Poemas de Buda

Cerca de 253 poemas de Buda

Fáceis de serem vistos são os defeitos dos outros, difíceis mesmo de ver são os nossos. Os defeitos dos outros são revelados como no ato de separar a casca do grão. Mas os seus próprios defeitos você esconde como o trapaceiro esconde a jogada perdida.

Buda
Dhammapada, verso 252.

Não acrediteis numa coisa, apenas por ouvir dizer. Não acrediteis na fé das tradições, só porque foram transmitidas por longas gerações. Não acrediteis numa coisa só porque é dita e repetida por muita gente. Não acrediteis numa coisa só pelo testemunho de um sábio antigo. Não acrediteis numa coisa só porque as probabilidades a favorecem ou porque um longo hábito vos leva a tê-la por verdadeira. Não acrediteis no que imaginastes, pensando que um ser superior a revelou. Não acredite em coisa alguma apenas pela autoridade dos mais velhos ou dos vossos instrutores. Mas, aquilo que vós mesmos experimentastes, provastes e reconhecestes verdadeiro, aquilo que corresponde ao vosso bem e ao bem dos outros. Isso deveis aceitar, e por isso moldar a vossa conduta.

Quando se fala e age com pensamentos puros, a felicidade nos acompanha como se fosse uma sombra, jamais nos deixa!

Buda
Dhammapada, verso 2.

O sentimento de raiva deve ser evitado como se fosse fogo, pois ele é perturbador e devemos mudar nossa mente, nosso modo de falar e pensar a fim de evitá-lo.

Brâmane, assim como uma flor de lótus azul, vermelha ou branca nasce nas águas, cresce e mantém-se sobre as águas intocada por elas; eu também, que nasci no mundo e nele cresci, transcendi o mundo e vivo intocado por este. Lembre-se de mim como aquele que é desperto.

- O que é que vocês acham? Estas poucas folhas serão as mais numerosas ou todas as folhas de todas as árvores do bosque? - Pouco numerosas as folhas que o Senhor tem na mão; muito mais numerosas são todas as folhas de todas as árvores do bosque. - Da mesma forma , ó monges, muita coisa é aquilo que aprendi, pouco, muito pouco é o que ensinei. No entanto, não fiz como fazem os mestres que fecham o punho e guardam ciosamente os seus segredos. Pois eu lhes ensinei tudo o que lhes era de utilidade, eu lhes ensinei as quatro verdades. Nada lhes ensinei porém que não fosse útil.

Todas as ações são comandadas pela mente. A mente é o senhor delas, a mente é quem as fabrica.

Buda
Dhammapada, início dos versos 1 e 2.

Melhor não praticar uma ação prejudicial, pois uma ação condenável atormentará mais tarde. Melhor praticar uma ação benéfica – que, praticada, não atormenta.

Buda
Dhammapada, verso 314.

Aqueles que dão importância àquilo que não é importante e que não dão importância àquilo que é importante, sustentando pensamentos errôneos, eles nunca alcançarão aquilo que é importante.

Buda
Dhammapada, verso 11.

Melhor do que mil palavras insignificantes, é uma palavra com significado. Ao ouvi-la se obtém a paz.

Buda
Dhammapada, verso 100.

Abandone o passado, abandone o futuro, abandone o presente, cruze para a outra margem. Com a mente liberta de tudo, não regresse ao nascimento e decrepitude.

Buda
Dhammapada, verso 348.

Não imagino uma única coisa que, quando desprotegida, cause um dano tão grande quanto a mente. A mente, quando desprotegida, causa grandes danos.

Buda
Anguttara Nikaya 1.33.

Seja o seu próprio protetor, seja o seu próprio refúgio. Assim controle a si mesmo tal como um mercador a sua preciosa montaria.

Buda
Dhammapada, verso 380.

Os sábios, sempre meditativos e firmemente perseverantes, experimentam sozinhos o Nibbāna, a incomparável liberdade da escravidão.

Buda
Dhammapada, verso 23.

"...Na família, as mentes fazem contrato entre si. Se existe amor entre elas o lar vai ser lindo como um jardim. Mas e não houver harmonia entre elas é como uma tempestade que destrói o jardim...!"

Não se associe com amigos prejudiciais; não se associe com pessoas não virtuosas. Associe-se com amigos admiráveis; associe-se com as pessoas verdadeiras.

Buda
Dhammapada, verso 78.

Felicidade é ter amigos quando surge a necessidade. Felicidade é o contentamento com pouco. Felicidade é o mérito no fim da vida. Felicidade é o abandono de todo sofrimento.

Buda
Dhammapada, verso 331.

Esses quatro devem ser entendidos como inimigos disfarçados de amigos: aquele que se apropria das posses de um amigo, aquele que faz falsos elogios, aquele que bajula, aquele que traz a ruína.

Buda
Exortação para Sigala (DN 31).

A mente humana pode ser mais perigosa que cobras venenosas e assaltantes vingadores.

Tendo atravessado todos os quadrantes com a mente,
ele não encontra em nenhum lugar alguém mais querido do que ele mesmo.
Do mesmo modo, toda pessoa considera a si mesma como a mais querida;
por conseguinte quem ama a si mesmo não deveria ferir os outros.

Buda
Udana 5.1.