Poemas e Poesias

Cerca de 59519 poemas poesias Poemas e Poesias

⁠Eu fui feito de pedra molhada
A pedra que rola na estrada do tempo
Como estrela que brilha
Falseando a existência
Fui jogado ao vento das dores sem fim
Fui quebrado em pequenos pedaços
E jogados em nebulosas perdidas
Eu fui pedra
Hoje sou pó
Amanhã diamante negro serei...

Inserida por Existencialista

Imperfeição

Eu quero é ser imperfeito!
Ser errado em minhas convicções,

fazer idiotices,

rir de mim mesmo ao ponto em que a gargalhada me satisfaça e
que a ideia do cômico, me absorva...!

Sou eu assim sem temperos,

feito água de cachoeira que migra
de pedra em pedra e se esvai!

José Ricardo de Matos Pereira: 11.04.2020 - 8:25h

Inserida por JRMP

⁠Hoje

Hoje o dia chora
Não há metáfora
Não chove


Há um vapor
Um suor
Um choro
Que exala dos poros


Há um transpirar
Escorrer
Que banha as lembranças


Há um recordar
De dois corpos suados
Pregados
Em meus pensamentos
Do que foi todo
Meu choro.


Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Fidelidade
A humanidade precisa de amor
e junto dele fidelidade
para evitar de causar dor
aos que ama de verdade
Não prometa fidelidade
ser não é capaz de ser
se tiver caráter e lealdade
cumprira com sua responsabilidade
Seja no amor ou na amizade
saiba guardar segredos
diga sempre a verdade
não trate pessoas como brinquedos
Se não está maduro para se relacionar
trabalhe em seu próprio desenvolvimento
e você não vai se decepcionar
e evitará muito aborrecimento

Inserida por juliana_rossi

⁠Quero em Verso para te Amar

Quero a última intenção
Um último beijo
Com todo desejo
Depois despejo


Quero amar aquele instante
Desarmar
Nossas almas


Quero intenções, intensidade
O procurar
De sua boca em minha
O resto daquele abraço
Quente
O resfriar do impossível


Quero você
Seus pelos
Meus apelos
Sem cobranças
Só quero
Nada mais


Só quero
O todo roubado
O que me foi retirado
O que se fez descortinar


Só quero você
Seu braço
Um abraço
Sua masculinidade
Concreta


Sua vontade em minha vontade
Quero você
Sua doença amanhecida em mim
Sua existência


Quero a última
Intenção
Quero ficar em você
Pregada
Carregada
Como páginas
Amassadas
E nunca
Esquecidas


Estrofe de um verso
Que nunca
Terminei
E só comecei com você


Verso que nunca pronunciei
Mas quero tudo de volta


Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Quando

Quando vai passar?
Este desvario
Esta loucura
Deste encontro
Que provocou o desencontro
De todas nossas vidas.


Quando vai passar
Esta saudade
A sede de seu tocar
A minha
Avidez
Aflição
Pela sua presença


Quando vai passar
Este desespero, a secura
Que tinge meus dias
Minhas idéias
Esconde minha ansiedade
Em te tocar
Somente com o meu olhar


Não vai passar
Vai minar
Vai marcar
Não há tempo
Vai ficar
Morando neste tempo
Em que fiquei
Louca por você.


Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠A terra não é suja como a nossa vida
E vocês tratam a morte como se ela fosse algo ruim.
Mas ela não é.
A Nossa vida aqui que é ruim.

A morte é só a despedida desta vida insone
Balda e degregada
E o que dói
Não foi em quem morre ou parte
Dói em quem fica.
A morte não é ruim porque a saudades
e o egoísmo existem.

Quando todos partirem,
Não espero que nenhum de vocês volte,
Muito menos espero voltar também.

Deixem a vida para trás, para baixo e para a Terra.
Deixe a vida para os animais que realmente a merecem.

A morte é a sustentabilidade da vida pelo seu inverso
tentando restabelecer a ordem
deste mundo quase perdido.

