Poemas com Rimas de minha Rua
Vai!
Bota tua cara na rua
E se chover
Que sorte a sua
O relampejo cai
Do teu ensejo vai
Nascer a ruptura
ASFALTO
Hoje eu acordei com os pensamentos fora de ordem
Cruzei a rua com os braços cruzados e os olhos cansados
Entre vitrines confusas & coloridas
”Borboletas num caleidoscópio”
Um bêbado tropeça num tijolo invisível
Cheio de riso de dança e de dor
Gotas de luz caindo no meu rosto
Diluindo sombras
Inaugurando a manhã
Motores bocejam rosnando como cães
Desafiando a nudez dos semáforos
E eu voo Pégaso
Alado, em círculos,
Meus sapatos de ferro pisando o asfalto em flor.
Desconhecida é a tarde no parque
Estilhaçando poesia no ar
Embriagando o bronze das esculturas
Antecipando o que está por chegar
Hoje eu não quero envelhecer
Já calculei a idade do tempo
Hoje eu me recuso a envelhecer
Hoje eu tenho a idade do tempo
Eu vou regar os rios
Acender velas ao Sol
Soprar a rosa dos ventos que me diz: pétalas
"Quando a rua vira rio
O piso da casa vira maromba
O telhado fica cada vez mais perto
E o sossego cada vez mais longe"
Sem Retorno -
Foi na rua dos teus braços
junto à porta da capela
que fiquei apaixonado;
pois do alto da janela
teu olhar imaculado
era a estrela da viela.
Dar-te um beijo quem me dera
delicado como a flor
no teu rosto sem idade;
mas quem espera, desespera
que a saudade e o amor
andam juntos na verdade.
Meu amor é fria a vida
como as dores que se estendem
desde a noite à madrugada;
e os teus olhos, minha querida
não me vêem nem entendem
nesta voz amargurada.
E ainda, creio, agora,
que a ternura nos renega
mas o amor não tem idade;
quem não espera vai embora
vai embora e desespera
no silencio da saudade.
Goiatuba
Estou com saudade da rua Maranhão
Onde meu coração caminhava alegre
Pela manhã e tambem à tarde pela rua
Só para contemplar o cheiro da doce lua.
Ela se movimenta bem macha lenta
Ela vem e arrebenta com sua inocência.
E meu coração forte finge que aguenta.
Toda emoção que ela provoca nas veias fomenta...
Uma bala de menta pra beijar o seu cheiro.
Aquele doce entre o cabelos liso e negro.
O meu olfato agradece da beleza a flor
o seu umbigo.
O paraíso que está no seu corpo escondido.
E um anjo perdido foi quem me revelou tudo isso...
Tire as roupas ali está o paraíso
uma delícia coisa louca
de deixar água na boca...
Na nossa Rua -
Meu amor eu não te vi
Ao passar à nossa rua
Nessa rua onde eu vivi
Bem me lembro, não esqueci
Mas a vida continua.
Dessa casa que foi branca
Nada resta de nós dois
Junto à porta há uma santa
Um letreiro vem depois
Que tristeza, não encanta.
Na varanda não há flores
Nem cortinas nas janelas
A fachada não tem cores
Nada resta, pobre dela
Da casa dos meus amores.
E no meu peito continua
Desse tempo que abalou
A saudade nua e crua
Que da casa já passou
Mas ficou na nossa rua.
É NOITE,OS GATOS SÃO PARDOS
É noite, e tudo é mentira
As poças d'água na rua
enganam os pés incautos,
o assobio engana o medo
dos fantasmas e dos fatos.
É noite,os gatos são pardos...
Os muros todos escondem
ladrões e policiais,
as amizades escondem
os "dedos-duros" fatais.
A noite já foi suave,
já foi ternura,seresta,
namoro,luar e festa,
conversa,banco;quintal,
mas,nesta noite de medo,
a gente nunca distingue
qual é o amigo sincero,
qual é o amor verdadeiro,
e qual a flor cujo cheiro
não é tóxico ou mortal.
As palavras são sussurros,
- as paredes têm ouvidos -
as verdades são traiçoeiras,
os amigos são temidos.
Quem fala palavras boas
pode ser falso ou vendido,
quem grita está insuflando,
quem cala está consentindo..
Uma esquina movimentada do bairro Boqueirao, rua Anne Frank. Lá estava ela, com vestido vermelho, lábios vermelhos, cabelo vermelho; impossível não nota-la, e quem não a visse, com certeza, sentiria seu cheiro, um perfume doce, inebriante.
Estava eu saindo da casa de uma ex patroa, acabava de pegar um vale, 500 reias, estava louco para tomar uma, sentir a energia de um bar, falar e ouvir besteiras naturais do local. Entro, peço uma latinha e uma dose de conhaque, viro de uma vez a dose, desce quente, esquenta a boca, garganta, peito e, por fim, arrepia. Em seguida tomo um gole da cerveja para dar uma gelada. Todas as vezes que ia naquele bar ao qual não conhecia ninguém, ficava por uma ou duas horas, mas naquele dia não estava legal o clima, então resolvo ir embora. Saio meio chapado da bebida e pego a rua Anne Frank, quando levanto a cabeça, vejo lá na frente um vulto vermelho, iria virar a esquerda mas resolvo ir reto para observar de perto. Vou andando em sua direção, quanto mais perto mais atraente parecia aquela mulher; com seus cabelos longos, de um vermelho vivo, seu vestido a balançar com o vento, o mesmo que me trazia seu cheiro doce. Estava há uns dez metros dela quando senti que fui natado, ela me olhou de cima a baixo e virou o rosto. Nos cruzamos e eu falei meio baixo, meio com medo "o que uma linda faz aqui?" Ela "programa!"
