Poemas a um Poeta Olavo Bilac

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Sobre te levar aonde quer que eu vá.
Muitas coisas eu poderia falar sobre nós, mas as melhores coisas que eu penso, não se transferem dos meus pensamentos em palavras. Eu foco na ideia de te demostrar com o meu olhar, no meu sorriso e nas minhas mãos deslizando sobre o seu corpo.
Eu seria com toda a certeza um bobo se passasse um dia sequer sem segurar a sua mão ou sem reclamar de como é chato quando você não está por perto. Ou seja, nem procuro pensar, nem ficar na dúvida, apenas e simplesmente te quero comigo aonde quer que eu vá.

Inserida por lopeslarry

Canções do Olhar Inconsolável

O olhar inconsolável,
Denuncia a vida cativa,
Na privação do ser,
Ao qual foi negada a liberdade.

A existência aprisionada,
Faz do calabouço nosso lar.

Inserida por michelfm

Onde a luta se encerra
E o luto é permitido,
Fazem tanto sentido quanto,
Os sentimentos que perdi.

Inserida por michelfm

Nada disso acaba,
Tudo tem sabor,
Mas só o amargo salva,
Na canção do vencedor.

Inserida por michelfm

Apegue-se à vida,
Diga o que tem a dizer,
Faça o que tem que fazer
E dê o fora daqui.

Inserida por michelfm

Do olhar inconsolável
Nascem as canções,
Em nosso despropósito,
Brotam proposições.

Inserida por michelfm

Muitas vezes me atrapalho
nas linhas de uma poesia,
perco uma vírgula, e caio,
mudando o rumo que queria
Pergunto-me que poeta serei eu?
assim, dessa maneira displicente,
mas noto que no erro que se deu,
o que valeu foi a inspiração, somente...

Inserida por neusamarilda

Ritmo

O trem risca o trilho;
eu risco as pautas do bloco;
você, estribilho.

(Verônica Marzullo de Brito)

Inserida por veronicamarzullo

Média

A manteiga dá o sal,
o pão amansa a fome,
a rua vira quintal...
Mas a média é sempre fria
(mesmo que fervente)
Quando servida
por um estranho
a uma mulher de pé,
sozinha,
na padaria.

(Verônica Marzullo)

Inserida por veronicamarzullo

[INTEIRO]


Vamos lá, decida quem irá se ferir primeiro.
Eu ou você?
Vamos lá, escolha a armadura
Mas não se esqueça de me deixar a escultura
Dos seu triste olhar.
Me entregue o seu peito dilacerado
E me faça se perder por entre seus dedos molhados.
Me deixe experimentar o cheiro do seu veneno
Só não me deixe pensar que você é meu por inteiro.
Só não me deixe pensar que estamos entregues por inteiro.

Inserida por PeterJawnher

Momento Breve

E eu permaneço aqui olhando as estrelas e assistindo o céu
Sem nenhuma certeza
Eu vou tingindo o papel

Com cores claras e opacas
Com noções raras e breves
Cores tristes e alegres
Sujas de fumaça

Num papel a perigo
Em um ninho de traças
E o meu único pedido
É só mais uma taça
De vinho tinto

Pra me desoriêntar
Pra eu me achar
E me perder no caminho
E entender o que sinto
Ou não...

E ela me chamou
De bandido, de vilão
Pois levei comigo
Teu coração

Mas me chamou
De herói, de mocinho
Me deu um beijo
E pediu carinho

Meu bem fique Mais um Pouquinho, por favor
Querida é que eu
Preciso do teu calor

Inserida por MatheusSAraujo0

O tempo é relâmpago: rápido e inconstante, que só pode ser vivido por quem captura o momento certo e aproveita-o da forma mais intensa. Nós somos raios, a vida é tempestade. Somos raios-humanos convocados pela tempestade-vida para possuirmos um momento de experiência e aprendizagem.
Sábio o raio que ao mesmo tempo que é calmo e sereno possui também certa gradação e doses de ousadia. Feliz o raio em que no momento da tempestade-vida venceu seus limites, ampliou seus horizontes e superou a si mesmo com sua grandeza interior, realizando a mais bela performance.
Entretanto, logo a tempestade-vida passará, nós raios-humanos não existiremos mais, seremos completamente esquecidos e consequentemente transportados para uma dimensão desconhecida sem possibilidade de retorno.
Então... Que o relâmpago seja valorizado, os raios ousados, E a tempestade vivida!

Inserida por alemelharm

SETEMBRO LINDO
___Quando nasce uma flor
O mundo se ilumina
A natureza é pura emoção
E a vida se transforma em poema.
Quando nasce uma flor
A janela se abre para o poema
O poema transforma o poeta
E as flores alegram os corações!
O poema se transforma em amor
A natureza faz o homem feliz
Setembro é um lindo poema
Quando nasce uma flor!
_________________DelzaMarques

Inserida por DelzaMarques

Estava a andar por esta rua vazia,
onde as gotas de chuva caíam,
mostrando que o céu estava chorando.
Rua onde alguns dias atrás,
as crianças brincavam...
hoje ela estava sem vida.
Cada vez mais lágrimas caíam.

Apenas presenciei pessoas implícitas,
que por baixo de roupas grossas
escondiam suas almas.

Sentia apenas meu corpo,
que cada vez mais lutava contra o frio.
Com grande astúcia eu encontrava o
caminho de casa.

