Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Eu não ligo mais para o Cupido ,
sempre que percebo - mando embora ,
e com sua flecha de enxerido ,
não quero papo, estou fora !
Debaixo da luz da lua,
Estou eu à observar tal luar.
Como Henrique e Juliano dizia
Estrela foram as outras paixões,
Mas você foi luar
Você sempre esteve a me iluminar.
Como você, a lua hoje está distante,
Sem eu poder tocar
Sem eu poder beijar.
Você é como obra de arte
Que está presa no corredor de uma casa
Que está presa à um homem sem graça
Mas que foi feita pra ser admirada
Pra ser amada
Pra ser cuidada.
Desperdício de uma obra que por Michelangelo foi esculpida.
Você é poesia rara,
Desconhecida.
Nem Shakespeare te descreveria tão bem em uma de suas obras,
Não como eu.
Você é poesia que implora pra ser decifrada
Pra ser amada
Pra ser admirada.
Poesia que não sobrevive se ignorada.
Voce é a luz do meu coração,
E minha maior inspiração.
Me alegre
Me entristeça
Não me importo, com certeza.
Apenas tu que me inspira
Com tamanha grandeza
Eu sou poeta, você poesia.
Numa segunda-feira fresca de agosto,
Novidades repetidas soavam no rádio.
Asami despertou, com o assovio Angelical dos rouxinóis.
Lavou seu rosto na bacia,
Escovou os dentes,
Arrumou seus lençóis,
Calçou os sapatos de feltro,
Após colocar as meias de algodão,
Mostraria àquele parquinho,
Quem era a menina das acrobacias,
Desceu as escadarias, ligeira;
Na mesa comida típica,
A esta altura estava atrasada,
Asami ficou sem carona,
O ônibus passou na estrada,
Teria ela uma maratona.
Uma milha a pé caminhou,
Pelo bosque sacro andou,
Uma árvore de Ipê avistou,
Cruzando a praça e a venda.
Nunca viram seu rosto,
Não sentiram o gosto do café,
Esqueceram que existe pureza, Tornaram-se escória, ralé.
15 pras 8 em Hiroshima
Numa segunda-feira fresca de agosto,
Novidades repetidas soavam no rádio.
Asami despertou, com o assovio Angelical dos rouxinóis.
Lavou seu rosto na bacia,
Escovou os dentes,
Arrumou seus lençóis,
Calçou os sapatos de feltro,
Após colocar as meias de algodão,
Seus tornozelos doloridos,
Um repuxão, devido à queda do balanço.
Mas surgia um novo dia,
Ela enrolou seu lenço no pescoço,
Mostraria àquele parquinho,
Quem era a menina das acrobacias,
Desceu as escadarias, ligeira;
Na mesa comida típica,
Um desjejum de algumas delícias.
Mamãe abotoou a gola de linho,
Penteou seus cabelos, fez carícias, Regou as plantas com carinho.
Colheu um ramo de cerejeira,
Organizou a estante, os bibelôs
E as porcelanas na penteadeira;
Encostou as tramelas dos vitrôs.
A esta altura estava atrasada,
Asami ficou sem carona,
O ônibus passou na estrada,
Teria ela uma maratona.
Uma milha a pé caminhou,
Pelo bosque sacro andou,
Uma árvore de Ipê avistou,
Cruzando a praça e a venda.
Comeu algumas guloseimas,
Ao colégio chegou pra merenda.
Ás 15 pras 8 em Hiroshima,
Asami despertou, com o assovio
Angelical dos rouxinóis.
Enquanto isso, no extremo
Oposto do planeta,
Magnatas despertaram
Obstinados a uma ordem.
Nunca viram seu rosto,
Não sentiram o gosto do café,
Esqueceram que existe pureza, Tornaram-se escória, ralé.
Num abismo ruiu o humanismo,
Perpetuou-se o sacrilégio,
Entre o maligno e a bondade,
Um eterno conflito cego.
Asami alcançou a imortalidade,
Mártir por sua alvura e conchego.
Mamãe nunca mais arrumou sua gola,
Asami nunca mais, calçou seus sapatos
E foi à escola.
Ás 15 pras 8 em Hiroshima,
Asami despertou, com o assovio
Angelical dos rouxinóis.
Ás 15 pras 8 em Hiroshima,
Asami despertou...
A vaidade que te alimentou
enquanto corrias na primeira fase da pista,
é agora o pesoque te impede
de alcançarnova conquista.
O possante, os malvados,
Pancadaria e bebedeira,
Rachas, berros, tiroteio,
A cachoeira, a ribanceira,
Nível tático e diabólico,
Arremessando o currículo,
Adversários do bucólico,
Avaliados num cubículo.
John, Jane and Joanne,
Loucamente alucinados,
Trucidando o quotidiano,
Exaltados, desvairados,
Num Longa Róliudiâno.
luz...sem câmera...sem ação
piu
a luz pinta...sem borda
suaviza o inexpressante sentir de uma cólica existencial
qual...
repare...contorna o ser...mas não o invade
necessário SerIA...
ainda...abranda o gesto tudo revelando escancaradamente
mas não resolve...
Pinta uma Luz Negra Envolvente que faz o contraponto carente
besteiras...sem eiras nem beiras...só, falta de bebedeiras
ninguém poeta é ou se faz...
Todos estão sem luz, sem câmera e sem ação...poderia não...
Narre-me o que não me convence,
Banhe-me de lorotas que me alimentem.
Não sei mais se pago pela sua prece,
Por ter me nutrido como os que sentem.
Seja lá o que distinguir.
Logre-me, ludibrie-me.
Faça-me crer que é admissível,
Seja razoável e me faça cabível.
