Poemas de Desamor
Memórias póstumas.
Meu maior erro foi ter... gostado dos teus abraços, do tempo que passávamos juntos, do modo como seus dedos acariciavam meus cachos e me relaxavam. Meu maior erro foi ter aceitado o seu afeto, as suas flores e ter acreditado que suas intenções eram boas.
Na nossa penúltima noite, vi estrelas, ganhei flores e amores...
Na nossa última noite, bebi taças de vinho que me levaram ao óbito; as flores murcharam, e o que eram amores se tornaram dores. Eu precisava ser amada, e você nunca soube me amar. Onde nós erramos, eu não sei, mas a única certeza que tenho é que nada é como antes.
Em minhas memórias póstumas, após a nossa última noite, vi a taça quebrada e meu corpo gélido no chão. Meu coração se recusava a bater, e o eterno me puxava...
Eu acreditava em reencarnação e, por isso, pedia que, se eu fosse viver novamente, nossas ligações de alma fossem quebradas.
teu espaço
Usam-te como corpo,
descartam-te como osso.
Tocam-lhe a pele, mas sujam tua alma.
Perguntas a Deus de onde vem a tristeza,
mas não enxergas a solidão da vida vazia que levas.
Podem brincar contigo porque permites?
Quão pouco é o teu valor para não valer nada?
Quão vão é o teu próprio amor para que tua pele não queime,
e que somente o ardor sintas por quem te usa?
A MAIS BELA FLOR
Tudo que dissestes em nome de Deus
Olho logo vejo um retrato teu
Pra que mentir?
Menti pra mim
Olhando esses quadros lembro de você
Daquele seu jeito manhoso de ser
Pra que mentir?
Menti pra mim
Você é como a mais bela flor
Cheia de espinhos que me machucou
Pra que mentir?
Menti pra mim
Procuro num belo dia encontrar
Uma flor mais linda pra me machucar
Não vou enganar
Nem mesmo a mim
Hoje o dia não amanheceu.
Não lançou seus feixes de luz radiantes e nem me convidou a viver.
A aurora ainda dorme, envergonhada pela noite.
Hoje o dia não amanheceu, as trevas se prolongaram sem se incomodar com o mover do ponteiro do relógio.
A noite triunfou e se expandiu mais além das horas.
Como se arrasta o tempo, quase paralisado pela terrível dor do não poder passar!
Ai tempo, ai horas, por que te convertestes em meu verdugo?
Porque me castigas com o látigo de um momento aterrador?
Momento que se eternizou no meu olhar incrédulo e impotente.
Devia ser pecado doer assim. Deveria o tempo ter parado um minuto antes daquelas vis palavras, que arrancaram minha alma e me tiraram o fôlego de vida.
Só, no silêncio da noite.
Não quero ninguém em minha tristesa.
As lágrimas brotam amargas e escorrem por meu rosto já molhado de tanto chorar.
Choro como criança, que não entende a maldade da vida, que não entende o porquê do não, do não pôde ser.
Haverá alegria depois de tão duro golpe? Quanto mais pode resistir o fraco coração. Mas minhas mágoas ás levei a Deus.
Deus, que não entendo e apenas aceito. E ás vezes, fora de mim, protesto e grito, com se tivesse algum domínio sobre meu futuro. E o futuro é um grande e escuro mar, que se estende diante de meus assustados olhos, suas águas turvas.
E bem lá no fundo desse mar profundo, me encontro, eu.
Não te Culpes...
O que tenho a oferecer-te?
Diz um irmão doente ao sadio:
Amizade sincera
Amor fraterno e verdadeiro
Estar pronto a ajudar-te
E à sua família, se necessário
Guardar de ti teus segredos
Com a própria vida, se preciso
Atravessar noites a cuidar-te
Quando pegar-te abandonado
Por aqueles a quem se dedicou
Nos anos de sua melhor saúde
Vá e olha-te no espelho
Não repare rugas e nem a feição
E pergunta-te, no silêncio
De sua exposta pequinês
Sou eu o filho que do céu
Meu pai vê com olhos de mel
Ou sente em mim ser qual fel?
E consolando aquele pai
Deus o abraçou em amor
E disse: “Não te culpes,
pelo que teu filho é, faz e fez
pois senhor, sou Eu O Criador!
Quando os sonhos se perdem...
Não mais reconheço que lugar é esse
Há, dependurada na entrada, uma placa
Onde se lê: “Doce Lar”, talhada em madeira
Fora de esquadro, sem cor, meio esquecida...
