Poemas e Poesias
Ecce homo
A vida sem causa
a poesia sem musíca
o assombro do caos
discussão platônica
Eis o poeta perdido
entre palavras
entre luz e escuridão
entre passado e futuro.
A musa que se perdeu
no tempo, no descuido
do afeto e da língua
no fim de tarde chuvosa.
Ecce homo, no vendaval
de retóricas, entre o mito
e o misticismo da beleza
morta, esquecida no espelho.
Evan do Carmo
Silenciosamente
Silenciosamente a poesia se aproximou damenina
junto com o vento que teimava em desarrumar oslaçarotes de fitas
nas tranças de seuscabelos
O tempo passou, muitas vezesfêzque não a viu,
mas ela continuou
atirando- lheflores, sol e chuva,
sonhos e pesadelos
Quadra
Tenho a poesia o tempo todo
ela está sempre aqui comigo
a poesia não é o que está escrito
e sim o que n'alma foi sentido
Poesia Dos Poetas
Então não me restava mais nada, apenas uma caneta, uma folha e um sentimento verdadeiro com uma vontade de escrever e indiretamente me descrever
Minha idéia é como uma rede tentando capturar as melhores palavras que passam pela minha mente,uma estrofe sempre vem quente
Uma pilha de papéis amassados se forma do lado da criação,como é difícil colocar tudo em ação
Quanto tempo se leva para chegar até o final para dizer fim? Depois de muito esforço enfim,misturo tudo razão e emoção em um verso feito de coração
Tantos anos expressando minha emoção através da arte, hoje em dia percebo que errar faz parte
Você tem que ser sábio nesse caminho não se engane, mas se estiver errado não entre em pane
Você agora entendeu como pensamos e criamos, talvez não seja um talento
Só pensamos diferente você pode entender facilmente ou se perder se estiver com o raciocínio lento
Quero ser poeta e vou ser mesmo não pensando em você, quero minhas letras em todos os lugares pode crê
Isso tudo me serve de inspiração palavras escritas com emoção que acelera seu coração
Viram-se. e foi de repente.
da poesia fez-se a vontade
do silêncio se fez espanto
e do instante, a eternidade.
e foram sem medo, os laços
no sem cansaço dos dias
e do amor, inesperadamente
a surpresa que não lhes cabia
e de repente a tempestade.
e a poesia foi para sempre
e do espanto se fez pranto
e do instante, a saudade...
Se a poesia soubesse o tanto que a ignoro.
Se visse o lixo cheio de rascunhos amassados que tenho no peito.
Já havia ha tempos pego suas malas e partido.
Você é uma linda poesia
Você é uma linda poesia
Um lindo soneto
Um lindo momento
Enclausurada de segredos
Você tem versos que não consigo interpretar
Versos passíveis de complicar
Coisas que guardo no meu coração
E só eu sei rimar
Sua vida está escrita
Em mudas canções que não canto
Apenas me encanto
Versos que vão desenhar
Desenhados pela sua silhueta
E declamados pelo brilho do seu olhar
UM POEMA CHEIO DE RAIVA
Só de raiva vou escrever
Vou escrever a raiva de não alcançar o poema
De não ter visto poesia alguma no meu dia
Por não me deslumbrar ante a vida, hoje
Por não enxergar o sol atrás das nuvens escuras
Por me deixar intimidar pela ausência do toque
Do beijo
Do abraço
Do carinho
Da afeto
Pela ausência da tua transparência
Pela ausência do teu desejo
Pela ausênsia do teu amor
Que imenso terror ser poeta de dor!
De melancolia
De nostalgia
De noite fria
De cama vazia
Até mesmo de boemia
Que Azia!
Dói-me o estômago até o âmago
... Ser poeta de saudade
Ser poeta que escreve o que sente sem fingir
o verso que sente em verdade.
Somente por raiva escrevi este poema horrível
E não vou termina-lo com leveza alguma
Hoje não houve levezas
Nem ventos nas roupas nos varais
Nem o cantar de pardais
Nem a panapaná à revoar sobre a margarida
Hoje não houve vida
... Juro,
não houve
Ou não vi ( se houve)
Ou não senti ( se houve)
Só esta raiva de não ter tido tua presença
E esta ausência é a ausência de tudo
Porque tu és tudo
Alheio à ti,
esta raiva,
este dia cinzento.
Nada mais.
Pronto,
só de raiva escrevi.
BI-TREM DE POEMAS
Quantos poetas...
Quantos poemas?!
Poetas lendo poetas
poemas que ninguém vê
poesias estão sem tema
hoje, ninguém mais que ler.
E o peso de uma pena!
Ai, que pena, ai... Que pena...
Poema agora sem treinar
navega por alem mar
entre hiatos e novena.
O arco-íres, agora sem cor
o céu esta sem diadema
estrofes estão incolor
nesse bi-trem de poemas.
Antonio Montes
FIAR POÉTICO
E então, ó poema?
A inspiração indaga:
qual trilha, que dilema
se a intenção vaga...
