Poemas de Chuva
Nuvens, o que levam?
Nuvens passam sobre a minha cabeça,
sei que carregam chuva, tormentas.
E amores?
Isto eu não sei, se carregassem amores,
trariam saudades, dores.
Fartas vezes o nosso pensamento junto
vai.
Aonde vão evaporar, não tenho idéia.
Bom seria se elas levassem as dores, e
trouxessem alívio à elas, levassem as
saudades e deixassem amores.
Por entre nuvens nosso espírito viaja,
que elas nos conduzam a paragens diferentes,
aonde o real amor viva, de onde partam
as luzes que iluminam nossos caminhos de
vida, paragens desiguais, caminhos variados,
que nos carreiam a pontos que poucos sabem.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da A.L.B/S.J.do Rio Preto
Membro Honorário da A.L.B/Votuporanga
Membro da U.B.E
Chuva.
A chuva cai e se recompõe e depois cai de novo, isso diz muito como nós não devíamos nos preocupar em sempre estar bem, nós caímos, levantamos e caímos de novo e tudo está bem. A vida mesmo é uma montanha russa onde há sempre altos e baixos para que possamos ter o compreendimento de que nada é estável, e nada nem ninguém é perfeito, defeitos são parte da nossa natureza e devem ser expostos as vezes, mas não com frequência. Está no nosso sangue, no nosso corpo, na nossa fala, na nossa mente e também no nosso espírito coisas que só vamos deixar para trás quando estivermos mentalmente,fisicamente e espiritualmente marcados pelas cicatrizes da evolução.
- Chuva, chuvisco, chuvarada
Dias de chuva são tão estranhos, eu tenho medo.
Dias de vento são legais, eu consigo voar.
Dias de sol são felizes, eu posso sonhar!
A chuva cai, e a lágrima rola.
E você só acordou agora?
O sol nasce, e o sorriso se estabelece.
E você vai dormir assim?
Como assim?
Me explique você, esta perda de tempo tem que ter fim.
Respondá-me o que é vital?
Respondá-me o que é relevante?
Respondá-me o que é imprescindível?
Oi?
LEMBRA
Lembra de mim
Quando o vento soprar
E a árvore florescer
E sentir o cheiro da chuva
Mesmo antes do céu escurecer.
Lembra de mim
Quando a música tocar
E quando o sol nascer
E o horizonte estiver colorido
Fazendo tudo mais emudecer.
Lembra de mim
Quando o frio ceder
Deixando o calor voltar
E for possível correr pro mar
Marcando pegadas na areia
Numa mistura de som, cheiro
e pés molhados.
Lembra de mim
Quando ouvir algo
Que eu não podia dizer
Quando a vida estiver difícil
E der vontade de partir
E a vontade de chorar for vencida
Por encontrar um motivo pra sorrir
Lembra de mim
Quando o incômodo valer a pena
E as pedras e conchas não forem perfeitas
E o livro usado retomar seu lugar
Lembra, quando suspirar ao lembrar.
Publicado em " Grandes Nomes da Poesia Brasileira" - Ed 2018
Oh chuva
Lá fora a Chuva cai
No vago Escuro da noite
Cada gota que passa
Nelas vão meu desejo
Deixe me oh chuva
Oh chuva deixa me
Ver o Rosto que tanto Almejo
Deixa me oh chuva
Fazer esse desejo
O coração daquela que amo
E ela dar lhe um beijo.
O tempo está com cara de chuva
mais não chove,
Talvez o céu esteja triste
mais não esta afim de chorar.
Ainda recordo,
de todos os momentos de minha infância,
ainda sinto o cheiro dos dias de chuva,quando eu corria descalça
sobre as possas de água, quando eu brincava de esconde-esconde,
quando eu brigava com meus colegas
e depois de minutos nos resolviamos
sinto falta, grandes recordações, não existia orgulho éramos crianças,hoje cresci, e com uma discussão vi todos os meus amigos
me virarem as costas.
Em uma noite de tempestade, muita chuva com trovões e relâmpagos.
Em um chalé com quem se ama.
Com muita comida boa e bebida quente para todo mundo.
Cantando, brincando, sorrindo e feliz!
IMPERFEITAMENTE
Sem explicações
Tudo mudou
Até a chuva, pranto meu
É feliz de amor
Nas minhas contemplações
Visito momentos teus
Tudo adivinhação
Daquilo que não tenho a mínima noção
Fico observando bem quietinha
Pra nada interferir
Não é sacrifício nenhum
Ser nobre por ti
Seja uma fantástica idealização,
Quimera,
Falácia da projeção
Não importa
Quando a saudade aperta
Leio em silêncio
Pro tempo escutar
Tempo não perca seu tempo,
o meu amor não será esquecido,
é único e verdadeiro
me faz inteira e capaz
de amar aos pedaços,
os amores
que me são permitidos
Da frustração do tempo,
envelhecemos pedindo
que o amor nos espere
Hoje o dia foi triste!
