Poemas de Morrer
O que é a vida senão um raio que cruza os céus e toca o chão, na mesma velocidade em que podemos piscar os olhos. A maioria das pessoas desconsidera a hipótese de refletir sobre o fim da vida, a “desconhecida” morte. Pouco se fala sobre isso, temos medo de “atraí-la”. Vemos alguns vivendo como se fossem durar para sempre, desperdiçando a grandiosa oportunidade de viver. Por que viver causando mal ao estar ao próximo? Por que viver querendo ter a vida, a família ou o patrimônio do outro? Ou até mesmo, por que viver desejando o mal para outras pessoas? Se houvesse preocupação com a própria vida e as próprias atitudes, muitos se tornariam seres “mais evoluídos” e pessoas melhores. Mais aqui estamos, jogando nossas vidas fora, dia após dia, gastando nossa saúde e energia admirando o que a maioria diz ser o melhor, a verdade absoluta. Além disso, passamos anos nos preparando para ganhar espaço na elite social, e encher nossos bolsos com dinheiro. Patrimônio esse que de nada adianta se não tivermos equilíbrio, sabedoria e saúde. Pois bem, sempre há tempo para mudarmos nossas concepções, desde que haja vida, vida para ser vivida.
Eu morri todos os dias desde que nasci. Eu não me lembro de momentos bons, apesar de ter certeza que existiram.
Continuar vivendo? Prefiro cortar o mal pela raiz do que deixar nascer frutos na árvore da podridão.
A morte além de uma certeza deveria ser uma consciência social, pois quando o jogo acaba, os peões, bispos e rei são colocados no mesmo lugar.
Não há pior que a arte dos que morrem, a não ser o pensamento dos que não existem.
Toda a natureza desde a aurora até o crepúsculo, nos mostra a beleza de ser, de viver e até de morrer para renascer novamente em perpétuo sim...
Eu não tenho medo da morte, pois ela é a única coisa certa da vida. Tenho medo de não viver tudo que eu posso viver.
Morrer todos os dias para viver para sempre; cantar á meia-noite para a lua e as estrelas, para o chegar do sol pela manhã iluminar a nossa festa.
Quero chegar aos meus 80 anos e continuar dizendo que os meus momentos de felicidade prevaleceram aos momentos de tristeza, que os erros se tornaram aprendizado, e que a experiência adquirida, fez me ter o caráter necessário para que ao morrer as pessoam digam: Ele foi até o fim um homem de valor
Queria afogar-me em teus beijos, sufocar-me em teu cheiro, perder-me em teus olhos e morrer em teus braços.
VIVER OU NÃO
Mortos e vivos ao mesmo instante. Ambiguidade? Jamais.O deveras morto torna-se sem vida. Redundância? Não mais. Temendo tais condições humanas. O indivíduo já sem vida procura uma explicação para sua desprezível, inútil vida de defunto. Essa busca por um motivo de viver o levara a sua cova. Mas em vida, ele não há de se jogar na cova, ele jogará sua família, seus amigos, todos que anseiam em companhia alguém vivo. Sim, um dia eles morreram e deixaram saudades- precisando morrer para saber que a viva é muito para se pequena.
Viver é concreto! Morrer, abstração! E na sujeira das sobras acertos demais na quase atávica madrugada.
Viver sem amar deveria ser mais aterrorizante do que morrer, pois uma pessoa que não conhece o amor já está morta por dentro há muito tempo.
A vida é linda. Mas seria ainda melhor se todos nascessem no mesmo dia, assim, todos morreriam no mesmo dia, e ninguém ficaria triste.
Eu sabia que a minha hora ia chegar algum dia, mas nunca imaginei que morreria num caixão tão luxuoso.
