Poemas famosos de Silêncio
Esculpo palavras,
dou-te o meu silêncio.
Fiz-me açúcar,
mais doce que o mel...
vou-me
diferente de tudo quanto imaginei...
deixo-te
diferente... de sempre... de quando cheguei.
Levo-te na lembrança,
na mente e no coração...
eras pra ser meu,
mas isso foi em outras eras...
Agora estou distante,
há anos-luz
de nosso melhor instante.
Confesso, tu ainda me seduz...
Imploro:
faz-me de novo açúcar,
transforma-me em mais doce que o mel...
Muda estas minhas palavras
que agora têm gosto de fel.
Há uma paz infinita no coração do ruído...
silêncio,
inércia,
falta de movimento,
nenhum momento...
e ele só quer dormir,
fugir pra longe,
pra um lugar
onde
seus pensamentos não alcancem
o amor perdido,
não vivido,
desperdiçado...
como era bom tê-la ao seu lado.
Encontro de almas
Do chão que de repente se abre
bem embaixo de ti.
Na frequência do silêncio estridente
que invade tua alma.
Da guerra travada consigo mesmo
todos os dias
desde a manhã
até o anoitecer.
Guerra donde és cativo desde sempre:
- Alistado – uniformizado – com fuzil em punho
e a espera do inimigo
abrigado no front de teu peito.
Rindo o teu riso
bebendo o teu vinho
e brindando
a tua alma.
Da chama que cresce dentro de ti
e alimenta-se da sua tristeza
feito um cão faminto e mendicante
as três horas da manhã.
Círculo vicioso
de vida
de morte
de sorte - (todo tipo).
No vazio encontro de almas distantes
perdidas no encanto dos trinta
colhendo o vento plantado na vida-
-em outras vidas.
Nascido tardiamente
Útero –
fórceps –
dor.
Obrigado a viver só
no vazio instante que lhe restou.
Feito uma ilha
plantada em alto mar.
Bem debaixo do céu azul
e de nuvens cinza
escondidas por detrás dos olhos
e bem debaixo do nariz.
No vazio que lhe restou
a cura para a dor que sentes desde sempre.
Desde a saída do útero
até o brilho do último raio de sol de hoje.
Meu Silêncio
Meu Silêncio Daffé
Porque, tem que ser assim
Se eu pra beijar você
Você tem que gostar de mim
Não sei
O que vou fazer
Olhando teu gesto frágil
Falei palavras sem sair de mim
Eu posso me arrepender
Do que eu disse
Menos do meu silêncio
Transo com a lua pensando em vc
Sob a luz de um insenso
Não sei, o que vou fazer
Nâo quero é mais falar
segredos como a dor
Que carrego em mim
O amor é uma ilusão sem a qual
Não podemos viver.
Eu tenho marcas do silêncio
A saudade é em mim tatuada
Fiz planos...desenganos
Sonhos perdidos,
Palavras jogadas.
Jogo, perdidas pedras
Vencida !
escravos do silêncio
somos vistos por eles,
ditos como mortos,
ainda falaste como escravagista,
senti a dor carrego,
sabes o passo diante a escuridão,
sois mais conhecedora de minha vida,
que os mortos revelam o destino,
escrava das acensões do teu templo,
tantas mascaras que cobrem teu coração,
sem sentenças tão mortas quanto teu coração,
Olhe no espelho verá todos seus crimes,
sinta tudo passou, valeu a pena?
e se valeu descanse em paz na sua cova rasa.
Que sinfonia é essa?
Ó voz que não cala
Palavras distorcidas
Grito no silêncio
Desapego
Por quê ainda
não acontece?
Teimosia...
Desalento...
Vai deixe eu passar
Não me arraste
para esse saltério.
O tempo passa
Não vês que não
quero essa Relíquia
É no silêncio que minha alma fala
A noite eu me entrego ao meu eu
Em sussurros meu coração grita
Em doces palavras me entrego
E o que parecia solidão, já não existe mais
Aqui encontro a companhia da qual preciso
Vou deixando fluir essa energia que contagia
Brincando com as palavras vou me divertindo
Vou contando um pouquinho de mim
E até mesmo quem está longe pode sentir
Navegando por lugares que jamais vi
Os meus sonhos de menina pude sentir
Muitas vezes viajei
Entre sonhos me peguei
Nas páginas mais belas
Com figuras eu brinquei
Hoje vejo tão pouco disso
No sorriso da criança
Que não sabe da magia
Que se acha na esperança
Na tecnologia se perdem
E se esquecem da infância
Pobres, adultos frustados
Que não teve uma infância.