O Homem é humos
E não precisa ser mais.
Já plantou uma semente no corpo para ver como nasce?
O homem é melhor que esterco só isso.

Não conheço outro jeito de salvar o mundo
Se não, não estando aqui.

Volte também
Ao título deste poema
Não insista
A Vida não é sobre nós.

www.jessicaiancoski.com

Inserida por JessicaIancoski

Poetisa Contemporânea Atual | Novos Poetas Brasileiros

PINGAM AS ROSAS AZUIS

No criado-mudo repousam rosas azuis respeitando a neblina do silêncio.
Um Relógio pendula o tempo, debatendo-se
Oscilam-se os lados,
hora-esquerda,
hora-direita.

Uma rósa chóve outrá balançá
Desprende-se
e píngá ´´´´´´´´´´:
E cai nos azulejos
Pétalas deslizam como lágrimas regando de azul a superfície.

Então paro, me pergunto
E desabo-tou:
Quantás-batídás-até-que-se-caule?_ _ _ _ _

Disponível em https://www.jessicaiancoski.com/

Inserida por JessicaIancoski

⁠Criar asas e voar
É o sonho que quero alcançar
Mas com as janelas fechadas
E com as portas trancadas
Não posso nem pensar
Em voar

Porque quando sonhamos
Precisamos tomar cuidado
Para não sairmos machucados

Porque viver pode ser
Tão complicado de entender

Só queria pode gritar
Sem me preocupar
Com que os outros vão pensar

Mas preciso saber que viver
Sempre será um prazer

Inserida por garotasincera

Você lembra...
Daquela noite escura...
Após as doses de rum...
Lembra da faísca...
Do quarto em chamas...
Da febre delirante...
Dos nossos corpos ardendo como magma...
Lembra da nossa dança...
Lembra do ápice...
Dos gritos...
Que acordaram o quarteirão...
Dos nossos corpos fracos...
Como se não tivéssemos ossos...
Você me fez acreditar no sobrenatural...
Pela primeira vez...
Naquela noite escura...
De odores almíscarados...

Inserida por POETASOLITARIO551

ASPEREZA DO CERRADO

Ai a aspereza do cerrado
Não a entende ninguém
É sublime o céu encarnado
E são encantados também
Traz na secura do teu ar
O empoeirado vai e vem
Do vento nas folhas a chorar
E as estrelas no céu além
São versos ao poeta poetar
Que nunca será um porém
São feiticeiras noites de luar
Que ao olhar nos faz tão bem
Só quem embala na emoção
Entende a alma que aqui tem
Está matuta e rude vegetação
De flores, e trovadores também
Ai a aspereza do meu cerrado
Que nunca nos trata como refém
Chão que chora o amor e o amado
Na viola que do cancioneiro provém

Ai a aspereza do tortuoso cerrado
Impregnado aos que aqui vivem...
E aos poetas também!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

QUADRAGÉSIMO SEGUNDO HEXÁSTICO

Deves abortar a ignorância:
Assassina confesso d´alma.
Deves parir toda virtude:
Senhora das integridades.
Da ignorância resta mentiras!
Da virtude, conhecimento!

Inserida por joao_batista_do_lago

privação

a saudade é um ato estranho
se você a mata ela vive
se você vive ela avulta no tamanho
é uma dor em aclive
um suor sem banho

é funesto

invade todo o sentimento
é de vazio gesto
aos olhos abafamento
indigesto
ao desejo recolhimento

solidão

e eis que ela é etc e tal
torpor, paralisia, emoção
retiro

saudade é ausência fatal
suspiro

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Assim te vejo...
Te sinto...
Permito-me lembrar daquele dia
Daqueles dias...
Suspiro fundo, porque sei que em seguida
virá teu sorriso...
Teu toque...
Teu cheiro...
Tua voz...
Teu olhar...
São coisas tão marcantes e vivas
E por um momento até esqueço
Que são apenas lembranças!

