Poemas e Poesias

Cerca de 59423 poemas poesias Poemas e Poesias

FIM DE ANO EM SONETO

Sim, vão-se os anos de fim de ano
Assíduos, só a aparência mudou
O tempo passa e tudo passou
O destino é mesmo soberano

Há anos pós anos, o sonho mitou
A minha rota tem outro cotidiano
Num entra e sai do desígnio tirano
Do nada como antes, vil sobrevoo

Saudade é a mesma, mesmo dano
Esperança, sim, desta nunca enjoo
E com a quimera nunca fui profano

Assim vou, mais um ano, num atroo
De comemoração, então seja ufano
O revoo, pois o fim, ainda não chegou...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
dezembro de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

No meu quarto secreto,
Há uma voz insaciável,
Clamando por liberdade,
Há fraqueza, há saudade,
Pensamentos voltados para minha essência,
Que amor, que conforto,
Quando minha raiz encontrar.

Inserida por GiovanneMoreira

Linha

Eu poeto de mim, daqui
nesta câmera surreal
por este fio vocês dai
numa transmissão corporal

por esta linha dual, agruras
em diversas camadas
solidão sem gravuras
felicidades sem risadas

assim, nesta comunicação
de passa e repassa, a voz
camuflada de significação
em versos mansos ou feroz

que se imprime da emoção
num linguajar em cadência
lembranças e boa paixão
na alma em total evidência

em cada trova um avesso
do reverso do meu daqui
cada verso o meu confesso
para vocês daí...

Instantâneos do meu poeta imerso...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Vaidade

Em todos os tempos a vaidade fazia o homem medíocre
Se colocando como gigante diante dos demais
Homens antigos vaidosos quanto a sua fama de macho alfa
Mulheres antigas vaidosas quanto a seu marido e dote pago
Famílias antigas escondendo suas vergonhas para manter sua imagem
Jovens antigos com seu sobrenome acima de tudo

O tempo passa e só mudam alguns detalhes
O homem moderno vaidoso com seus bens
A mulher moderna vaidosa com sua aparência
A família moderna vaidosa com sua classe
O jovem moderno vaidoso com sua popularidade

Quem consegue ir de encontro com esse padrão?
Quem não é levado pela vaidade?
Quem fugirá desse mar de mediocridade?

Os estranhos, excluídos, fora de cogitação
Os periféricos, não de cidades, mas de pensamentos
A qual veem além das imagens projetadas
Os pobres, não financeiramente, mas pobres de orgulho
Que te vê como igual e lhe faz crescer como pessoa
Os perdidos, não de localização, mas de padrões
A qual não se prende a condicionamentos sociais
Aos loucos, a carta mais forte do baralho
Vistos como aberrações e ameaça por serem imprevisíveis e incontroláveis
Aos maltrapilhos, pequenos, anormais...

Não confie, pois, na vaidade, enganando-se a si mesmo, porque a vaidade será sua recompensa (Jó 15:31).

O DEPOIS

Sobre a tela da vida passo o pincel, pintando o que não terei, perdendo um pouco de mim a cada pincelada;
Ninguém é preparado para morrer, mas sabemos que é loucura não esperar que um dia a pele ficara gelada;
Porque a vida se esvaia, perdemos o nosso ser e ainda como loucos temos esperança de para sempre viver;
Tentando se enganar para fugir da foice, um dia vamos ser levados e “o depois” nós logo vamos conhecer;

Quem sabe como vai ser? Eu digo que é melhor não saber, pois fugir só nos levará a uma tragédia maior;
Colhendo os frutos da vida secamos a nossa fonte, é necessário se alimentar, mas regue ela com o amor;
Então viva como se fosse se último dia, se de felicidade puder transbordar é melhor preparar o seu cálice;
Não vale a pena guardar mágoa, mesmo que não exista céu manchar seu legado com ódio só atrai a foice;

Não adianta limpar o corpo se a morte embaça a vida, Maquiando para disfarçar o horror de nosso mundo;
O Câncer real ninguém explica, a droga do ódio vícia tanto e é passada pelas gerações fadadas ao submundo;
O chão sujo de sangue é a maior prova da fragilidade humana, nos achamos maiores do que podemos ser;
Mas abrace o seu próximo como um símbolo de paz, quem plantar o amor a felicidade um dia ira colher;

A vida é mais do que um destino, construímos nossa própria história, fazemos as nossas próprias leis;
Reencarnar para corrigir nossos erros não funciona, se praticarmos o mal receberemos tempos difíceis;
Querer encontrar o sentido da vida é andar em círculos, se a vida são flores quero ela em meu jardim;
Esperando encontrar algo na caminhada, não sabemos o que é, mas queremos ficar maravilhados no fim.

