Poemas de José Saramago

Cerca de 230 poemas de José Saramago

Nada está definitivamente perdido, as vitórias se parecem muito com as derrotas, no sentido de que nem umas nem outras são definitivas.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

Há um mal econômico, que é a errada distribuição da riqueza. Há um mal político, que é o fato de a política não estar a serviço dos pobres.

José Saramago
SARAMAGO, José. Saramago vem ao Brasil falar contra a cegueira da razão. [Entrevista concedida a] José Geraldo Couto. Folha de S.Paulo. São Paulo, 27 jan. 1996.
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Inserida por TioTigasSilva

"... enganadora é sim a luz do dia, faz da vida uma sombra apenas recortada, só a noite é lúcida, porém, o sono vence, talvez para nosso sossego e descanço, paz à alma dos vivos"

Inserida por dia_marti

«Se um morto se inquieta tanto, a morte não é sossego, Não há sossego no mundo, nem para os mortos nem para os vivos, Então onde está a diferença entre uns e outros, A diferença é uma só, os vivos ainda têm tempo, mas o mesmo tempo lho vai acabando, para dizerem a palavra, para fazerem o gesto, Que gesto, que palavra, Não sei, morre-se de não a ter dito, morre-se de não o ter feito, é disso que se morre».

Inserida por dia_marti

"... como se a imagem dele se fosse desvanecendo com a memória que dele tem, ou melhor, é como um retrato exposto à luz que lhe vai apagando as feições, ou uma coroa mortuária, com as suas flores "

Inserida por dia_marti

O tempo das verdades plurais acabou. Agora vivemos no tempo da mentira universal. Nunca se mentiu tanto. Vivemos na mentira, todos os dias.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por Ketteiteki

... acaso os lábios tocariam levemente a pele antes de encontrarem a água, e, sendo a sede muita, sofregamente iriam recolher no côncavo as últimas gotas, acordando assim, quem sabe, uma outra secura.

José Saramago
Ensaio sobre a cegueira

...dando-se importância, como se estivessem destinadas a grandes coisas, e, vai-se ver, não eram mais que uma brisa leve que não conseguiria mover uma vela de moinho, outras, das comuns, das habituais, das de todos os dias, viriam a ter, afinal, conseqüências que ninguém se atreveria a prever, não tinham nascido para isso, e contudo abalaram o mundo.
(Caim)

É necessário sair da ilha para ver a ilha, não nos vemos se não saímos de nós.

(...) o trabalho que deixou de ser o que havia sido, e nós, que só podemos ser o que fomos, de repente percebemos que já não somos necessários no mundo...