Inserida por luanmelo2013

[VAMOS SE PERDER EM SÃO PAULO]

Vamos se perder em São Paulo
Sim, se perder em São Paulo.
Vamos sair do amargo
Sim, sair do amargo.

Vamos sorrir a mercê
Da morte que tanto nos vê
Vamos fingir conceber
O amor e a chave do além.

E se você quer aventura
Baby, eu sou a sua cura
E se você quer se perder
Baby, eu posso ser a sua bússola

Só se lembre de bater
Na porta lá pela madruga
Pois eu quero te conceber
O ato de toda essa angustiante luxúria.

Me beije a luz do luar
Me beije a luz do luar
Me beije a luz do luar
Me beije a luz do luar

Inserida por PeterJawnher

O que eu quero não se designa
não tem nome, nem titulo
não tem hífen e não tem trema
não se abrevia, nem se sublinha.

O que eu quero não cabe em livros
não cabe em contos
e tampouco num poema.

O que eu quero é integral
não se divide
é inexorável, inefável
consta no dicionário
mas não é verbo
é inenarrável.

O que eu quero
eu não tenho
é impalpável
desmedido
é vislumbrado pelos deuses mais antigos.

O que eu quero é singular
que com o tempo
esgotou-se no ar
foi tragado pela noite
por pseudo-amores.

O que eu quero não tem volta...

Inserida por leonardolmatoso

Cesar

"Cesar, você me feriu.
Agora terei de procurar outros derivados para me afogar,
já que os Maurícios foram embora,
os Vinícius preferem ficar sozinhos
e os Eduardos gostam de rapazes (às vezes).
Terei de procurar outros mares em vez desses rios rasos que caí indo te procurar... E de preferência com um Caetano ou um Moraes de salva-vidas.
Cesar, você me partiu.
Agora tudo que me matou quando te ouvi, fez-me sentir mais viva...
mas nem por isso fui atrás dos Rafaeis ou dos Brunos
pois só o seu nome composto, Cesar, me fazia mergulhar em qualquer dicionário.
Cesar, amo-te tanto...
E um segundo sem um beijo seu
é um ponto novo que eu costuro no peito.
Cesar, você faz falta.
Agora qualquer livro de história que eu abro,
eu te vejo.
Sejam títulos os Júlios ou os Caesares
todos sempre me lembram você.
Sejam próximos ou com acento
todos sempre me lembram você.
Caesar;
César;
Cesar."

Inserida por _doseover

Desfoque

Ele me faz perder o fôlego e o foco.
Minha visão nunca esteve tão danificada
nem meus lábios tão felizes.
Ele é o meu pecado mais perigoso
e o meu erro mais gostoso.
Ele me deixa com a melancolia profunda
de uma noite inteira aguando
vontade e saudade.
Ele juntou todos os meus cacos
e reconstruiu só a metade
para que enfim, de mim, o que sobrasse,
ele completasse.

Inserida por _doseover

quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Eu olhei nos teus olhos e vi o desperdício de uma vida inteira.
Eles não brilhavam.
Eles não guardavam o universo em si.
Não.
Seus olhos estavam úmidos. Empoeirados.
Eles fingiam uma tristeza.
Uma depressão comprada nas farmácias.
Você gastando uma encarnação inteira com essas besteiras que não acredita.
Que dissimula.
Interpreta em teu personagem.
Burrice menina. Burrice.
Ninguém vai te aplaudir no final.
Ninguém vai lamentar pela tua vida miserável.
A miséria não tem nada a ver com a pobreza do corpo.
A miséria tem a ver com a tua incapacidade de ser feliz e perceber o mundo.
Você é miserável.
De uma miserabilidade que não será perdoada.
Você vai enlouquecer quando se despir desta roupa.
Você vai chorar e dar trabalho para todos do outro lado.
Tua imaginação não é capaz de intuir o que te espera lá.
Você não queimará.
Você não será torturada.
Mas irá enlouquecer,
E gastará outra existência, até ser recuperada.

Juliana S. Müller.

Inserida por juliana_da_silva

Eus...
(Nilo Ribeiro)

Não sou deste jeito,
não sou como escrevo,
ser humano não perfeito,
dizer o contrário não atrevo

o poeta tem lente de aumento,
sua aquarela tem mais cores,
é imensurável seu sentimento,
seu paladar tem mais sabores

não cabe uma comparação,
entre o homem e o poeta,
este vive uma ficção,
aquele a coisa certa

existe diferença,
mas também semelhança,
vivem com muita crença,
vivem de esperança

eles se confundem,
trocam de personalidade,
às vezes se fundem,
um é o outro de verdade

o homem tem um conhecimento,
o poeta a sua fantasia,
o homem é puro sentimento,
o poeta, bem, é a pura poesia

o homem talvez seja sábio,
o poeta talvez pureza,
o homem talvez seja hábil,
o poeta leveza

o caráter forma o homem,
o poeta é o intelecto,
um vive pelo nome,
o outro pelo afeto

eu não consigo separar,
quem fica no comando,
se o homem que sempre vai te amar,
ou o poeta que continua te amando

personalidade ambígua,
ou dupla identidade,
sei que a união é profícua,
pois os dois amam de verdade

o que está dentro de mim,
o homem e o poeta,
eles teamam sem fim,
e é isto que nos interessa...

Inserida por NILOCRIBEIRO