Inserida por rhayanzinhoc

Esclareça todos os fatos antes de consumar algo!
Pessoas são imprevisíveis e adoram apontar outros como errado só pra se eximir da culpa.
Quando se tratar de decisões, deixe claro tudo o que estiver envolvido, para que depois você não seja alvo de culpa por ter seguido o seu achar.
Seguir a risca o acordo trás um ganho enorme de tempo, qualidade na relação (independente da natureza) e melhor ainda trás paz.

Inserida por LeandroAtila

Escorre no cerrado

Arrastam-se as manhãs
nos sulcados do cerrado
como verdadeiros titãs

Horizonte empoeirado
deitado no árido divã
lânguido e ressecado

Escorrem pelo ramalho
melancolia
.
.
negalho
.
.
dia
.
.
cascalho
.
.
poesia.
.
.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

eu que nada sou.
que nada sei.
só tenho de mim
o meu corpo.
e faço dele,
histórias que
jamais conseguirei
contá-las.

Inserida por rubobrobsky

SORTE (soneto)

Na minha má sorte, a boa é pendente
Eu nunca inferi por que. Não entendia
Nos prados do fado estava ausente
Indaguei a vida por que era. Não sabia

Na quimera do meu dia, fui inocente
De uma tal timidez íntima e correntia
Que o passar do tempo foi em frente
E as venturas pouco tiveram cortesia

E assim, o sonho se fez bem distante
O vario momento me foi um instante
E por eles pouco soube dessuar valor

Sinto, sem, no entanto, ser dissonante
Que se fiquei ou se eu passei avante
O importante é que fui e serei amor...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

UM SONETO

Canta na alvorada o sabiá canta
Um cantar suave e tão contente
Que nostalgia o encanto da gente
Saudosamente, e os males espanta

E na tal quimera sonora, consente
Que nesta manhã de beleza tanta
A alma transude numa magia santa
Exibindo a alegria que a vida sente

Assim, em uma fortuna reluzente
O canto nos põe frente a frente
Com a felicidade e com a emoção

Então, neste encontro presente
Desta ventura, aí, tão somente
A boa sorte, regi toda a canção

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO TRANSVERSO

Nosso amor, é amor que não conheço
Teve começo nas quimeras do coração
Tal qual numa quadrilha de São João
Que no luar, o enredo nele foi expresso

Sem bilhete, ou ao violão uma canção
O nosso amor no rumo foi perverso
Sem adeus e, nem o perdão confesso
As palavras na palavra ficaram um não

Se choro aqui no soneto transverso
Choras aí na distância da separação
Assim, na saudade, tudo é submerso

É um vazio tão cheio de imensidão
Que não posso negar, este vil verso
Ainda cego da mais vesana paixão

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro, 14 de 2017
05'30"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Arma sagrada

Fiz da minha fé vem Deus
A minha arma contra
Tudo que há de mal
Lá fora nesse mundão.

Tanta gente saindo e não
Voltando. Tanta gente
Inocente tombando
E ainda tem gente zoando.

Olho pela janela e vejo
Tanta maldade pela
Cidade. Tanta coisa
Ruim acontecendo,
Tanta gente boa morrendo

Oro, rezo. Clamo ti a Deus,
Meu Deus sua proteção
E paz ao meu coração
Enlutado pelos tantos
Que já se foram.

Rogo a ti: Senhor, livrai-me
De tudo que há de ruim lá
Fora. Abençoai-me e fazes
Dá tua oração o meu escudo.

