Poemas de Saudades
O pássaro e a gaiola.
Se pensarmos no dia de hoje seria muito melhor para um pássaro viver em uma gaiola.
Nela possivelmente um bom tratador o trataria com todo conforto que um pássaro pode ter: ração de primeira, água limpinha, carinho de um humano e tudo o mais que seu dono poderia lhe dar.
No entanto cada pássaro tem seu habitat natural. Alguns conseguem perceber que apesar de livres as gaiolas lhes trarão conforto e segurança. Outros preferem correr o risco, mas viver em liberdade. Enfim, todos de uma forma ou de outra somos passarinhos.
Como expectadores da natureza devemos respeitar como cada passarinho pensa e age com relação ao seu mundo para que ao final possamos um dia dizer: eu conheci um passarinho especial, mas ele se foi por sua livre e espontânea vontade.
“Prefiro...
Prefiro minhas duvidas do que as suas certezas...
Prefiro viajar nos meus sonhos do que aceitar a sua realidade...
Prefiro ter te apoiado do que ter te censurado...
Prefiro ter acredito em nada do que ter sido descrente em tudo...
Prefiro ter visto você brilhar do que ve-lâ em uma noite sem final...
Prefiro ter visto todas as estrelas caindo do que apenas o sol brilhar...
Prefiro recordar do ruído dos teus sorrisos do que ver seu semblante triste...
Prefiro lembrar que você já foi a chegada e que nunca foi partida
Prefiro saber que você já foi certeza e que nunca foi arrependimento...
Prefiro lembrar dos ventos fortes em nossos cabelos do que das brisas que pouco fizeram...
Ainda prefiro...”
Em algum lugar, te deixei
Aqui dentro, o seu eu não encontra o meu
Em algum momento, você se perdeu de mim
Quisera eu voltar no tempo
Tempo, tempo, tempo
Saudade que transborda em mim ...
Amada minha
Sabei isto, ó amada minha.
O meu querer não te deixará
Nem por um instante...
O romper da aurora
Reflete o brilho dos teus olhos
Iluminando o meu caminho...
Em ti estão meus pensamentos
Até que a veja ao fim do dia
Se rendendo aos meus braços...
E no cair da tarde,
Entre todas as estrelas
Eu contemplo o teu brilho...
Se eu adormeço neste sonho,
Quem sabe deste sono
Eu desperte com você...
Edney Valentim Araújo
Nós
Meus olhos brilham
Coração dispara
Teus olhos me chamam
Meu corpo para
Distância pequena
Sentimento imensurável
Teu cabelo contínua cheiroso
Meu avanço responsável
Por que andar é tão difícil com você por perto ?
Pareco idiota assim
Nas palavras sou discreto
Impossível descreve-lá em papel
No meu imaginar és mulher incomparável
Nas poesias minha amada
Em minhas mãos maleável
Sou tolo por não beija-la agora
Sábio por saber a hora
Se é que existe tempo para acariciar teus lábios
Durmo inquieto
Acordo focado
Não no trabalho
Sim no amor
Em você
Que muito em breve será nós
Ser amada
Nos dias que me foram sós,
Apenas em você eu pensava.
Se haveria para nós
Um tempo de amar e ser amado.
Quando o amor em mim
Aflorava por você,
A minh’alma se entregava...
Desejava ser querida,
Desejava ser amada...
Sem medida e desvairada
A minha vida te almejava,
Ser contigo, ser comigo...
Ser pra sempre a minha amada.
Edney Valentim Araújo
Um só contigo
Segurei as tuas mãos
Como quem lhe entrega o coração,
Colhestes no silêncio dos meus olhos
Minha confissão de amor por ti...
Render-me-ei a este sentimento
Em que me quero só contigo,
Deixa-me ficar nos teus pensamentos
E sempre neles me encontrar...
Para onde forem os teus passos
Venham eles me encontrarem,
Quero estar junto a ti
E me ver no teu olhar.
E se a distância sobrevier nos separar
Deixe que o amor nos torne um só...
Mesmo se os caminhos desta vida
Afastarem nossos corpos.
Irei contigo nos teus sonhos
E te trarei no coração,
Serei teu sonho adormecido
Até que me possas despertar...
Edney Valentim Araújo
Gira
Não para continua a girar
Trás novas sementes
Não deixa parar
Faz as lágrimas secar
Trás brisa da inocência
Sopra em mim a felicidade
Vento me faz sentir
As boas lembranças que levou de mim
Vento,vento, vento
Sopra a saudade pra longe de mim.
Hoje
Abrigarei soluços no peito
Afogarei o travesseiro
Direi adeus sem palavras
Sem abraços
Sem seu reflexo em meus olhos
Hoje
Dividirei o copo com a tristeza
Tomarei um porre de saudade
Beberei do vazio que ficou
Só hoje
Amanhã passarei batom vermelho
Darei novos sorrisos
Se não der...
Viverei de improviso.
O quê?
O que você quer?
Querendo que eu acredite
Que já é algo mudado
E nem você admite
O que você quer está espalhado no chão
Esse é meu orgulho baby
Coloco em suas mãos
O que você faz que nem você admite
Sei que são coisas erradas
Talves nem você acredite
E só me dizer que eu vô ai lhe buscar
Te trazer em segurança
Pra onde deve ficar
Onde você está que nem menos você sabe
Julga ser necessário manter essa amizade
Mais não pode ver que está sendo enganada
Por pessoas comuns, que são bem mal amadas
Onde irá agora? Que já me deixou no chão
Pisaria em mim? Ou me estenderia a mão
O que você faria estando nessa encruzilhada
Sei que eu não confio, em você pra mais nada!
