Poemas de Janela
Ela ainda está na janela do seu quarto vendo a chuva cair. Ainda está, com seus fones de ouvido esperando sentir. Ainda guarda, dentro do seu caderno, aquele bilhete que jurava amor eterno. E hoje, ela jura jurar que na chuva ela quer dançar, para poder extravasar. E ainda esperar alguém tirá-la para dançar.
"Com a janela aberta, vejo o horizonte com a sensação de que apesar de noites escuras e chuvosas, em poucas horas, o sol brilhará e trará junto de si a esperança renovada de um novo dia!"
A esperança não é uma porta que se abre e fecha de acordo com a nossa conveniência ou com o momento em que estamos vivendo. Ela é a janela que sempre está aberta e, mesmo que a poeira entre por ela, a luz da esperança nos fará acreditar em dias melhores, num novo amanhecer.
Em um momento do dia, quando tudo se acalma, a poesia floresce. É assim. Quando a noite vem pela janela.
“A beleza á passageira, por isso que o casamento é temporário, mas quem se casa pela janela da alma sabe o que é a eternidade”.
Eu olho pela janela. Vejo as crianças bricarem, os jovens passearem, os casados criarem suas famílias. Vejo as pessoas partirem. Chegarem. Vejo os passarinhos cantarem, no verão voar. O inverno chegar. Mas continuo na janela vendo a vida passar...
Deixe sempre limpa a janela da alma para não perder de vista os inesperados instantes em que a vida lhe sorrir.
Aprendi desde muito novo que, sempre que nos fecham uma porta, devemos sair airosamente pela janela da rua.
"A janela esta fechada nesse quarto escuro. Estou trancado aqui temendo o vazio desse Mundo cheio de pessoas vazias. Onde esta você? O seu lugar é aqui ao meu lado, sem a sua luz as trevas que residem a minha mente assumem o controle. Preciso ouvir a sua voz para me guiar e preciso do seu toque para me sentir mais forte e sem nada disso, só tenho o medo aqui nessa escuridão."
"Que nossa imaginação desperte a mente, que nossa mente desperte a visão, que nossos olhos alcancem além do olhar e que a janela converta-se em uma moldura cuja tela se nos apresente a própria vida."
Hoje ela acordou e ao levantar da cama viu que seus chinelos não estavam lá no "pé" da cama onde ela sempre os deixa, quando chegou no banheiro também não o viu e quando passou pela sala percebeu que a janela estava aberta mas nada de achar ele, procurou na cozinha, na varanda e quando desistiu de procurar, voltou ao quarto e viu que ele estava embaixo da cama.
Solte o cabelo, branca! Vai no compasso do vento, dançando na terra, seguindo as árvores... Abre a janela, branca! Incendeia o mundo a cada fio teu, que guarda segredos e histórias.
Lembro-me da minha mãe fumando seu cigarro sentada próxima a janela, olhar distante, perdida em pensamentos, imersa em um mundo secreto, lembro-me de observa-la e procurar no horizonte o que prendia a atenção de seus olhos, lembro-me da voz de Roberto de fundo se fazendo presente, lembro-me de querer compreender aquele silencio que emanava dela, lembro-me que seu silencio me deixava irrequieta. Hoje olhei para ela novamente e consegui vê aquela mesma mulher de 15 anos atrás, vi em seu rosto as marcas deixadas pelo tempo, vi o mesmo olhar distante, em sua cadeira próxima a janela, a voz de Roberto ainda presente, era como voltar ao tempo à diferença é que a olhei e vi que ela não estava ali por obrigação ou arrependimento, mas somente perdida em memórias de um tempo além da janela.
Desejo ouvir as estrelas e de entendê-las no íntimo de sua essência. Mas, não consigo! Abro a janela todas as noites e tudo que ouço é o som mudo da solidão...