Inserida por SCarolineSCruzS

LILIUM
De longe a observo...
Tão quieta...
Parece distante...
Quero dizer-te:
Tu és meu fascínio
Deleito-me por ti
Oh! Menina colírio!
Vou roubar tu, meu lírio
Para um antídoto
E de ti, fazer uso contínuo
Oh! Menina delírio!
Aproxime-se...
Deste lado também nasce o sol
E corre o rio
Há noite, há plantio
Surgem vaga-lumes, cantam os passarinhos
Venha, minha flor!
Não deixarei te faltar suspiro
Pule a cerca, desvie-se dos espinhos
Só depende de tu teu caminho
Oh! Lindo lilium!
Custa-me sonhar?
Um dia atracarei
Mas... Daqui até lá
Vivo a te esperar
É o que me resta...
Pois não posso te obrigar a me amar
Oh! Pequena flor!
Deixe-me sentir teu calor?
“Baixem as velas!”
Berraria o capitão ao ver teu navio prestes a afundar
Do contrário, com os dedos cruzados
Pobre marinheiro...
Naufragou em auto-mar
Pois do amor, não soube desfrutar
Deixando-te morrer por uma flor
Que não sabes desabrochar.

Inserida por SCarolineSCruzS

FILOSOFIA DO AMOR


De João Batista do Lago


O amor esse desdouro
inquietante e avassalador
banha o corpo de torpor
e a alma sangra no matadouro
e o sangue escorre pelo ralo das veias
enrijecendo o corpo inteiro
e grudando-o na cruz do madeiro

O amor, meu amor, não é brincadeira
Ele está sempre à frente e também na traseira,
fica do lado direito, mas também no lado esquerdo
muitas vezes ele chora
outras tantas desespera
muitas vezes vai embora
outras tantas fica e implora

Esse maldito do amor
que ninguém sabe onde nasce nem quando
trucida os amantes incautos
enganando-os com a paixão
e dos imprudentes brinca e troça
faz quermesse na jugular das emoções
onde leiloa beijos e carícias vãs

Ah, esse sujeito vagabundo
que faz juras em desmedida profusão
prosta os amantes querelantes
debilita a palavra sussurro
derruba o abraço mais profundo
humilha o beijo com o escarro
e subjuga o gozo na raiva do presente

Enfim, ó tu louco e eterno amor
que vagueia sensações despudoradas
és o príncipe do desconhecido
a quem se busca em vidas desesperadas
alcançar a sinfonia do perfeito verbo
onde pretendemos abrigar os corações
escarlates de vidas de humanos carentes

Inserida por joao_batista_do_lago

Primavera no cerrado

Depois da chuva das flores
Colore o cerrado de amores
Perfume, a aragem sorrindo
O inverno e secura indo
Num renovo que se refaz
Aroma de esperança traz
No voo da mamangava, do beija flor
É ressurreição, cheiro, cor
Desabrochando no sertão
Com florescente inspiração
Anunciada pelo vento
Cada botão rebento
Em quimeras da natureza
Emoção perfazendo em beleza
E gratificação de quem espera
A alma em poesia da bela primavera.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de setembro de 2015
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Nunca existiu nada entre eles
Nada
Só um jeito de se olhar
Perplexo
Perdido
Perfeito
Dois prisioneiros.

Inserida por alexandra_barcellos

QUADRAGÉSIMO TERCEIRO HEXÁSTICO

Assenhora-te do espelho
Refletor de todos os caos
Ainda para ti irrevelados
Debulha-te duplo narcísico
Toda estética será falsa
Se nela faltar toda essência

Inserida por joao_batista_do_lago

Inspiração no cerrado

Escrevo diante do cerrado
A inspiração é da cor cinza
Cada galho torto isolado
Desenha versos ranzinza

E nesta paisagem esquálida
Alinha o sol com seus matizes
Tingindo a terra de cor pálida
Em variegados sem deslizes

É tão rico nos seus detalhes
E ásperos nas suas formas
Casca grossa cinzela entalhes
Em divina obra sem normas

No diferente do sertão, sedução
Cada flor na seca ou no molhado
É descoberta, renovo, é criação
Riscando a variedade do cerrado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol