado viajante
Colo aconchegante do recém nascido
Alívio da dor de um soldado ferido
Suspiro de um poeta apaixonado
Arqueira do guerreeiro cansado
Rio de águas calmas ou turbulentas
Mar que grandes ondas sustenta
Céu que acolhe toda esperaça
Luz que clareia longas andanças
Amor que fecunda a humanidadee
Elo entre Deus e a fertilidade...
mel - ((*_*))
Me sinto sombra
Não a conclusão
Não sou o ouro
Sou a prata e esta de segunda mão
Em terra de reis me sinto o camponês
Não me culpe mais além se ainda houver escassez
Sou o peão do xadrez
Nunca o cavalo galopante
Nem tampouco a torre exuberante
Entre o bispo e o próprio tabuleiro
Fui aquele que previu o jogo inteiro
Por isso não e repito o tanto quanto necessário
Seria esse um presságio
Uma adoleta
Algo mais inocente
Não pense que sou eloquente
Só quero do mundo
Como um todo
Que sigamos juntos
Unidos
Não como tolos
Todos passamos por problemas.
A diferença é a maneira como
vamos encará-los, à sombra,ou à luz
Depende muito da força de vontade
de cada um.
Uns com mais facilidade, outros nem
tanto.
Mas não devemos deixa-los de lado
como se nada estivesse acontecendo.
Temos que lembrar também que na
vida nada é eterno; nem o mal.
O amor é um bom companheiro...
Da vida é quase irmão!
O amor é a sombra da alma refletida no coração!
IMAGENS...
À sombra do prazer me entrego
Ansiando pela recíproca voragem
Bebo teu néctar com fervor, não nego
Me enterro em sua paisagem.
Me deleito longamente, sôfrego
Sou fogo e chamas, qual tua imagem
Me entrego, qual bêbado, trôpego
Que louco deleite, que voragem.
A NOITE
A noite está fria
La fora uma imagem
Uma sombra
O sereno esta caindo
No céu as estrelas brilhando
O que pode acontecer
Com duas vidas assim
Sei que não deverias
Mas sinto que vou te amar
Não sei se evito,
Não posso então vou me deixar te amar.
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