Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Terminação que introduz,
No recomeço o compromisso,
Afeição não se traduz,
Num cartão em que agradeço.
Debelado pelas brasas,
Premiado pela academia,
Diploma de exterminador,
Primeira classe das anomalias.
Lírica da Infantaria
Debelado pelas brasas,
Premiado pela academia,
Diploma de exterminador,
Primeira classe das anomalias.
Ciência do Extermínio,
Dialética Inadmissível,
Aleatória e retilínea.
Lírica da Infantaria.
Dezenas determinam,
O entrave de milhões,
Novenas estáveis,
E instáveis gratificações.
Gatilhos de um cano sem mira,
Destinatários do insulto,
Frustrado aquele que suspira,
O calvário é teu salvo-conduto.
Ciência do Extermínio,
Dialética Inadmissível,
Aleatória e retilínea.
Lírica da Infantaria.
Mostre-me sua ridicularidade,
Igual por igual na totalidade,
Vou me vestindo a prova de shock,
Nada imune à descarga pop.
Haja latrina para tantas fezes,
Toneladas de excrementos leves.
Sou fumaça em sua chaminé,
Mostre-me quão ignorante você é.
E vem embrulhado como canapé,
Mostre-me quão ignorante você é.
Angústia bateu na parada Top,
Efeitos do Terror da Bomba Pop.
Mostre-me quão ignorante você é
ou O Terror da Bomba Pop
Intolerável Público !
Apresento a vocês:
O esplêndido mico do Circo Pop !
Plásticas, spas, escândalo a mercê,
E o uso abusivo do Photoshop.
Palavras-chave,
Luxuosas, glamourosas,
Caravelas e aeronaves,
Suntuosas e grotescas.
O refrão vem num pontapé,
Mostre-me quão ignorante você é.
Mostre-me sua ridicularidade,
Igual por igual na totalidade,
Vou me vestindo a prova de shock,
Nada imune à descarga pop.
Haja latrina para tantas fezes,
Toneladas de excrementos leves.
Sou fumaça em sua chaminé,
Mostre-me quão ignorante você é.
Itens da prateleira na promoção,
Pegue um, pague três, roube um cacho E um frasco pra náusea da indigestão, De ter que empurrar Goela baixo.
E vem embrulhado como canapé,
Mostre-me quão ignorante você é.
Angústia bateu na parada Top,
Efeitos do Terror da Bomba Pop.
Desmontamos os pedestais,
Anulamos a exposição,
Rochas nocauteadas por cristais,
Desparcerados pela discrição.
Silenciadores
Os armários chaveados,
Meu orgulho arranhado,
As carteiras arrumadas,
Meu estômago revirado.
Testemunhas silenciadas,
Depondo silenciosas.
Em meu silenciador,
Após silêncio a dor.
Silenciador,
Silencie a dor.
Desmontamos os pedestais,
Anulamos a exposição,
Rochas nocauteadas por cristais,
Desparcerados pela discrição.
Ela foi vítima,
Eu fui vil,
Ela é discreta,
Eu sou sutil.
Sentimentos silenciados,
Depoimentos sussurrados,
Enlaçados capturamos a libertação.
Silenciadores,
Silenciem as dores.