Silêncio...
Há tantos sonhos guardados
não revelados
e dentro de mim,
silenciados.
Não foram perdidos,
tampouco, esquecidos,
dormem ainda
no silêncio
que o tempo os guardou.
erotildes vittoria (editado) em 30 de agosto de 2014
Em meio a tantas gentes, a tantas vozes, mais se evidencia o meu silêncio.
Ali, todos tentando impor, ao elevar o tom, as suas verdades.
Ninguém ouve ninguém. Ninguém mais se ouve.
Houve quem tentasse. Em vão. E entre vãos escorrem o bom tom e a gentileza, essenciais para uma convivência saudável.
Silêncio.
É no vazio que nos encontramos!
Um diálogo profundo,
entre o querer e o sentir.
Nada se ouve.
Tudo se escuta!
O eco de frases ditas.
As mentiras em que acreditas.
A penumbra da tua saudade.
O rasto da tua vaidade.
E assim te ficas...
Entre as palavras ditas e não ditas.
No silêncio.
Meditas...
Anabela Pacheco
Frenesim insuportável.
Exaltação do absurdo.
Quero sentir a plenitude,
do vazio!
Amar o silêncio.
Amar no silêncio.
Um mundo perfeito,
dentro de quatro paredes.
Só nosso!
Arrebatamento total.
Momento ideal,
pleno de êxtase!
Anular o tempo.
Captar aquele fragmento,
em que o universo parou...
Anabela Pacheco
No silêncio.
Entre cada fracção de tempo.
Entre cada pedaço de nada.
Entre cada vazio.
No limiar da estrada.
Por vezes forte.
Outras tantas destroçada.
Perdida, apagada.
Ali jaz.
Condenada.
Num eterno pranto.
Carente de amor.
De tão belo canto!
Resistente.
Não acredita.
Pressente.
Que tamanho sentimento,
no peito pendente,
não pode ser dor.
Não acredita.
Pressente.
Espera.
Dormente.
Por um grande Amor!
Anabela Pacheco
Escuta o silêncio. O eco que transporta a doce melodia da minha voz. Sente. É o teu nome que grita!
Não tentes decifrar o enigma que te assola. Cruza os caminhos que te irão levar a sítio algum. É onde irei estar, à tua espera. Na névoa que te beija. Na brisa que te aconchega. No último raio de sol que te afaga o rosto. Sereno. Sonhador. Observa o vazio. Está pleno de mim!
Anabela Pacheco
Silêncio sombrio
Uma única vontade
Nas sombras da lua sob as núvens
Sombria e sem limiar
É tempo de espera
Portas cerradas
Calor incômodo
Nada importa
Faço das sombras
Espectros lunares
Desenhados na imaginação
Do meu cérebro ainda pulsante
Se confrontando em raios
Feito tempestades de verão
Passa o tempo
Que enfraquece o colágeno
Pressionado pelo fumo
Exposto no espelho
Onde a pele acinzentada
Se dobra em rugas
Delatoras em excesso
De uma idade mentirosa
Que nem sei se é pra menos
Mas que parece bem mais
Ressecada pelo álcool
Lagartixando sob o sol
Mais um dos meus prazeres
A contenda que me resta
Me deixa sem perspectivas
Nada quero além disso
Só ver passar o tempo
Sem com mais nada me preocupar
Além do que está por vir
Quando meus olhos se fecharem
E não mais se abrirem
Ficará uma só certeza
Num derradeiro e sincero pensamento
Ninguém além de nós há de saber
Que junto à mim se encerrará o gosto amargo
Do meu amor nunca poder anunciar
(Nane - 04/09/2014)
Senhor
Procuro-te no silêncio das árvores
Entre os seus ramos dobrados.
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No silêncio, continuo no meu mundo de lembranças,
como uma chuva, que cai de mansinho a me
preencher de mim mesma, por toda a minha vida...
As lembranças moram em mim e, ainda bem, pois,
são incompreendidas pelos mortais...
Continuo, sigo em meu mundo de lembranças,
elas são alucinadas como eu, ninguém, nem mesmo
os solitários, não deixam de ter lembranças perfeitas
do passado...
Marilina Baccarat no livro "Viajando nas Lembranças"
Abro os olhos
Mas só vejo a minha sombra
Tento escutar o silencio mas
Só me oiço a mim
Tento mover-me mas não consigo
Sinto-me presa nas trevas.
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