Inserida por leandromacielcortes

Atemporal

Eu te amo, amo sem exceção.
Dizem que sou louca
Por tal declaração, mas não
Sabem do ano que carrego
Por você dentro do meu coração.

Para uns o amor é um fardo,
Mas que amor é esse
Que te leva para baixo.
Amor de verdade te leva,
Te leva para o alto, te eleva.

Para outros o amor é passageiro,
Onde estão somente de carona.
Caroneiros que são, não
Sabem, nem vivem o amor
Verdadeiro.

Digo a ti meu amor, que seja,
Apenas que seja amor.
Que seja infinito enquanto durar,
Porque juro a ti amor eterno.

Mesmo em face do teu pranto,
Farei das minhas lágrimas
O mar a te conduzir com
Amor e zelo até o fim.

Inserida por leandromacielcortes

VERÃO NO CERRADO (soneto)

Lá fora o vento em agonia e rebeldia
Redemoinhando o taciturno cerrado
Do silêncio carrascal, fez-se agitado
Sob a chuva nua, acordando o dia

Na vastidão do chão, o tempo arado
Da sequidão para o sertão em urgia
Molhado da tempestade em romaria
Empapando o alvorecer enovelado

E neste, porém de tão boa harmonia
O horizonte na ventura é amansado
Enxurrando na procela a melancolia

Assim, vai-se avivando o árido cerrado
Do acastanhado que ao verde, barbaria
Ao rútilo encarnado do verão variegado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

arrogância

arrogante, foi fatal te deixar no quintal
exproba ferida
que uma sentença faz aqui infernal
ruminando a vida?
sem essencial, e tão brutal
querendo me por de partida
que não me pertence, não me é casual
querida!
(arrogância)
a tu o meu desprezo final.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

"Somos seres complexos, definimos as coisas através das aparências, como se o nosso infinito coubesse em um momento certo.
Mas, as coisas bonitas da vida são simples, encontradas nas palavras que aquecem que se deseja.
Eu te desejo muito"

Inserida por Lucas_magalh

Quem garante
que sou o que sou
Quando digo que sou?

Poderia ser isso...
Poderia ser aquilo
E poderia ser nada.

Poderia...
Poderia ser um peregrino do tempo
Penetrando almas e almas
Ventres e ventres
Até encontrar a combinação de moléculas
Quimicamente compartilhadas
Que pudessem formar corpo
Fragmento divinal da materialização dos deuses.

Inserida por simango26

MINHA RUA (soneto)

Das tuas sombras dos oitis a saudade ficou
És a rua do príncipe dos poetas, laranjeiras
Coelho Neto, onde sonhei de mil maneiras
E alegre por ti minha felicidade caminhou

Das tuas pedras portuguesas, o belo, cabeiras
Ao chegar de minas só fascinação me criou
Se triste em ti andei também o jubilo aportou
Me viu ser, indo vindo emoções verdadeiras

Em tuas calçadas a minha poesia derramou
Criando quimeras, quimeras tais derradeiras
Da Ipiranga a Pinheiro Machado o tempo passou

Em ti a amizade os vizinhos em nada mudou
Carrego tua lembrança, lembranças inteiras
Rua da minha vida, estória comigo onde estou...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro, 16 de 2017
Cerrado goiano
ao dia 16 de fevereiro 1976,
quando chegamos ao Rio de Janeiro...

Inserida por LucianoSpagnol

feitiço

se te comparo a beleza de ser belo
és por certo de lindeza encantada
e aos olhos a formosura espalha
belezura neste ar tão singelo

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO LAMENTO

Quando, o acaso na má sorte vem
O lamento soluça no tal sentimento
Que maldigo o fado sem entendimento
Das lágrimas do azar que consomem

Sou tal sofredor deste encoscoramento
Que invejo o estado de quem não tem
Da bonança e fortuna dos que vão além
Descontente é o meu porte sem portento

Se a amargura é algo que me convém
É, pois, de desprezo feito meu momento
Tal quem destinado à vida com desdém

E nesta lama, enlameado é o meu contento
Pois triste é lembrar que sorte não contém
Mas sereno, tenho a Deus como fomento

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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