Reage a página vazia
siga a tua saga
de vida
tristura e alegria
desprezo e amor
Pois, só assim
verso e reverso
o poema há de compor
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Aliceando, Alice Ruiz
POEMA AUTOBIOGRÁFICO
Onde eu nasci
A cidade é sorriso
Do triângulo mineiro, Araguari
O cerrado é dos pés, piso
A juventude, amanheci ali
E a saudade inciso
Na chuva, brincando cresci
Ouvi os pássaros no quintal
E as estórias de saci
Fui criança, afinal...
Hoje longe, eu aqui
E lá sempre estarei
Em nada mudei!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano
Entre canções inusitadas
E poesias prensadas
Sigo escrevendo meu presente
Esperando do meu futuro
Mas do que um mundo
Escrevendo em cada traço
Um alguém de vivência
Que busca no caminho experiência
Com pessoas diferentes
Se distrai com inocentes
Compõe histórias é ilusão
De um alguém com depressão
Não é tão feliz quanto queria
Mas entende o sinal de ironia
Segue muitas vezes sem trilha
No fundo quer apenas compreender
Pois sabe que entender não é aprender
Buscando ensinamento de verdade
Encontra amores em lojas e bares
Mas esse não é o fim pois um dia encontro lares
A poesia agoniza
Enquanto poetas sangram as vísceras
a desenvolver cânceres ou úlceras hemorrágicas,
em busca de sentido e de palavras relevantes,
para encontrar o tom ideal pra sua lira,
com intuito nobre de explicar
as injustiças e a estupidez dos homens,
os motivos das guerras santas e carnais.
Tentando expressar da maneira mais justa
a sua agonia, a de viver entre os mortais
tendo ainda que escutar de alguns tolos,
verborragia inútil, sinônimos de dicionários
que com frases desconexas insistem em recitar Homero
dizendo para o mundo ser Bocage...
A poesia agoniza nesta fogueira santa
de eternas vaidades!
A VINDA DO VERSO
Dá medo quando o poema se ausenta assim
Um silêncio do belo
Do pensamento leve
ainda que as vezes chumbo de nostalgia
Porque poesia é poesia.
É vida, ainda que dorida.
Ela se cala, e há
um prelúdio de dor
De desamor
Sei lá...
De risos jamais.
Ai,
calafrio!
Psiuuuuu...
Nem um pio.
O verso vem vindo
na lágrima
de solidão.
Mas vem.
Um poema festejando 15 anos
15 anos, segue o caminho
tem desvio, sol, chuva, frio
tem bandido, tem mocinho
tem amor, suspiros, tem feitio.
Se tem choro, também carinho...
Tem primavera e outono com desfolha.
Momentos em companhia e sozinho.
Siga, e faça a sua escolha!
A que escolher, contigo eu alinho...
Feliz anos dourados!
Feliz aniversário!
O REPOUSO DO POEMA
Dando tempo ao poema...
Deixando-o quietinho no canto da alma
...Enquanto isso
vou tecendo a renda,
colhendo momentos que breve
serão saudades.
Estrelas
Maresia
Poesia
para as estrofes que virão.
Por certo virão....
No beijo
No próximo amor,
que mostrará a bela cara
Tão louco e imenso
E intenso
quanto o de ontem.
Virá.
Por enquanto deixa o verso descansar
num lugar
qualquer aqui dentro.
Mente o poeta que se diz vazio
E escreve poemas de amor
Mente o poeta que se diz forte
E não sabe esconder naquilo que escreve, a sua dor
Viver é melhor
do que escrever um
poema
Viver é dizer o que
sente
é amor e sorrir
É viver pra curtir
Poema para Amanda
Meu amor por ti não conhece o pensamento,
Não conhece a hora, nem o lugar nem o tormento,
Não conhece os entraves, a distancia.
Meu amor por ti está em outra instancia,
Distante dos homens e dos deuses,
Pois não conhece os teus desplantes e os revezes.
Meu amor por ti é perfeito e imperfeito,
Todavia tem o defeito de implorar o defeito.
Meu amor por ti não conhece tecnologia,
Não faz eco, não faz apologia.
Meu amor por ti é casto, puro e verdadeiro,
Mas não conhece nenhum herdeiro,
E quanto mais o tempo passa mais ele cresce,
Mas ao inferno sempre desce,
Por que por mais puro e sincero que ele seja
Ele vê a beleza onde não deseja,
Ele vê o pensamento onde há passamento,
Pois ele só conhece o teu momento.
Mas que mentira a minha dizer que meu amor é deste jeito.
Este amor está encravado em meu peito,
Como o mais puro e belo diamante,
mas teu coração, senhora, está distante,
e o teu silencio dilacera ao meio meu coração,
mas o que fazer com esta coação?
O que revela este teu silencio?
O que revela a escuridão do teu olhar e o frio?
Ah! Como a ausência corrompe o amor
Ou o amor corrompe a ausência do desamor
No teu silencio cortante, no teu corpo esguio,
No meu olhar que ficou tão vazio,
Na minha vida, sem ti tão vazia e torturante.
A todos respondes com a voz altissonante,
Menos a mim, que sou o mais interessado
Em te ter e ficar do teu lado.
