Poemas a um Poeta Olavo Bilac
A solidão
Hoje eu estou arrasado
A solidão invadiu minha casa
Estou arrasado
Bem aqui dentro do ateliê improvisado
Não há um alguém que seja meu amigo
Uma alma para me ajudar
Alguém que possa a isso
Já não tenho lágrimas para chorar
O poço dos meus olhos está seco
Eu tinha tudo para estar alegre
Mas o mundo está todo manchado
Eles gostam de sangue inocente
E eu aqui dentro me escondo dessa gente
Não sei o que vai ser de mim
11/01/2018 17:15
GRITO EM SILÊNCIO
Autoria: Edson Cerqueira Felix
Datação: 12/01/2019 16:10
Localização: Paraíba do Sul - RJ, Brasil
Dissertação: Diário em versos
Dedicado a: Sem especificação
Classificação Indicativa: Todos os públicos
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Eu tento a cada dia
Romper a barreira do som
Sem um jato super-sônico
Mas só há o silêncio
E eu tento encontrar em outras pessoas
Algum sinal, um vestígio
De algo novo que me liberte do velho
E só encontro esboços passageiros
Que dão uma breve sensação
Daquilo que pode libertar, mas não plenamente
O meu silêncio grita e não pode ser ouvido
Eles vêem minhas expressões
Mas não há um que me auxilie
Eles esperam que eu seja forte, é só isso
MUNDO PERDIDO
Autoria: Edson Cerqueira Felix
Datação: 14/01/2019 20:44
Localização: Paraíba do Sul - RJ, Brasil
Dissertação: Diário em versos
Dedicado a: Sem especificação
Classificação Indicativa: Todos os públicos
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Eu fico sem os meus sentidos
Fico ipnotizado
Como uma presa fica diante seu algoz
O meu algoz é uma grande ilha de solidão
Mas antes vale
Uma ilha inteira de solidão
Do que um continente de muito pecado
É melhor o silêncio de Deus
Do que o barulho de demônios
É melhor plantar um paraíso na solidão
Que boas sementes em um alvoroço
O egoísmo das pessoas rompeu a atmosfera terrestre
Não tem remédio
E salvar alguém ainda está nos meus planos
Ariele
Finalizada pelo aperfeiçoamento,
Preenchida com o necessário,
Superioridade declarada.
Níveis de porcentagem
Alcançando o máximo por cento.
Pós-perfeição,
Vitamina energética,
Sendo energizada.
Ela está terminada, completa.
Arrematada, aprontada,
Concluída, findada.
Decorada com um brilho inegável,
Esculpida em perfeita pele,
Seis letras delimitam a ilimitável
A R I E L E.
Finalizada pelo aperfeiçoamento,
Preenchida com o necessário,
Superioridade declarada.
Níveis de porcentagem
Alcançando o máximo por cento.
Pós-perfeição,
Vitamina energética,
Sendo energizada.
Ela está terminada, completa.
Arrematada, aprontada,
Concluída, findada.
Áspera Seda
A espera se envereda,
O antídoto se envenena,
A insinuação se confirma,
Fora do set é nossa cena.
Personagens sem cenário,
Um roteiro sem um texto,
O conjunto separado,
Um dueto sem contexto.
Meras associações
Citadas sem nexo,
O reflexo de mim
Colocado em anexo.
Áspera Seda,
Áspera Seda,
Me absolve, me condena.
Áspera Seda,
Áspera Seda,
Me envolve, me sustenta.
Abrigado ao relento,
Apagada a centelha,
Um carinho, um acalento,
Rosa Vermelha.
Lágrima seca,
O norte no sul,
A chuva impermeia,
A Rosa Azul.
Áspera Seda,
Áspera Seda,
Me absolve, me condena.
Áspera Seda,
Áspera Seda,
Me envolve, me sustenta.
A lágrima seca,
Apaga a centelha,
Áspera Seda,
Rosa Vermelha.
Este é meu reflexo,
Colocado em anexo.
A minha herança é essa.
Áspera Seda,
Áspera Seda,
Me absolve, me condena,
Me absorve, me alimenta,
Me envolve, me sustenta.
Áspera Seda.
CANDELABRO
Autoria: Edson Cerqueira Felix
Datação: 15/01/2019 20:36
Localização: Paraíba do Sul - RJ, Brasil
Dissertação: Diário em versos
Dedicado a: Sem especificação
Classificação Indicativa: Todos os públicos
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Na luz artificial
Eu foco na luz espiritual
Mesmo durante tantas noites
24 horas por dia
Eu não tenho ninguém
Só os telejornais, as novelas
E o meu aparelho de som
As músicas são tristes
São baladas românticas
Eu amei de mais da conta
Por que a preferência dela por nada quanto ao tudo [...]