-Sério ?
-Sim, amor!
- Como funciona?
- Você me paga e eu sou sua por uma hora, você vai ser bem feliz nesses minutos.
""" Quando algumas pessoas forem constantemente atacadas pelos cães de rua, e outras tantas também constantemente assediadas por espertalhões disfarçados de mendigos...
Que ouçam os que ainda têm ouvidos!(hic) Pois essas tais pessoinhas, para sobreviverem nesta vida "malandramente moderna" que ora vivemos debaixo do sol, todas carecem urgentemente de REALINHAR seu caráter e sua vida sentimental... Isso que, mui provavelmente, tem alterado as suas ebulições espirituais e o próprio semblante.
Incrível isso, quando realmente todos podemos observar que os cães ferozes só atacam determinadas pessoas, mormente as de semblantes medrosos e ou enferruscados, enquanto os falsos mendigos escolhem a dedo as suas vítimas para desfiar seus "rosários" repletos de espertíssimas lorotas, no malandro intuito de arrecadar dinheiro fácil... """
Armeniz Müller.
...O arrazoador poético.
Alí declarara meu amor
Sob a luz da Lua
debaixo de uma janela,
no silêncio daquela rua pouco
movimentada e sem fim
alí declarara meu amor,
dois apaixonados sentados
a beira da calçada admirando a bela Lua
traçando planos para um futuro incerto,
oque importava é que
alí declarara meu amor,
as mãos em toques sutis se tocando
os olhos envergonhados se olhando
na sitonia que é o amor
a Lua era quem tocava a melodia e
alí declarara meu amor.
Não finja que eu não tô falando com você
Eu tô parado no meio da rua
Eu tô entrando no meio dos carros
Sem você, a vida não continua
Não finja que eu não tô falando com você
Ninguém entende o que eu tô passando
Quem é você, que eu não conheço mais?
Me apaixonei pelo que eu inventei de você
Performance sua na travessa da rua sem saída
Constituída por passos ligeiros
De habilidade e maestria,
Invocando mais atração
Que uma potente ventania.
Gesticulações apuradas,
Dignas de uma profecia,
Bailando embrulhada
Num pano, assemelhada
A uma especiaria.
Coreografia impecável
Instantaneamente tecida,
Performance sua
Na travessa da rua sem saída.
Movimentos simultâneos,
Andamento de façanhas,
Combinadas de exatidão.
Exaltadas as proezas
Vindouras d' articulação.
Exauriam as reservas,
De um reles observador,
Magnetismo de uma leva,
Certeira como o arpoador.
Coreografia impecável
Instantaneamente tecida,
Performance sua
Na travessa da rua sem saída.
O calçamento vibrou
Quando a moçoila pisou,
Relando sua superfície
Exímia cirurgiã,
Fraterna como a artífice
Entalhando um talismã.
A sarjeta como corda bamba,
O coreto lhe empresta o estrado,
Os postes, os fios e a caçamba,
São auditório pro sapateado.
Virando a travessa no avesso,
O excesso é um sucesso reverso,
Versado no que venha ser controverso.
Coreografia impecável
Instantaneamente tecida,
Performance sua
Na travessa da rua sem saída.
COMPLEXO DO ALEMÃO
Rua 2, Alvorada, Coqueiro Grota, Fazendinha, Nova Brasília, Sabino, campo do seu Zé, Canitá, Itararé, Relicário, Enferno verde, Morrão, Palmeirinha, Central, Vila Cruzeiro, Largo do bulufá. Lugares belos do Alemã.
Amigos de Nilo Deyson -: Bolinha, Tangara, Nenem, Vinicíus xv , Zibério, Messias negão, Brodher Playboy, Dinho, Negada, Celso, Bio, Vick, ENTRE OUTROS...
Minha favela onde fui criado, onde cresci, onde me tornnei adulto.
Amo o Comlexo do Alemã.
Quem sou eu?
Sou uma pessoa não faz falta que quando ando na rua as pessoas não me nota.
Sou alguém que já foi alguém.
Sou alguém que apostou tudo no amor é
Sou alguém que nunca foi amado alguém que sofre todos os dias.
Sou alguém que não sabe o que é o amor é esse sou eu.
Noite sem lua,
Chuva na rua,
A alma insinua,
A cobiça continua,
No leito extenua,
A arte que autua!
Ninguém desvirtua,
O que o lamento situa,
E se nada intua,
Meu sono conceitua!
Filho do Passado -
E há silêncios na rua do meu medo
por entre as vagas ondas d'um Sol abrasador
e páira pelo ar o suspiro d'um segredo
deixando em quem lá passa desamor.
Sou na vida um deserdado sem esperança
um filho do Passado só e triste
Alguém que já perdeu a confiança
numa vida que não vive, só resiste.
Sou um filho da poesia, endiabrado,
a pausa entre as notas que faz a melodia
a memória d'um mendigo rejeitado
que vai matando a vida dia a dia.
Sou alguém qu'inda se lembra do ter sido
uma culpa que não tem pai, bastarda,
os olhos d'um desenganado, vencido
ou até o Pranto de Maria Parda.
Leme -
Na rua do meu silêncio
há um grito de saudade
é como o Céu tão cinzento
nos dias da tempestade.
Quando sopra qualquer vento
na minh'Alma há muita dor
pois na raiz do pensamento
sempre baila o nosso amor.
E no cais de qualquer porto
há sempre alguém que se demora
bailam saudades no meu corpo
como as dores de quem chora.
Alguém chora e não agarra
este meu sentir tão louco
sou como um barco sem amarra
que se afasta pouco a pouco.
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