Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Ensaio sobre a origem do Karma
O sentimento me foi insuportável, então pela primeira vez escrevi espontaneamente, sem que me mandassem fazê-lo. Não era questão de gosto, tinha a ver com aversão, eu precisava expulsar de meu interior o que me esfolava.
Uns metros dali estouraram o cartel
De uma quadrilha internacional,
Esquema armado, escutas, grampos,
Traçado por uma equipe federal.
Ergueu a mão prum ex-companheiro
Da época que bateu o ponto usual,
Apertava parafusos, rosqueava,
Martelava e polia na fabriqueta de pedal,
Leu o título dum livro grafado num outdoor,
Best-seller na imprensa oficial,
“A Doutrina dos Humildes”, volume que
Despertou-lhe o entusiasmo literal,
Vendeu 40 milhões de exemplares, Virou mini-série de comoção nacional.
Nunca em semanas, meses, anos,
Centenários e milésimos de segundos,
Após aquele dia, na história de todos os dias,
Em todos os dias dos tempos,
Em todos os tempos da história,
Apareceu-lhe outro dia tão excepcional.
Todos somos iguais perante a Deus.
Mas não para os racistas!
Mas quem deu à eles outorga para se acharem melhores e maiores que o próprio Deus?
RIMA
rima, dela não me esquivo, apenas digo que não sou escravo da terminação, dela, procuro fazer um descritivo do sentimento, mesmo esse que não sinto, seja ele, vivo, em transe ou desfalecido.
Do ritmo, da métrica, nem falo, um soneto é uma forma geométrica em sílabas e embora nem saibam meu outro e principal ofício, conta números como os respiros. mas neste caso, patino e assim melhor evitar um vexatório desfecho em desatino.
aos poetas que de mim fazem consulta, subitamente me vejo em oculto ou mesmo aberto elogio e sinceramente lhes digo que não se faça caso de formas, mais vale o ritmo, por que a rima vazia parece inclusive a mais difícil e não é isso que torna o poema verossímil, bom ou digno.
Quem me lê já sabe, que no mais digo muito sem fazer alarido, na verdade nem dizer eu digo.
quero mesmo é fazer com que aquele que agora já quer se perder, se ache num pequeno trecho
e fique lá, enquanto eu sigo.
@machado_ac
Imperfeição
Eu quero é ser imperfeito!
Ser errado em minhas convicções,
fazer idiotices,
rir de mim mesmo ao ponto em que a gargalhada me satisfaça e
que a ideia do cômico, me absorva...!
Sou eu assim sem temperos,
feito água de cachoeira que migra
de pedra em pedra e se esvai!
José Ricardo de Matos Pereira: 11.04.2020 - 8:25h
A live é boa. É uma boa idéia.
Uma alternativa para tempos difíceis
Como uma pandemia.
Mas nada supre a presença física humana,
A presença do público
Emanando suas vibrações
Sua energia.
Célula Solitária
Triunfo simpatiza com fracasso,
Trunfo confia na mesmice,
A precisão confidencia ao acaso,
Entretanto, não nesta ocasião.
| Célula Solitária |
Organismo vivo
Ambicionando sentido.
Fanatismo nocivo
Tramando suicídio.
Mecanismos destrutivos,
Regulamentos erosivos.
Próximos demais,
Ausência de privacidade.
Espécie melancólica
Exibindo Intimidade.
Criaturas homônimas,
De interior inabitado.
Megalópoles empanturradas de indivíduos,
Vidrados nos vultos das caixas de vidro.
Beltranos repartindo o jejum,
Decompondo-se em vala comum.
Oxalá nosso vazio se preenchesse,
Restaurando as avarias emotivas,
Evitaríamos citar tantos clichês,
Ocupando-nos com iniciativas,
Alternativas, perspectivas,
Tentativas efetivas.
| Célula Solitária |
Se emancipando
Do isolamento da exclusão.
Triunfo simpatiza com fracasso,
Trunfo confia na mesmice,
A precisão confidencia ao acaso,
Entretanto, não nesta ocasião.
| Célula Solitária |
Megalópoles empanturradas de indivíduos,
Vidrados nos vultos das caixas de vidro.
Beltranos repartindo o jejum,
Decompondo-se em vala comum.
Oxalá nosso vazio se preenchesse,
Restaurando as avarias emotivas,
Evitaríamos citar tantos clichês,
Ocupando-nos com iniciativas,
Alternativas, perspectivas,
Tentativas efetivas.
| Célula Solitária |
Se emancipando
Do isolamento da exclusão.
Poetisa Contemporânea Atual | Novos Poetas Brasileiros
PINGAM AS ROSAS AZUIS
No criado-mudo repousam rosas azuis respeitando a neblina do silêncio.
Um Relógio pendula o tempo, debatendo-se
Oscilam-se os lados,
hora-esquerda,
hora-direita.
Uma rósa chóve outrá balançá
Desprende-se
e píngá ´´´´´´´´´´:
E cai nos azulejos
Pétalas deslizam como lágrimas regando de azul a superfície.
Então paro, me pergunto
E desabo-tou:
Quantás-batídás-até-que-se-caule?_ _ _ _ _
Disponível em https://www.jessicaiancoski.com/
não permita que o mundo
lhe tome a sensibilidade,
ela é a maior arma que tens,
para defender-se de si mesma.
