Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Para mim o poeta não é essa espécie saltitante que chamam de Relações Públicas. O poeta é Relações íntimas. Dele com o leitor.
O poeta é uma criatura essencialmente dramática, isto é, contraditória, isto é, verdadeira.
A magia das palavras num poeta deve ser tão sutil que a gente esqueça que ele está usando palavras.
No silêncio da madrugada o poeta lírico extravasa sentimentos de ternura, jorra agudas reminiscências exuberantes das coisas boas do Vale do Mucuri, dilacerando o coração dos apaixonados pelas emoções de outrora.
A poesia muitas vezes é a máscara que esconde a tristeza do poeta e também a porta entreaberta da intimidade, que expõe a nudez do seu coração.
O poeta tem uma certa dificuldade pra guardar segredo. Por mais cuidado que tenha acaba sempre revelando nas entrelinhas do poema o quer esconder.
O poeta, às vezes, chora, e mesmo tendo milhões de palavras bonitas dentro de si, nenhuma delas é capaz de trazer consolo para sua dor e tristeza.
Em certos momentos, o poeta derrama lágrimas, e mesmo com inúmeras palavras bonitas em seu interior, nenhuma delas é capaz de trazer alívio para sua dor e tristeza.
"Não sou escritor, muito menos poeta. Na verdade, as frases já me fogem da memória num estalar de dedos; as palavras soam trêmulas e fracas; os cabelos já denunciam a idade. O velho e vulnerável coração dói de saudades suas..."
O poeta deseja produzir emoções no leitor. Já o realista pretende estimular a reflexão. Mas ambos acabam por cumprir o seu papel social por meio da escrita.
O pobre coração de Poeta, ama as mulheres do mundo, ama as mulheres, mulheres... meu coração vagabundo!
o tolo rir de uma palavra que ele acha estranha por não a conhece-la , já o poeta a evidencia e a coloca em êxtase
