Poemas e Poesias
AS PORTAS DE QUEM SOU
(01.10.2018)
Abro as portas de quem sou,
Na transparência da minha alma.
E a vida que tenho é um livro,
Contendo palavras da história.
O tempo se faz presente...
Sem destruir as pequenas sílabas.
Quem desejar me conhecer por inteiro,
Então vejam o interior das poesias.
Quimerismo
Sentir-se quimera é realmente intrigante
É viver como uma fera
E ter aspectos da doçura de uma rosa
Não pelas simples trocas de bases nitrogenadas
No seu DNA
E nem pela mitologia grega
É só pelo simples fato de olhar-se
No espelho e se sentir completamente
Belo
Mas no silencio
Ao se descobrir
Não se reconhecer
Querer fugir em vez de enfrentar a própria essência
O sol, farol do mundo,
o ilumina sem cessar,
forte, imponente e distante,
mas basta uma pequena nuvem
para ocultá-lo...
É noite plena, misteriosa, envolvida em sombras,
a lua sem dono, vaga lentamente, distante,
imponente, nos leva a ter alguns sonhos,
Já é a hora do descanso do corpo
e da mente que precisa um certo abandono
entre lençóis, envolvendo-se docemente
Lá na amplidão tudo é silêncio profundo,
há um vazio e promessas de infinito,
ao dormir nada somos, apenas pausa da vida
numa canção que nem percebemos, tocamos...
em notas de amor afinado ou de saudade, um grito...
(1989)
Era dois de outubro de 1989
O sol levantou - se junto à bandeira colorida
A medida em que ela era erguida
A luta atingia um outro patamar
Foice, facão, machado, e enxada na mão
E o sonho de ver o alimento brotar da terra
Levaram 120 familias a marchar
Rumo a uma nova ocupação
Homens, mulheres, idosos, crianças
Nas mãos traziam bandeiras
Que conduziam as fileiras
Nos corações traziam esperança.
Mais de nove mil hectares de terra
Concentradas nas mãos de uma só pessoa
É hoje então o assentamento Lisboa
Também chamada de _"nossa terra"_.
Quatro anos de acampamento
E hoje quem ver toda essa estrutura
A música, a poesia, a arte, a cultura
Nem imagina o sofrimento
A luta foi e é bastante sofrida
Faltavam lonas, cobertor, remédios e até comida
Energia, lá não tinha
A ajunda, as vezes vinha
Mas não conseguiu evitar
Que o povo viesse a enterrar
O corpo de um sem-terrinha.
Agenor da Silva poderia
Está agora jogando bola
Ou escrevendo poesia
Dispertando, por ai, rebeldia
E não sendo nome de escola.
Vinte e nove anos depois
Quantas conquistas aqui tem!
No chão aqui só pisava boi
Hoje tem milho, mel, feijão e arroz
Capim aqui não mais convém.
Tem educação, ensino médio e fundamental
Tem quadra, igreja, música boa e futebol
É terra fértil banhada pelo sol
Tem, bumba meu boi, capoeira, artesanato, carnaval
Tem jovens cheios de utopia
Tem atletas, poetas, e cantores
Juntando forças com os trabalhadores
E continuando a luta no dia - a- dia.
MEU EU E AS FLORES
(02.10.2018)
Todas as flores tem sua própria beleza,
Que é incapaz de se esconder
Por trás de qualquer máscara!
Isso é ter a perfeita liberdade.
Assim, desejo viver!
Transparecendo a essência
De quem realmente sou,
Espandindo o melhor de mim.
Plante sempre uma nova árvore
de qualquer espécie que seja,
frutífera, arbusto ou que apenas floresça
ajude assim a nossa mãe Natureza
Quero da vida um pouco da imensa paz,
a que deve haver no sono de uma criança,
para saber dar valor ao que me rodeia,
plantando sempre um pouco de esperança
ESSÊNCIA PRESERVADA
(03.10.2018)
Sinto-me disposto a viver
Um dia de cada vez e nada mais!
Cultivando em mim a essência
Que meu SER mantém preservado.
Assim, mantenho a criança inocente,
Brincando no seu próprio mundo,
Enquanto existe a liberdade
De criar todo tipo de versos.
