Poemas de Chuva
Chuva, doce, fria, calmamente escorre pelo vidro da janela
Pássaros lá fora avisam o frio que se aproxima
Vizinhos chamam por suas crianças, que no entardecer soltam suas pipas
Chegara a noite, e ninguém lá fora se avista
Verão, outono, frio se despede encabuladamente
Flores lá fora avisam que sua prima logo chegará
Prima de muitas pétalas
Netas de inúmeras Veras
Dia e noite não se cansam de brotar
Flores e pétalas da mesma família
De sobrenome Primavera."
(Alexandre dos Reis)
Quando vento eu for, não poderás mais me tocar apenas sentir...
Quando chuva eu for, cairei sobre ti e não mais poderás me segurar...
Então deslizarei em teu corpo tocando suavemente tua pele chegando até o chão...
Onde sumirei na terra, para morrer na mais absoluta solidão...
Gosto de sentir o vento a passar…
Da chuva a cair…do tempo a ir e a vir
Viver as sensações e os momentos
Do encantamento como um sonho.
Cheio de presenças com emoções…
Da realidade cheia de incertezas...
Do fascínio que a vida ensina,vivo hoje.
Agora…cada momento com toda a intensidade.!!
Este gotejar continuo de chuva, com este vento úmido de solidão
Me trouxe uma dorzinha estranha, igual quando se tem saudade...
Me deu uma vontade louca de correr e encontrar a mim mesma!
vontade andar na chuva sem chinelos... sei lá mais o que...
coisas que sinto quando chove...
Lá vem a chuva molhando a pastaria
ao som atroado dos coriscos.
Farfalham árvores borrifando
de perfumes o ocaso.
Quando , na chuva me pega em teus braços
Meu coração fica mais perto do céu
Que como um véu acaricia minha alma
O amor chega em pingos de prata
Um a um buscando cada centímetro
Da pele quente que arrepia
O lobo a espera do acalento
Vindo de uma saudade que dói
Por dentro das entranhas mais profundas
Que de mansinho se deixa levar
Pela ternura do abraço apertado
Trazendo nos olhos a leveza do amor
No silencio da chuva,
Homem, mulher e lobos
Se fundem no silencio
Que os transformam
Em UM único ser
Perdi-me nas sombras....
Molhei-me na chuva.
Desci ao inferno....
Senti os seus horrores.....
Sombras perdidas na chuva.
Onde abri feridas e rasguei as dores...
Olho a janela ...
As gotas batem nos vidros....
Sinto-me exposta aos temores...
Perdi os sentidos e todos os amores...
Corrói-me com o ácido no corpo..
Porque ousei e desejei cheirar as flores...
Jardim solto da minha alma...
Desci ao inferno, senti os horrores..
Perdei-me nas sombras, molhei-me na chuva..!!!
MINHA SINA
Mesmo na chuva
Quando ando na rua
De pedras duras
Sigo à sua procura
Mas só enxergo a lua
Nessa noite mais escura
Minha sina continua
Por mais que conclua
Quero que possua
Minha paixão a sua
Sentimento que cura
Toda dor que atura
Não importa a altura
Chegarei com bravura
E conquistar minha futura
Amável doçura
De alma pura
Que me leva a loucura
E meu coração perfura
Ficará comigo juras
Mesmo que você recua
Estive sempre a sua procura
Minha sina continua
Alguém, Lua e Chuva
Na noite que parecia perene
Ouvia-se o chora da chuva
Em forma de cascata
Ofuscando o brilho da lua
Que mal se via o reflexo nas ondas do mar.
Corações a deriva
E emoções a flor a da pele
Com o relampejar dos raios
Na noite em que a chuva
Não deixou a lua brilhar.
Sempre te vejo, mais a timidez
Paralisa os movimentos
E discretamente
Me ariscava a trocar olhares,
Mergulhar na desconhecida viagem
Do pensamento
Entender o silêncio que se faz dentro de cada palavra
Os rabiscos nas pautas
E a melodia que afina que a alma
Harmônicamente o choro da chuva
Quando alguém se perde em amor.
Poema de Sydenilson Santos / MAR 2014.
NAS MADRUGADAS
Eu quero abraços silenciosos
E estrelas iluminando nós dois
Eu quero a chuva de brilhos preciosos
Junto ao beijo que vem depois.
Eu quero as borboletas no estômago voando
E a demagogia de te esperar
Eu quero a lua nos iluminando
Enquanto não me desvia o olhar.
Eu quero ver-te em poças d'água
Com as nossas mãos entrelaçadas
Eu quero sussurrar sem sentir mágoa
Que eu quero tudo nas madrugadas.
A chuva me traz a saudade.
O mate me traz o sabor.
O sabor me traz a lembrança,
dos beijos do meu amor.
La fora tem uma chuva mansa
caindo de pouco em pouco...
Até parece uma dança
deixando o vento louco...
mel - ((*_*))
Assim como há nuvens
que se dissipam sem chuva
pensamentos ou boas ideias
que esquecemos antes que termine o dia
boas intenções que nunca
se transformaram em ações
pés descalços, mãos sem luva
frutas que caíram sem ser colhidas
boas canções não cantadas
poesias nunca lidas
vozes cansadas
que guardaram palavras não ditas
também há vidas que passaram
e que não foram vividas
Ares varam minha janela.
Fico teclando enquanto
o espaguéti não cozinha.
Eu quero mais chuva.
Pra lavar a terra
e a minha alma
empoeirada..
O TEMPO
-Pode se a chuva, raios e trovões...
-Pode ser a hora, minutos e segundos...
-Pode ser a criança, jovem e adulto...
O tempo pode ser TUDO.
... E depois que a chuva passar,
ouça em silêncio a esperança chegando,
lembre-se que por trás do meu rosto,
triste e envelhecido,
há um coração de criança, te amando...
O vento traz coisas que não pedimos,
A chuva lava aonde não sujamos,
O sol ilumina quem não merece,
A lua sempre traz sombras na terra.
DESLIZAMENTOS
Esvai-se a plenitude da natureza
com choros de chuva, destruído
rios de lama escorrendo pelas montanhas
lares viajando dentre os caminhos de pedras
Geme o vento, traz transtorno
a fuga é eminente, deixa-se
o cachorro livre para que não
tenha um perecimento lento.
A secura é tão grande
que não cabe no deserto
de corpos presos na capa
da invisibilidade.
Não há lamúria tão pouco
rancor, não há o que fazer!
da amargura não se sente
o gosto, o dissabor da vida.
Busca-se o altruísmo
na expiação do outro
cabe um par de tênis
uma camisa rasgada
O frio não se sente
foi enrolado pelo
calor das cobertas
doadas pelo filho
da natureza
A espera dura,
dura mais que a revolta
pois a chuva passa
do vento resta calmaria
o estrago fica
na alma e na lembrança
de quem viveu o terror.
Dói o clamor da natureza
se oculta anos a após anos
o chamando.
Quem fica a mercê
são os esquecidos
pelos comandos
despreocupados
Pingos de chuva caindo
Cheiro de terra molhada
Há tantos dias isto não acontece!
Será que estou mesmo ouvindo
Esta música tão esperada?
Agora o acorde de trovões
Vou lá fora verificar
Nem que com os pingos eu venha me molhar...
mel - ((*_*)) 09/07/2014
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