Poemas que falam da tristeza e da dor de maneira poética
Das minhas desilusões amorosas
Sinto como agudas adagas cortando minha alma, Sangrando à já esquálida alma.
As lágrimas descem, molhando essas feridas
Lágrimas como o mais amargo fel , que cai no abismo dessas feridas
Duplicando me as dores mais infindas
Coração bate descompassado
Triste por não haver mais motivos para bater
Olhos calados,
Ouvidos mudos, que nem mesmo a própria dor as ouve
Corpo fraco, sem a rigidez para se estar de pé.
Meus ossos foram quebrados,
Meus sonhos triturados.
Ao que distante via, hoje se abraça à mim, a solidão!
Faço me amigo de minhas lágrimas, duras como a rocha, mas que expressa o que os olhos já não veem mais.
Lua rasa vida mansa
Céu de prata frio avança.
Sinto falta de chamego
De um abraço, do aconchego;
Da magia do momento
Do calor do sentimento…
Meu peito está apertado
Sozinho, desamparado;
Saudades, tristeza e dor
Tortura e ausência de amor;
Meu alento a lembrança dos idos
Momentos vividos, jamais esquecidos
Uma lágrima rola no rosto
Noite vazia, dor e desgosto!
Prelúdio
Essas rugas na testa que refletem meus sentimentos,
Como um espelho de lamúrias,
De uma cura que se espera e não vem,
Tento, sei que sou abrigo de alguém,
Mas, não quero mais ser vento que passa,
Ser prelúdio de uma obra tão grandiosa,
Mesmo assim não poder acompanhá-la,
Foram tantos beijos, abraços, promessas e laços,
Discipados no alento de uma alma que não quer partir,
Cada nota, cada tom, ainda que um tanto quanto desafinado,
Qual maestro louco esse que me rege?
Quero me compartilhar em toda obra,
Em cada nota, em cada som,
Com aquele arrepio bom...
Não quero mais partitura partida,
Rasurada, rasa, rasgada...
Quero ser Ópera,
Coisa rara,
Clássica,
Até que as cortinas se fechem e o peito se rompa nas palmas do que não é mais o acaso.
Esforço em vão
Tentei,tentei e tentei...
Não adiantou nada,
Um pequeno detalhe arruinou tudo!
Meu corpo é uma prisão,
A comida é minha inimiga,
O que eu faço então?
Tenho raiva de ser assim,
Gordo e horrível.
Eu só queria ter um corpo perfeito,
Mas acho q isso nunca vai ser feito.
Minha alma é magra e
Meu corpo é gordo e feio.
A esperança nunca veio.
Todos são magros,
Todos são lindos...
Já eu,sou uma maldição.
Corpo,por qual motivo me amaldiçoa?
Por qual motivo me faz sofrer?
Eu só queria entender.
-gabriel/emili
Beira a insanidade.
Contorce-se, movimenta o corpo de forma estranha e incontrolável, como se não detivesse domínio sobre si.Espasmos súbitos, ligeiros.
Fita o vazio, os olhos vagam e a mente se perde em um vão de nada.
Tem derradeiras lembranças confusas e alusões sobre o porvir, mas sem conclusões.
Parece uma overdose espontânea, cuja causa é desconhecida, indefinida.
Todo o conhecimento adquirido obscurece-se de repente, esvai-se, adormece nos recônditos cerebrais.
Frequentes são os sintomas descritos acima. Beira a insanidade.
Talvez seja um dom: desprover-se da lucidez.
Talvez, no fim, enlouquecer seja o único jeito de sobreviver.
Não sabe o que dizer.
O coração queima e acelera. Os olhos estão lubrificados por um choro que não cessa.
A emoção faz os pelos dos braços e das pernas se arrepiarem, mas a boca permanece calada.
Som algum se atreve a sair dali.
A verdade é que o silêncio, ainda que nada atrativo por aqui, agora se faz dominante e, irresistivelmente, confortável.
As lágrimas
Quanto tempo faz desde a última vez? Nem me lembro mais. Antes era tão mais fácil, tão mais comum. Quando caía no chão e ralava o joelho, ou ao levar uma bronca da mãe, quando brigava com o irmão, ou quando perdia algo valioso.
Elas vinham como um dia chuvoso, lavando a alma e logo depois o céu ficava azul novamente.
Mas já fazia um tempo que elas não caíam. Até que hoje choveu bastante, como nunca antes, mas o céu não ficou azul. Elas não lavaram a alma.
Elas apenas caíram...