Há anos, atravesso os mesmos umbrais
Daquela construção, lugar que vivo
Passo por janelas, parede trincada
Não mais reparo nos muros de minha morada
Recordo que por anos a ergui, tijolo por tijolo
Cuidei das feridas de meus braços, pernas e mãos
As chuvas, o sol, a chegada das noites, calor e frio
Passaram por mim, sem interromperem minha obra
Servi de risos, passei por vil sonhador
Mas a fé e o desejo me incentivavam
Misturei amor, querer e sonho à massa de cimento
E depois de pronta, se fez orgulho de um sentimento
No tempo passante, a vida me trouxe filhos
E com eles, alegrias, sustos, surpresas
Uns mais amorosos que outros
Outros, a vida ensinou gratidões
Ingratos também, pois no tempo nada aprenderam
Recebi carinho quando era servil e nada negava
Ganhei descortesias e desrespeitos insanos
Daqueles que não ensinei a chamar-me de pai
Hoje, os anos passados a nada me permite mudar
A idade avançada me pesa e afasta quem amo e amei
Frágil e já sem forças, não sou dono do destino meu
Me tornei vítima do que disse e do que não ensinei
"Estou a Beira do precipício...
Mas não posso pular...
Precipício bonito, Belo....
Que se chama amar."
.
Desamor
"Me sinto impotente frente ao desejo de te amar...
Sou fraco! e não resisto!
Só me resta... desamar!"
.
Desamor
PERDOE-ME VIDA URBANA.
Perdoe-me vida urbana Já sofri... Chorei por amor...
Desacreditei na humanidade sempre com pressa
Já me desmanchei ao sentir saudades...
Tantas vezes... Já amei e fui amada, também fui mal-amada.
Agora quero um tempo... Tempo para mim...
Tempo para rever meus conceitos sem que intervenha...
Com as mudanças de tempo com seus desajustes ocasionais
Retirando sonhos roubando a liberdade de viver no silêncio ao
Menos por uns segundos.
Não quero saber se estou certa ou errada no pensar de outras
Pessoas quero mergulhar nas águas límpidas dos mares imaculados.
Ver o nascer do sol ou o despontar majestoso da lua em um silêncio
Consagrado...
Voar livre como uma borboleta por entre as flores silvestres singelas
Nas suas cores variadas.
Quero conhecer o cume da montanha mais alta e, de lá deslumbrar-me
Com a vida, não esta vida que tenho com altos e baixos, mas com a beleza
Que me é dada por DEUS, que você vida não me deixa apreciar...
Ouvir incansavelmente o zumbido das abelhas.
Sua pressa incessível tira o fôlego das pessoas.
Preciso mais uma vez tentar encontrar um amor intenso...
Amor que me faça flutuar sair do chão todas as vezes que ele me tocar.
Mulher que apesar de estar neste seu curso quer muito ser feliz...
Quem sabe possa dar vazão ao fantasioso tendo frenéticos
Sonhos loucos que ainda não consegui viver que estão encravados na
Minha alma pedindo para se libertar...
Então vida para um pouco teu curso para que possamos sentir
A sutil beleza da vida.
Luly Diniz.
28/03/12.
Dia sem brilho
Hoje o dia amanheceu cinzento,
Onde o sol nasce e sem brilho,
Com gotas d'água da chuva passada,
Como lágrimas de um coração sofrido.
Hoje abro meus olhos tristonhos,
Desejando que o tempo realmente voltasse,
Pois sinto falta de uma metade,
Que no decorrer do dia me amasse.
Sinto um espaço escuro e vazio,
Que era preenchido por um lindo sorriso,
Mas que agora se encontra distante,
Mostrando que esse mundo se encontra partido.
Já não imagino o que o futuro reserva,
Mas espero que as promessas se cumpram,
Amor, respeito e verdades,
Não palavras,
Mas sim compromissos.
Uma grande e (in)apagável mancha no Paraíso...
Que graves consequências o pecado trouxe para a humanidade?
Separação de Deus.
Miséria, injustiça, maldades, falsidades...
tristeza, choro, dor..
não importa aonde o homem for...
Desamor...
Condenação e morte.
Ah! Ro... isso tudo aí não existe... é fruto de sua frutífera imaginação...
Pois é... não existe... então, por por que na hora da dor 101% das pessoas clamam por um Consolador?
Apagável é a mancha pra quem ouve a voz do Senhor, sim senhor... mas é só, viu?
Não é pra quem, depois que a dor acabou, de buscar o Senhor desistiu.
TUDO AINDA EXISTE
“Chegará um tempo em que aquele grande amor que por tanto tempo você alimentou, esperou, sempre quis e por fim sem reciprocidade, terá que ser adiado e liberado de sua alma, isto porque você tem que deixá-lo ir em paz pra que com isso você encontre a sua paz. Mas, por outro lado, acredite, esta lacuna que ficará na sua alma, o próprio tempo vai cuidar de preenchê-la pra que você seja realmente feliz.”
