Poemas Anjos de Pijama Matilde Rosa Araujo
Este homem que esperou
Este homem que esperou
humilde em sua casa
que o sol lavasse a cara
ao seu desgosto
Este homem que esperou
à sombra de uma árvore
mudar a direcção
ao seu pobre destino
Este homem que pensou
com uma pedra na mão
transformá-la num pão
transformá-la num beijo
Este homem que parou
no meio da sua vida
e se sentiu mais leve
que a sua própria sombra
Viver da solidão é o fracasso dos oprimidos pelo coração
que não mereçe sentimento claros sonhos tidos
beijos vãos
Você
Ao olhar sua face comigo algo aconteceu
ao sentir suas palavras e suas acões
sentimentos rolaram e issu me comoveu
e do meu coracão libertou as emoções
não quero sentir algo que seja impossivel
não quero que seja so particular
apenas que fosse compreensivel
esse meu jeito de te amar
Tu és especial faz parte de mim
és sensivel e a mim tambem faz ser
te desejo a cada segundo e enfim
ao seu lado eu quero viver
mas não basta amar-te ou querer-te
se não fazerei parte de sua vida
e a outro irei peder-te
e direi adeus a minha amada querida
Os sonhos que tenho são com você
os sonhos planos sorrisos e desejos
td posso fazer
para ter apena um unico beijo
Vermelho
Inspirado
Pra ser exato
Inspirado!
Em quem não se inspira?
O poeta não precisa de idéias, mas de motivos
E o que move o homem são sonhos
Nos meus sonhos te vi
Do marrom falei já
Agora me desperta esse vermelho
“Está nos olhos a beleza”
Dizes
Mas estão também nos lábios vermelhos que fazem música e dão o tom
De lábios eu entendo,
e ainda não vi lábios assim
Que gosto tem o vermelho?
Ainda não provei, mas quero...
Mas um beijo só não é muita coisa
Senão para quem não quer muita coisa
E um momento só não vale
Mas vale uma sucessão de momentos
E uma seqüência de dias
e tempo que dure
vale o que não se quebra de imediato
que não se rompe com o vento
e que não se desgasta com o tempo
e que se faz consistente
vermelho...
Onde o sonho não é possível,
começa o território do vazio,
o oco do ser, o chão do nada,
a despercepção e a desmemória.
O espaço do passado
cresce a cada instante
pelos aluviões do presente;
Mas o espaço do presente
é sempre o mesmo.
O que é um borrão
senão uma forma sem nome.
Não tem certidão geométrica.
É uma forma sem forma.
Um transgressor chamado amorfo.
Mas, acontece que a vida
é cheia de borrões
e não dos entes geométricos,
que o homem inventou.
Com qual medida medimos
o homem que tudo mede?
Que metro que não o homem
pode medir o além do humano?
Que metro pode medir
o infinito e a eternidade?
Qual a medida da alma?
Em que espaço e em que tempo
a alma é encontrada?
Como morre o que não é
capaz de ser mensurado?
Como nasce o que não é
feito de matéria e tempo?
Mas, o que faz esse corpo
pensar que é alma imortal?
Se afago a madeira,
afago a árvore.
A floresta persiste
em cada móvel.
Mesas, cadeiras e armários
são árvores amnésicas.
A cidade cresce para cima:
faz fronteira com o nada,
porque nada existe além
do último andar.
A cidade cresce para cima,
em edifícios cada vez mais altos:
aumenta seus subúrbios verticais.
Quarto de hotel é promíscuo.
Por mais que seja limpo
por zelosas faxineiras,
permanece sempre o cisco
de emoções e pensamentos
de seus hóspedes fugazes,
nos lençóis, nos travesseiros,
nas fronhas, mesmo lavados,
diligentemente trocados,
no chão e no guarda-roupa,
na cama e nas cadeiras.
Nos cabides pendurados
problemas ali deixados
e também mágoas dormidas
fedendo nos cobertores.
Misto de sonho e carne,
somos carne que sonha
ou sonho que se fez carne?
O sono é que nos divide
em dois seres paralelos.
Qual deles é o ser real?
O que não serve para nós
apenas não nos serve.
Quem percebe
a totalidade
sabe que nada é inútil,
e que as coisas existem
sem explicação.
Se tudo tem um sentido,
qual o sentido do homem,
da flor, da pulga, da estrela?
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