Hiato
Fiz a ti um verso,
Uma lembrança,
Fiz a ti uma memória,
De tantas outras, fiz a ti.
Revés o mundo tem,
O seu explicável,
Seu firmamento trancado,
Abraça-me.
Anamnese eu,
Diferente de tantas outras,
Intensa,
Cobra-me.
Tu,
Uma centelha de estímulo,
Calmo,
Espero.
Uma escada ao ar livre,
A conversa, a curva do sorriso,
Um toque, o beijo... O beijo!
O tchau.
Abrigar
Deixei na rota desta vida
Minha estrada e meu destino
Pra buscar os teus caminhos...
Onde andas o teu coração
Que não me deixas adentrá-lo?
Eu me vi querer-te em minha vida
Onde o amor nos encontrasse
Sendo um só você e eu...
Eu sei de onde eu vim,
Mas para onde eu irei
Sem você, já não sei...
Sei que estou a procurar
No teu amor
Onde eu possa me abrigar.
Vem novamente a sensação
de algo que não foi cumprido,
d'alma que chora baixinho
por um amor que há partido
Doem nas entranhas as veias,
onde célere o sangue corre,
nutrindo o coração que esperneia
e de saudade, aos poucos,
sufocando, já morre...
Reencontro.
Um abraço demorado demais,
Eterno , no instante em que acontece,
Um abraço demorado demais
Agora que acabou, poderia ter sido maior.
Um abraço demorado
Prenúncio de um beijo apaixonado,
Dois corações a acelerados ,
Carregados de temor de serem abandonados .
Outro abraço demorado demais
Pequeno para tanta saudade,
Seu abraço, distante demais
Distância É tudo o que não quer agora.
Um abraço demorado
Olfato no seu cheiro embriagado,
As mãos na minha cintura,
Olhos fechados ...
Um abraço demorado demais,
Mão na nuca .
Um arrepio suave
Os seus dedos afagam meu cabelo.
Um abraço demasiado feliz .
Os olhos cheios de amor,
Lugar mais protegido não e existirá jamais,
Extinguindo o medo com o seu calor.
Um abraço demorado demais,
Só o nosso me faz sorrir ,
É tudo o que sempre quis ,
Vontade de não deixar - te ir .
Um abraço demorado demais
Todo o amor do mundo
Em outro beijo delicado ,
A empolgação explicita na tua feição .
Um abraço demorado demais
- não vá !
Mas você vai
Afligindo o coração
Um abraço demorado demais
Desejo que dure para sempre,
Um : " boa noite "
Querendo dizer mais :
AMO TE !
GRACINHA
Eu sou aquela caixa d'água a tilintar dentro da noite veloz. Lá fora, o sereno caía vadio enquanto os rumores dos carros mexiam com as luzes dos postes. Tchiqui, tchiqui, tchiqui... Quase sempre, o ventilador ao pé da cama. A cama. A cama. Aquela cama... Na área, o churrasco embalava os nossos estômagos famintos. A fumaça passeava por todo espaço. Chegava na cama. A cama. Aquela cama... Ao meu lado direito, meu mano: pequeno, raquítico, olhos negros, cabelos lisos. No centro, a mana: covinhas amontoadas, coqueirinhos na cabeça, chorinho fácil a descolar na boca. Ao lado esquerdo: vovó. Vovó. GRACINHA. Corpo roliço, cabelo despreparado, pele macia e branca. Sua mão a "irribuçar" os netinhos com colcha vermelha. Sua mão a cantarolar no meu peito. Um dois três carneirinhos. O ronco, o sereno a cair, os rumos dos carros e eu-caixa d'água, eu-saudade, eu-vontade-de-voltar.
Passe o tempo que tiver de passar
Quando você voltar eu vou estar aqui
A mesma de sempre
Com o amor de sempre
E a saudade de sempre.
Vivo um momento inédito,
no qual o deslumbre
se funde com o sentimento,
mesclando com a doce saudade
e dizendo que nada é vaidade.
Por ventura descarto o prazer,
agrego tudo que mais
me faz sofrer,
E como se não bastasse
a sua vaidade,
me vem a vontade de eu tentar ser feliz.
Amor virtual
A solidão da distância
Poupava-se sem se ver
Sentia com a alma, mas as mãos não podiam alcançar,
e na distância dos corpos, acariciávamos o paladar com a poesia do luar.
Assim deixamos o término
As reticências ocupam o parágrafo final...
Deixando a imaginação voar solta, como um balão, rasgando o céu sem fim,
desafiando o infinito.
Belo, belíssimo no seu livre arbítrio.
Arbítrio que me leva até você, desafiando as fronteiras pelo meu bem-querer, querer você, sentir-te de perto, do virtual ao presencial.
Há algo em ti que me fascina.
Não sei se esses olhos de tamanha profundidade, se apenas a textura da tua pele...
Há algo em ti que me faz querer voltar continuamente... Algo que transcende o meu pequeno e simples mundo. Algo que me faz respirar com a certeza que é aí que quero estar... Mas uma certeza com medo de amar...
Há algo em ti que me faz bater o coração. Algo que me faz ver-te quase que numa penumbra como se não existisse matéria.
Não sei se és perfeito, não o serás porque senão a minha imperfeição não te gostaria, mas és algo que me capta a atenção e faz não querer sair daí. Há algo em ti de profundo. Algo longínquo que me liga a ti. Não sei se o cheiro, se o gosto, se o toque... Mas algo que me puxa para ti.
Há algo em ti...
Talvez os dedos entrelaçados fortemente que me transmitem segurança e me fazem acreditar que o medo não mora aí.
Há algo em ti...
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