Ainda existe este céu
Aberto
De ventos levados
Uma eternidade perdida
Distante dos olhos
Infinitamente claro
Azul
Ainda existe este silêncio
Alvoroçado
De astros luzentes
Por onde vagueiam almas
Licornes voadores
Galopantes do amor
Ariscos
Pensamentos feito vento
Transformados
Amores fugidios
Sonhos e gaivotas
Libertos
Ainda existe o destino
Reservando surpresas
Um caminho extenso
Esguio
Talvez outro amor
Ancorado no tempo
Distante
Praças e avenidas
Lugares perdidos
Ilusões
Aroma de flores
Uma música suave
Longe
Ainda existe o longe
Enquanto houver vida
Existirá o longe
Este lugar que não existe
Por aonde irei sem pressa
Debaixo deste céu azul
Aberto
Infinitamente claro
Que ainda existe.
Emoções à tona
Tecelão literário...
Entrelaça palavras.
Diz tudo sem dizer nada.
Usa meias-palavras pra tudo dizer.
Esconde-se atrás das brumas.
Revela o irrevelável.
Mostra a crueldade do mundo com palavras amáveis.
Palavras amenas não canta o amor apenas.
Elabora sem medos do submundo os segredos...
Compõe os fios da vida.
Tece esperança.
Emociona.
Vive de trazer emoções à tona.
"Cinzentas e brancas no azul viajam, enormes vagarosas ao sabor do vento as nuvens no imenso céu.
Quão presentes essas gigantes acima dos nossos frágeis corpos, agarrados á terra que nos criou.
No pensamento tu. Omnipresente. Falas-me baixinho como quem sussurra ao ouvido um livro infindável de tempo e vida, em tudo passado, presente e futuro.
Quase aqui sinto a tua presença com tamanho sussurro.
No mole prazer me deixo divagar com tal melodia, qual maré enchente na foz de um rio que vai e vem, sem nunca ter ido ou voltado na sua rotina.
Viajam assim brancas e cinzentas no imenso azul ao sabor do vento as gigantes nuvens que tal como eu, frágeis."
Jaz o Amor
O amor em ausência é a pior dor
Um aperto no peito congelante
que nem a fúria de ventos cortantes
Que levam abaixo as mais sólidas construções
Que respondem com incoerência as mais belas indagações
Quando em ausência, corrói o sorriso da face
sendo deixado de lado sem verdade
E de repente, o amor jaz e o que era beleza se enterra em absoluta tristeza.
Dói saber.
Olhando para trás, dói saber quanto tempo da minha vida perdi esquecendo de sorrir porque estava muito ocupado fazendo os outros felizes.
Quantos sonhos não realizados, quantos projetos inacabados, porque estava muito ocupado realizando sonhos e projetos de outras pessoas.
Dói.
Dói saber que o tempo passou e a pessoa a quem você jurou seu amor, hojenão diz nem a primeira letra.
Dói.
Dói saber que meus cabelos ficaram brancos, meus olhos estão enrugados e não sou tão forte quanto antes.
Me dói saber que o tempo passou e que você se foi, deixando-me nesta solitude chamada desamor.
Amor, o paradoxo da humanidade. Palavra religiosa de salvação. Projetado em algo ou alguém de forma particular passível da falsa sensação de reciprocidade. Busca incessante de realização e felicidade. Expectativa que sentencia, julga e condena o amado. Tribunal dos "vencedores", dos donos da "razão", do controle em desequilíbrio, ilusões no palco da vida. O desejo de ser amado como a quem manobra um fantoche. Moldar, controlar, manipular...
Amor, estado pleno e incondicional de amar sem esperar nada em troca. Servir e servir por sentir amar tudo. Tudo é amor. Desconstruir os muros e barreiras emocionais, fazer o lado dentro ser o lado de fora e assim vice-versa. Saber usar a razão de que tudo é o que tem que ser. O amor é o ato revolucionário de amar e só amar. Nada além disso. Amar verdadeiramente tudo para que nada seja desamor.
NA VIDA TUDO PASSA...
desde uma pequena trapaça até uma grande desgraça...
desde um pequeno amor até um grande desamor...
Triste fim
Um dia vou jogar no mar minha vida.
É o mar minha única saída...
Tentei viver uma vida normal...
Mas estou tão imersa em minha dor
Que mato todo sinal de amor...
que de mim se aproxima.
Triste mesmo esta minha sina.
Tenho meus segredos.
Tenho meus planos.
Tento viver meu lado mais humano...
mas meus atos são sempre tão desumanos.
Hoje não está nada bem.
Trovões e solidão povoam meu coração.
Um dia eu mato essa dor.
quem não me conhece, talvez vá chorar...
vai pensar: 'por que será que ninguém fez nada pra ajudar?'
É... ninguém fez...
ou... fez sim...
quem podia ajudar me empurrou ainda mais para esse triste fim.
E fim!
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