Céu nublado, chuva e frio,
e eu sozinho.
Lágrimas no rosto,
e a solidão de encosto.
nas sombras a chuva que caie
rebento que chora em tuas vaidades,
escolhas mortas por vontades,
desejos que se esvaíra por querer
ainda assim quero mero destino.
entre tantos caminhos o seu prazer...
dizendo entre linhas e curvas
terminam em tuas cavas
como sonhos que desaguam em sombras
que te fazem gemer
entre abito de línguas e linguajares
o sopro que delimita o desejo,
sendo intenso mais e mais seu querer
mais fundo faz mais
tudo que se embriaga nos dito amor.
Noite fria com céu nublado,
À espera da chuva cair.
Sinto a brisa do meu lado.
Sinto por aqui o clima bom ir.
Estou ao seu lado aguardando o temporal,
As nuvens sobrecarregadas de água.
O portão coberto pela ferrugem,
Com calma aprecio o café matinal.
As folhas das árvores voam com o tempo.
Sou apreciado pelos seus sentimentos.
E, a chuva está caindo do lado de fora.
O cheiro da grama se espalha pelo local.
Pode ser que não há mais temporal.
O tempo ruim foi embora e o sol está lá fora.
E Esse meu olhar triste me fez saber a preciosidade aonde já não mais se ver,
o alarde da chuva antes da tempestade,
a alvorada, que anuncia o sol que corta a madrugada.
as vitorias que trazem consigo o orgulho
as derrotas que traz pensamentos profundos,
seguido de um suspiro e um projeto de restauração é o primeiro passo apos receber o perdão.
no canto observando o olhar inconformado
do irmão mais novo que se sente menos amado
a silenciosa magoa que corroí alma a inesperada morte que traz junta a ela o trauma,
a essência desobediente
o erro que ensina apos o velório o olhar tenso da família,
o orgulho que cerca mas também prende
a alegoria do poeta com a tristeza que sente.
Tracos extintos. -Leonardo Kerigma
Via detalhadamente as gotas de chuva caindo e entrando em contato com o vidro rígido da janela. O som continuava a se repetir, atingindo o telhado. De repente, de uma maneira peculiar, sentia as lágrimas de solidão descendo pelo meu rosto; como se tivesse feito túmulo das mesma dentro de mim há tempos. Ela veio como monstro repleto de cicatrizes, parecia que estava pedindo desculpas por escorrer como a a chuva daquele fim de tarde. Viver fora desse mundo parecia melhor escolha. Talvez fosse estupidez pensar daquela forma - dizia eu. No entanto, quando me perdia nos livros, lembrava-me que escrever sempre me esclareceu está completa;e é exatamente o que sinto quando faço o mesmo. Embora, para mim, não significava está salva ao escrever. Mas verdadeiramente me fazia me sentir inteira.
Escrever simplesmente me eterniza!
E isso que traz de volta o ar que mundo me roubou. Isso me torna cada vez mais clara naquilo que me deixa livre. Meu refúgio ou até mesmo um pedido de socorro.
CASA ABANDONADA
Corre a chuva intensa lá fora,
Mas o telhado já cedeu,
Não há janela, nem porta,
É uma casa morta. Dentro dela tudo pereceu!
Quem diria que nessa casa,
Um dia a felicidade morou,
Hoje não resta quase nada,
É uma casa abandonada. Por ali tudo mudou!
Ninguém sabe, mas essa casa...
Já guardou um grande amor,
Os azulejos quebrados e as paredes mal pintadas,
Guardam segredos que o tempo não apagou!
Nessa casa havia tanta cumplicidade,
Companheirismo que o vento nao levou,
Ali também morava a felicidade,
Impulsionada pelo mais puro e belo amor!
Hoje vejo pedaços de madeira,
Soltos pela grama que ainda teima crescer,
Vidraças quebradas e tomadas pela poeira,
Pilares que se arrastam querendo ceder.
Como queria esquecer essa terra,
Não lembrar dessa casa e jamais voltar a este lugar,
No parapeito da janela, vejo você à minha espera,
Saudade de um tempo que jamais voltará!
Rodivaldo Brito Em 08.10.1982
Pássaro formoso que cai do céu a rodopiar,
Suas Penas tocam as gotas de chuva com leveza,
Gotas cristalinas que refletem seu passado,
Misturadas em gotas carmesins que refletem seu futuro trágico,
E o fazem pensar em seu atual estado,
Que mesmo sendo uma formosura no mundo,
Ainda foi alvejado ao invés de ser preservado.