Poeta cego
Que mente barulhenta...
Problema vira pensamento,
Pensamento vira problema
Mas esta pouco se atormenta.
O quão já padeci...
Favoravelmente torna-me inabalável,
Contrariamente invulnerável.
Mediante disto, menos escrevi.
Até sou vagamente sentimentalista,
E à noite entro na divagação.
Mas tornei-me menos artista,
Porque a minha musa responde-me que não.
Quanto maior a sensibilidade,
Maior a criatividade.
RESPOSTAS E VERDADES
(03.10.2018)
A vida é feita de escolhas,
E todas as escolhas são duvidas,
As dúvidas me enche de questionamentos
Dos quais faço para meu interior.
Nem sempre obtenho as respostas,
Como também, as que consigo
Não são totalmente reais,
Assim chego na verdade, ou não!
SER DANÇANTE
(03.10.2018)
Quero entrar nas águas
Do meu pensamento, e
Navegar por entre as ideias
Que tenho ao longo do tempo!
Contemplando o meu ser dançante,
Ao se jogar nas profundezas de si,
Para vivenciar todas as possibilidades
Indiscutíveis do seu universo.
" No relento os pássaros cantam e brincam
e tudo ganha vida
quem o tempo tem, passatempo
a beleza dos anos, somados aos risos
de uma vida que segue, rompendo fronteiras
novos horizontes e pessoas
alegres, livres e fortes
alguém planta uma árvore
a criança sorri,
sombra
e nós seguimos o curso da vida,
surfamos ondas,
corremos abraçados
o tempo é de viver
cada amanhã...
ENQUANTO SIGO O MEU CAMINHO...
(04.10.2018)
Enquanto sigo o meu caminho...
Vou constatando que o meu coração
Manifesta-se do seu jeito,
Por conta do brilho do seu olhar.
Um mistério não revelado,
Mas que ao mesmo tempo,
Se deixa encontrar nas estrelas,
Um pequeno vestígio de sua história.
Talvez quisesse ouvir sinos tocando
vozes de anjos, ou algo parecido
e esquecemos,
esquecemos a areia da praia
o real
pensando em bocas luxuosas
empobrecemos com vaidades
tantas
os colares de contas
as perolas que tínhamos nas mãos
foram deixadas de lado
a música lembrou a saudade
o vento chamou atenção
bailando pelos becos de nossas almas
moldando no pano do tempo
cicatrizes em nossos corações...
NELSINHO: O POETA LOCUTOR
(04.10.2018).
O poeta locutor que sempre nos inspira!
Leva a sua palavra todas as manhãs
No Microfone Aberto, e com sua alegria,
Acolhe nossos queridos ouvintes.
Em seu coração transborda versos
Dos quais são incomparáveis ao tempo,
E a fazer parte deste grandioso espaço!
Encontra-se o NELZINHO CORDEIRO.
O cavaleiro vermelho entregou seu coração
A bela dama que tem estrelas em seus olhos
Que com um despojado ademane o escornou
Se voltando para o placito de novos amores
Deixando ao desprezo o amor do cortejador
Com seu coração, prova de um amor infactível
O TEMPO É O CAMINHO
(04.10.2018)
Não quero saber nada
Além do que eu já sei,
Pois o tempo é o caminho
A qual devo andar sem demora.
Sempre buscar todas as respostas,
Mesmo não conseguindo tê-las.
Então, a vida se torna interessante,
Enquanto converso com meu coração.
ENTRELAÇANDO NO AMOR
(04.10.2018).
O que tenho esperado desde sempre,
É poder levar o amor a ser conhecido,
Através das palavras a serem escritas
Em versos nas mais doces poesias.
Nunca se pode abraçar seu sentido,
Muito menos entender seu significado.
Contudo, vou me envolvendo nos traços,
Dessa ternura a que me entrelaço.
O BAILE DA MINH'ALMA
(04.10.2018).
Minh'alma baila com entusiasmo,
Nos palcos da divina comédia!
Quando a noite já interrompe
As belas concentrações nas coxias.
E experimenta o romper da aurora,
Com cânticos líricos em meio aos amores
Entregues na hora de se deixar abrir
Pelas simplicidades da vida!
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