Poemas com Rimas de minha Rua
DORES DA VIDA
A dor passa pelo quarto,
pela calçada da velha rua...
pela praça do abstrato
de uma vida toda crua.
Passa por entre os dentes
e pelas famílias dos outros
pelos meus e seus parentes
e o futuro d'aquele garoto.
A dor passa pelo seu corpo
na viagem do além
trespassando cães e loucos
e o sopro dos santos também.
Passa lá pelos jardins
campos de guerra e concentração
por aqui e pelos confins
d'aquela triste paixão.
A dor passa pelos trilhos
dessa vida toda torta
passa por aquelas janelas
e pelos trincos dessas portas.
Pela cama da saudade
nos quatro cantos do mundo
por mentira e por verdade
e por aquele amor profundo.
No frio da noite, a dor
passa pelos vagabundos
no lixo o choro do horror
no escuro olhos do mundo.
Passa a dor n'aquele voou
e na carreira da ambulância
no choro que hospital chorou
e no tapa dada à criança.
A dor passa pelos ventos
com a arte da poluição
pelo verde todo sedento
e pelas válvulas do coração.
Passa lá pela atitude
e ao ataúde fúnebre
necrosando a velha saúde
com bactérias e febre.
Passa, a dor já a cavalo
pelos ventos do destino
careta moldando embalo
em artimanha de menino.
A dor passa pela juventude
de um viver e tempo passado
pela vaidade, liberdade, grude
e sentimentos desconfiados.
Passa, querendo voltar
ao alicerce de todas as linhas
aos bilros de todas as rendas
e aos novelos das contendas.
A dor passou pelos currais
mourões chibata de couro
passou pelo povo de ontem
e hoje, passa de novo.
Quanta dor passa calada...
Sem suspiro choro ou vela
seca sem nem uma lagrima
dor minha d'ele ou d'ela.
A minha dor, passou e passa
assim como passa a sua
passa triste ou com graça
com belo sol ou com lua.
Antonio Montes.
O domingo
Foi como outro qualquer
O que mudou foi a cor
que usei
NEGOCIEI
com um artista de rua
uma foto
Julia Petit
ensinou que tipo de sapato usar
depois aprendi como andar
os braços devem ter o mesmo movimento
e o que eu faço com o guarda chuva
a bolsa
a sacola
e o mundo que eu carrego nas costas?
Onde coloco?
Para que serve o domingo?
Para refletir
Nada de bom na TV
Novamente como ontem
hora de dormir
Novamente como ontem
meu nome é sono
um caminho suave e doce
ao descanso
agora sim
O domínio de si
O diário de uma apaixonada
Sabe, ontem a rua estava que nem formigueiro de gente e eu me senti só. Sabe, ontem eu fui numa entrevista de emprego, o cara perguntou se eu tinha algum defeito, respondi que eu não sabia falar inglês. Sabe, ontem minha família disse que eu não estou nesse mundo, e na verdade, estou mas como nunca estive. Sabe, ontem após sair do banho, eu fui pra frente do espelho e desejei tanto que você me visse. Sabe, ontem eu não dormi bem como todas as outras noites.
Sabe, não, você não sabe! Porque se soubesse você não consegueria viver normalmente.
Ao longo da rua
A fila de espera
Ajoelhados olhando pro chão
Saem rolando feito laranjas
Repolho melão
Cabeças de alface
Americana
Na avenida das guilhotinas
É em massa a execução
Se espalha feito molho
no chão, de tomate
Beterraba e açafrão;
A ceiva do colhedor.
Então isso é um novo dia nascendo
E todas essas pessoas na rua são encantadoras
e todo esse sol que queima o meu rosto
é o mesmo
que entra em sua janela
alcançando o seu corpo
adormecido
Tudo está tão bonito e simples
Embora não possa dizer o mesmo de mim.
Te chamei para a rua ontem, você aceitou!
EU queria esquecer da famosa solução para a solidão,
Aquilo que chaman de amor, que me tirou sim da solidão e me jogou no abismo,
mas com suas companhias eu ainda me aguento...
Recife mandou lhe chamar...
Vem para o carnaval de rua,
Onde o povo brinca com fervor
E alegria, com ou sem fantasias.
Seguindo os blocos a cantar
Antigas e lindas valsinhas.
Vem ver o Galo da Madrugada,
Onde começa o carnaval do Recife,
O melhor e maior bloco da terra.
Vem brincar em Pernambuco,
Nas ladeiras de Olinda, patrimônio
Mundial, subir e descer com crianças,
Palhaços, pierrôs e colombinas,
Jogando confetes, atirando serpentinas.
Vem ver a miscigenação mais linda de todo o
Planeta, onde todos de abraçam no calor
Do frevo, dos blocos, da cultura milenar
Do meu PERNAMBUCO.
Luly Diniz.
09/02/18.
