Poemas e Poesias
As palavras que escrevo não são poesias, versos, prosas ou poemas, são apenas palavras deixada por você tatuadas em minha alma!
Flávia Abib
Poemas e Poesias, soam aos ouvidos dos apaixonados, como orvalhos da noite molham a grama no chão. No peito mora a saudade que desfalece meu coração.
Aila era apaixonada pela arte, tinha o dom de escrever, escrevia poema e poesia, Aila também admirava as cantigas compostas por melodias harmoniosas que os trovadores cantavam nas vielas tocando seus alaúdes, suas flautas e os seus tambores, ela fabricava cerveja, vendia sua cerveja aos comerciantes e aos muitos viajantes que iam até a casa de pedra comprar a cerveja, a moça apreciava e admirava a natureza, ficava horas sentada na beira do riacho contemplando cada detalhe das plantas, das árvores e dos bichos que ali habitavam.
Nasceu um poema no topo da árvore e, até que o outono chegue, será poesia a encantar o mundo, depois se revelará no chão, perfumando algum caminho...
Se o sapato me pressiona os pés, jogo logo é pro alto, pois, prefiro andar com os pés nus a calçar um calo de dor em silêncio.
Sou um ateu libertado de uma fé vã. Livre e capaz de discernir-me sem a ajuda de um ser imaginário e fantasioso. Me valorizo e me sinto muito capaz.
Não preciso de qualquer conceito religioso pra ter boa conduta.
Ei, nega, teu coração é tão admirável, nele coube muita coisa, nele existe uma constelação de emoções e acontecimentos, mas guarda um espaço no teu peito pra mim, tá bom? Ainda vai tudo se acertar para nós, eu te amo, nega.
Em apenas um singelo abraço,
toda uma vida começou,
os corações juntaram-se em um só corpo,
os batimentos sincronizaram ao ritmo
de nossa paixão,
era enfim a sintonia era perfeita...
INDAGAÇÃO (soneto)
Indago se sou só criação
Se sou de fé ou um ateu
Pergunto mais, sou são
Mais e mais, se sou eu?
Nesta túrbida indagação
Não sou coração proteu
Isto sei. Sou afirmação!
Porém quem eu sou eu?
Se ideio na sorte em vão
Finjo da causa não ser réu
Então, cadê minha moção?
Aí pergunto ainda, ao céu
Sou só solidão ou comunhão?
Na dúvida sigo meu cordel...
Os poemas são as teclas do piano que toca a melodia da vida. É preciso prestar atenção à essa canção.
As estrias são na verdade pequenos versos que compõe um poema único…o corpo de uma mulher. Mas nem todos entendem de poesia.
Embevecida só de apreciar a sedução do teu rosto, Enternecida te eternizo neste poema, A espera é sempre um dilema,mas te amar me dá coragem.
Em cada boca fria um profundo corte. Licor de morte em cada poesia. A face do poeta sonhador também estava fria como o gelo. E a sua despedida - um longo pesadelo... O poeta viveu intensamente o amor...as aventuras e os sonhos por inteiro. Nada de viver aos pedaços. Mas naquela noite havia sangue e lágrimas em seu travesseiro. - Não houve tempo se quer de dar ou receber aquele último e longo abraço. Sobre o chão havia uma folha solta; era a sua última poesia. A caneta ainda estava em sua mão... O poeta era amante da noite,do dia... Gostava das mulheres e do vinho. Mas infelizmente morreu sozinho! A morte daquele que um dia sonhou em ser um grande poeta foi uma morte cheia de poesia, discreta... Era o poeta um maluco sonhador que vivia ocultando a sua dor. Ele sempre estava tentando mudar o que já não tinha jeito, ria do que era belo,admirava o que tinha defeito, via a sua humilde casa como um enorme e elegante castelo... Às vezes na eterna busca daquilo que estava distante o poeta não conseguia enxergar o que estava por perto. Ele sabia viver mil anos em poucos instantes... E tinha sempre o coração aberto! Mas o poeta agora já não ri, já não chora! E ninguém o espera lá fora! Não há ninguém para despedir-se dele em meio a noite silenciosa e fria. Ninguém para ler a sua última poesia! - E agora poeta!? E agora!?..
Estou descobrindo que não é do cerne da dor que nasce a poesia, mas do ponto de alívio que a gente consegue ter no meio dela…