Paraíso contente
Desejo o que
Ser alguém que sou
Não ser ninguém
Existe na verdade excesso
Na tentativa de ser autêntico
Atrás de uma parede de pixels
Um indivíduo
Se contorce por palavras
Palavras mentirosas
Escondendo ao hipócrita
Não sei o que quero
Mas deduzo
São todos iguais
Querem com facilidade
A partícula do átomo
O simples vazio
Deixando sem respostas
Desculpas sem sentindo
Só diga a verdade
Com dever da sinceridade
Distúrbio da positividade
A grande expectativa da esperança
Corrói até debater na angústia do vácuo
Aguentando o cansaço
Íntimo do fracasso
A solução é o nada
Vou seguindo ao oposto
Navegando no caminho
Construindo a negatividade
Escrever já não é mais suficiente, a vontade toma conta quando os fatos se comprovam.
Vejo imagens na minha cabeça onde rasgo meu pescoço. Eu preciso ser dilacerada como um porco. Rasgada.
Alguém precisa me partir ao meio, pois sou covarde.
16/05/2021
Em dias frios, tomo uma xícara de poesia para aquecer
Nas longas noites, um poema que converse, que seja prece, leve
Quando a chuva bate à janela, um poeminha que seja molhado, triste. Que me faça gotejar
Já quando penso em você, daí não há muito que fazer.
Tomo um porre de poesia para sobreviver.
Reflexões sobre o ocaso II
O que me espera ao final da caminhada?
Os aplausos acompanharão o meu cortejo
Ou será a alegria dos inimigos com suas vaias?
Os meus inimigos saberão o sabor
Do meu sangue e das minhas carnes?
Haverá choro na despedida?
Haverá ao menos uma flor para suavizar a partida?
Quem fará o meu epitáfio?
Haverá prazer ou dor ao fazê-lo?
E os anjos dirão ‘Amém’?
Reflexões sobre o ocaso III
O que dirão os futuros vermes
Que hão de comer minha matéria?
O que dirão a respeito do que lhes espera?
Ficarão satisfeitos com tanta podridão?
Eu estou longe de ser imaculado.
Dias amargos
Ligeireza.
Total falta de destreza.
Em meio ao mais completo caos…
Uma aceleração jamais interrompida.
Pausa.
Medo o futuro nos causa.
Limbo…
Um esperançoso aguardo…
Não quero mais dias amargos.
Pauso.
Recomeço.
Desfacelamento.
Viver é um eterno tormento.
Por que quando eu procuro por você, você foge no escuro?
Por que você cobre seus ouvidos quando eu ligo?
E por que, mesmo depois, você sorri do outro lado da rua quando me vê na janela?
Pensamentos de Um Sofredor...
Não sei ao certo
Sentimentos incertos
Angústia, agonia e medo...
Frases que tormentam,
Buscam o meu desespero.
Diariamente essa agonia,
Palavras frias
Que machucam e doem,
Feridas abertas sendo pressionadas
Mentiras sendo contadas,
Não sei o que fazer...
Uma tristeza que me atinge,
A solidão aqui reside
Me sentia assim antes
Mas agora, superou os meus limites...
Já não sei se posso,
Não sei como contar
Quero guardar essa dor,
Ninguém pode me ajudar.
Mentem sobre mim,
Causam medo, desespero...
Vida infeliz.
Não sei se posso permitir,
Não sei se devo existir,
Talvez seja melhor sumir.
Por mais clara que seja a água, você toca.
Por mais transparente que seja o vento, você sente.
Por mais invisível que seja o vidro, você toca.
Por mais que eu tente fugir do nosso amor, você sente.
Senti o arrependimento no fundo dos teus olhos, a inocência de uma criança assustada, o carinho inesperado e verdadeiro. Te levei aos braços com amor, escutei todas as palavras que agora vinham a tona, tudo parecia se encaixar perfeitamente, mesmo que antes, já sentisse todas essas coisas.
Aceito o teu perdão, me lanço nos teus oceanos, mas se por acaso eu afogue ou me perca no fundo desse mar, saiba que irei me erguer sozinho. As coisas mudam! Agora posso ser peixe.
"Do que adianta salvar vidas, se eu não vou salvar a minha?
Reclamo de tudo isso, mas minha mente é vazia.
Não falo mais de amor, porque não sei amar.
Eu preciso de ajuda, mas eu quero te ajudar."
Me lembro dos teus olhos,
Recordo-me da cor,
O brilho que reflete em mim,
O toque que não sentir.
Não me entenda da tua forma,
Não me olhe do teu jeito,
Enxergue-me como cor,
esqueça-se por um tempo.
Me dói ser assim,
Me machuca te sentir,
Venha e me quebre por dentro,
Me faça não existir.
O sangue que na veia percorre,
Não deixe se esgotar,
Quero tirar-me de mim,
Mas não pretendo me lançar.
DESCONSTRUIÇÃO
Quando os pais e os avós
vão aos poucos morrendo
é como um prédio antigo
perdendo os pavimentos.
Mas não é ele que cai:
sou eu
desmoronando
por dentro.