Por que brincar de amar
Se o amor aqui é algo sério [...]
Por que a ilusão se eu tenho o que é real [...]
Não recuo com a primeira vírgula
No meio do caminho
Não me assusto com exclamações
Nem desisto
Quando aparecem interrogações
Sou poeta
Para mim
Ponto final não significa fim
Dos pontos
O que melhor me representa
É a reticência…
Gilmar Chiapetti
Espalhando versos
Talvez não se possa de poesia viver.
Mas com certeza poesia dentro de
nós, sempre irá haver.
O poeta a usa expressando o que sente,
ou o que o faz sofrer.
Só de poesia não se vive, mas essa
força dentro de nós, as vezes basta,
chega a ser um alimento eficiente,que
faz muito bem para se viver.
Agora poeta, acerta tua dieta para com
dignidade viveres, a poesias que fizestes,
o mundo as leva, e tu ficas só, mas ao
saberes que o teu escrito ganha o mundo,
podes te dar ao luxo de deles lembrando,
morrer.
Cada poesia tua um pedaço do teu amor tinha.
Agora voam, levadas entre folhas de um livro,
que irão fazer muitos amar, sonhar.
Valeu tê-las feito, e pela vida as espalhar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Solidão
Mesmo no meio de uma multidão estou só,
Apesar das aparências, eu ando com a minha bandeira branca da paz carregando o significado da minha existência,
A essência da minha alma solitária esta presente na caneta do poeta.
Roubava...
Sem remorso
Todas que podia
Depois as amava
E as soltava pelo mundo
Em forma de poesia
As palavras roubadas
O poeta.
VINDICANDO A LIBERDADE
Há juízes que se acham
Mais do que a própria lei,
Quando outros esculacham,
Determinam como rei.
Vai notando os meus versos.
Eu não cito instância ou nome.
Pois se aplicam a diversos
Que a lista até some.
A justiça não é deles,
No entanto se arrogam
Imputar crime naqueles
Que seu parecer revogam.
Mesmo o que seja inerme
Consideram como ataque.
O leão que teme o verme
É o juiz que acusa o baque.
Não aguenta a esbarrada:
Determina que é um murro!
E em disputa acirrada
O cochicho diz que é urro.
Mas aqui deixo minha rima,
Não me calo ante aos tiranos.
Ao que é justo minha estima;
Meu contempto aos insanos.
Pequena Preciosa
O que a diferencia
Das outras meninas,
São os calos nas mãos
E os cortes nos pés,
Marcas do esforço
No pó do carvão,
Queimando a infância,
A inocência e a fé.
A boneca trocada
Por um martelo,
Quebrando pedrinhas,
Descascando castanhas,
Pesando o desgaste
Sobre os joelhos,
Nas olarias sufocando
As entranhas.
Pequena Preciosa,
Sei de sua trajetória.
Pequena Preciosa,
Cantarei sua história.
Caímos no sarcasmo
De atributos hilários,
É um insulto tratar monstros
Como empresários.
Amaldiçoados
Financiam a morte,
E o marasmo infantil
Serve como suporte.
Romperam o cativeiro,
Resgataram a menina,
A Pequena Preciosa
Foi uma heroína.
Na euforia de sua alforria,
Ganhou a atenção que então merecia.
O vil e perverso aliciador,
Malvado medíocre seria enjaulado,
Foi algemado pelo defensor,
Que tirou a Pequena de seu triste passado.
A menina ainda não entendia,
Que seu futuro lhe pertencia.
Mas já despejava naquele estágio,
Lágrimas de alegria.
Pequena Preciosa,
Sei de sua trajetória,
Pequena Preciosa,
Brilha vitoriosa.
Uma vez liberta, voltou a estudar,
Era a mais esperta no meio escolar.
Seria qualquer coisa que quisesse ser,
A Pequena Preciosa poderia escolher.
Quantas preciosidades mais nós iremos perder ?
Substituindo a infância por cifrões cobiçados.
Crianças jamais deveriam crescer,
Pra nunca se tornarem monstros disfarçados.
Pequena Preciosa,
Brilha Graciosa.
Sublime e Gloriosa,
Pequena Preciosa.
O que a diferencia
Das outras meninas,
São os calos nas mãos
E os cortes nos pés,
Marcas do esforço
No pó do carvão,
Queimando a infância,
A inocência e a fé.