João e Maria
João vai sair e gastar o seu ócio à rua,
ser jovem tanto quanto queira,
sentar à praça, à sombra de coqueiros,
ver passar as senhoritas, e as senhoras,
apresentar-se a uma delas e saber sua graça,
declarar o seu amor à primeira vista,
dizer uma única vez que deve casar.
João vai acordar cedo de sono mal-dormido,
andar pelo passeio e pela madrugada;
subir, altivo, as ladeiras;
virar, de repente, nas esquinas;
descer com os santos as escadarias;
correr e se esconder no beco,
culpado de medo por vultos delinqüentes;
atravessar a ponte,
cruzar a cidade,
andar léguas de distância;
encontrar a casa de Maria pelo floreio,
bater à sua porta,
surpreendê-la e dar todas as respostas,
aceitar o convite para o doce lar.
João de Maria o atrevido amor;
fazê-la feliz, lado a lado;
dedicá-la os hábitos da vida;
povoar dos seus sonhos o melhor.
Teu abraço virou casa
Casa que vive na rua
E agora sempre distante de mim está
Tão distante de mim está
Que nem sei mais como levar
A minha vida sem tu aqui estar.
Eu sou, eu fui
Estou em uma rua, eu sou a rua
E cada casa nela conta um pouco sobre mim.
Estou em um cemitério, sou o cemitério
E cada túmulo, foi um pouco do que tiraram de mim.
Fui um vulcão e cada explosão, era um desespero meu.
Fui você, mas ninguém ligou, então voltei a ser o que era antes...
Tudo e por dentro nada.
RESPEITO COM OS MORADORES DE RUA.
Moradores de rua além de nossos irmãos, estão na mesma condição de qualquer um de nós, todos somos moradores do MUNDO, estejamos dentro de um casebre, uma mansão ou uma barraquinha de lona.
Todos sem dúvida somos moradores do mesmo local, do MUNDO, se o mundo for mau, todos sofreremos as mesmas consequências.
Assim sendo que diferença há, entre os moradores de rua e os moradores das mansões, nenhuma, todos estamos no mesmo MUNDO, todos somos moradores do MUNDO
Os cães de rua estão ali não por vontade própria, mas porque foram abandonados, excluídos, enxotados, negligenciados e esquecidos, por tutores irresponsáveis.
Estão ali famintos, com muito medo, com FOME.
Estão ali inseguros, sem esperança e sem amor, quando tudo o que mais sabem fazer é justamente amar.
Não maltrate um animal de rua.
Eles precisam de ajuda.
Sorriso
Um dia casativo de trabalho
Sentei em um banco,
Olhando a rua,vi um cem teto.
Me peguei no sono.
E viagei pelo o universo
La eu via a lua de perto
Que imenciadao
No começo fiquei inquieto
Mais fui me soltando
E podia voar.
De planetas em planetas
Vendo a terra,
E varias estrelas.
Conheci saturno
Mais nao gostei
Era muinto escuro
Nao tinha sol para iluminar
Ou cheguei la a noite mesmo.
Rodei todo universo
Tava lindo
Acredite vi tudo isso
No sorisso de um mendigo
Falam de mim a todo momento,
Passou o catador na rua e uns poucos comentaram,
Aos que apoiam agradeço, os que são do contra, a gratidão é aos mesmos aceito e entendo que os poucos que alfinetam não sabem de nada,
😁...Eu queria soltar pipa, correr na rua, jogar bola feito criança.
Então faça!
Eles vão falar!
Sim, e o'que irão fazer?
Acho que não podem fazer nada.
E por qual rasão?
A criança que havia neles morreu?!...😞
Ela fica boladona quando eu saio de casa
É que quando eu tô na rua meu relógio atrasa
Uma dose de Whisky parece que dá asa
Vontade de ir pra casa parece que vaza
Ternura Antiga
Ai, a rua escura o vento frio
Esta saudade este vazio
Esta vontade de chorar
Ai tua distância tão amiga
Esta ternura tão antiga
E o desencanto de esperar
Sim, eu não te amo porque quero
Ai, se eu pudesse esqueceria
Vivo e vivo só porque te espero
Ai, esta amargura esta agonia
A ESCURIDÃO
Um alien veio do espaço
Mas quem pode ver
Somente eu pois a rua e deserta
A noite fica solitária e o breu se alastra
mas não deixe que solidão te abraça ,
pois você e a luz
Que pode iluminar toda essa escuridão
E iluminar meu coração.
Cantor de Rua
sou cidadao como todos voces que me dispresam e me chamando mendigo mas sempre digo sou digno do vosso respeito.
sou um simples cantor de rua mas nao me das valor empresario.
vés em mim um animal em defeso mas sempre me defendo da minha forma.. mesmo passando fome.
dizes que nao canto nada.
que quand falo e como se eu tivesse latindo.
esquecendo que desde muinto cedo cantei e emocionei seu coracao que depois de amargurado veio em mim abrigar-se
sou cantor de Rua nao nego a minha realidade mesmo sendo maior de idade..mas diz quem me vé chorando cantando que escrevo letras de ouro.
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