Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Convocação Geral: Ensarilhar as armas!
Voltemos aos abraços, às cantorias, às expressões de amor!
O Planeta está vivendo um momento delicado, lembrando os períodos anteriores às duas grandes guerras do século passado.
A incompreensão tomou conta da vida dos Seres Humanos, a intolerância se espalhou de tal forma que qualquer coisa que seja dita se torna motivo de discussão, de inimizade.
Amigos deixaram de se falar, irmãos deixaram de se visitar, pais não visitam os filhos e filhos não mais visitam os pais.
Ah, Poeta, mas sempre foi assim!
Não, meus amigos, a segunda metade do Século XX foi de encontros, de distensão, de abraços, de “Pax and Love”, de construção sinérgica.
Na arte, na música, na literatura, no dia a dia, o clima era de festa, de alegria. Beatles, Frank Sinatra, Elvis, Violeta Parra, Mercedes Sosa, Elis, Roberto, Kleiton & Kledir, MPB4, Família Ramil, Chico, Fábio Jr., Sérgio Reis e os Sertanejos, Raul Seixas, todos falando do amor, da paz, da alegria.
O risco é grande!
Há que se repensar nossa forma de ver nossos semelhantes o AMOR precisa voltar a ser o centro de tudo, precisamos visitar mais, encontrar mais, expressar nosso carinho e nosso afeto.
A desunião que tomou conta de nossos corações e de nossas almas nos últimos anos não pode continuar dirigindo nossas vidas.
Não à guerra!
Não à desavença!
Não ao ceticismo!
Não à descrença!
Não à desesperança!
Que espalhemos pelos quatro cantos da Terra a união e o afeto, o amor fraterno, o bem, a compreensão.
Há que haver o REENCONTRO conosco, com a bondade, com nossa essência.
Acreditem, isto é possível!
É hora de deixarmos de lado o individual, o centrismo, a arrogância, para pensarmos no coletivo, no amor que nos une a todos.
É hora de ensarilhar as armas!
As estações se sucedem em seus ciclos,
enquanto vou tomando calmantes e antidepressivos
para continuar vivendo.
Enfermo! É assim que estou enquanto escrevo!
E lembro de “amigos”
que já não fazem parte da minha vida,
e muito menos do meu afeto!
Revivo os antigos sonhos,
em um mundo ideal,
eternamente perfeito e imutável,
mergulhado em um saudosismo
que ultrapassa a realidade e meu lado obscuro
que agora começo a revelar, levando você a meditar.
O PACÍFICO
Sentir o perfume das flores
Presenciar o orvalho da manhã
Ver o dia nascendo
Contemplar o infinito no finito de mais um dia
Ser sábio é ter a certeza que nada foge do controle de Deus
É ter a exata convicção que tudo é possível através da essência
Já vai raiando o dia
Agora é meio-dia, depois é meia-noite
Dividido em dois hemisférios
O tempo segue o seu caminho
Acordando e fazendo dormir os que fazem parte desse plano chamado vida.
Na verdade ele é que nem o pacífico, ele é que nem as ondas do mar, ele é o som das ondas a ecoar; ele é o vai e o vem...
Ele é também o que dá e o que tira,
É ele é criador do mar e de tudo que em nós gira, ele é o que nos inspira também...
Ele dá descanso a alma, ele é a favor de quem ama...
Ele é o inexplicável,
Ele é que nem o pacífico;
Ele é o criador de todas as maravilhas, desde à fauna e a flora, e sem esquecer do grande oceano índico...
Em Recife acordei
Na feira fui comprar.
No Mercado São José
Comprei melão,maracujá.
Peixe fresco e feijão.
Vi chocalho e gibão.
Artesanato e chapéu.
Arroz milho a granel.
Berço do poeta bairrista
Rego Maranhão: o menestrel.
A GENTE
Eu e tu: soneto e eu, poética repartida
Em duas estimas, duas estimas numa
Aí sentida. Tu e eu: ó versejada vida
De duas sortes que em uma só resuma
Prosa de partilha, cada uma presumida
Da alma contida, conferida... em suma
Essência na essência, sem que alguma
Deixe de ser una, sendo à outra medida
Duplo fado sentimental, a cuja a sina
Que na própria paixão cada uma sente
A sensação dum aquinhoar da emoção
Ó quimera duma poesia integralmente
Que infinitamente brote da inspiração
E, suspire na inspiração infinitamente...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26, agosto, 2021, 11’03’ - Araguari, MG
A mim muita coisa importa
que seja simples e do coração
mas não ligo se a rua é torta
nela continuo a missão
Não preciso de quase nada
vivo entre a calma e a polvorosa
não procuro sucesso na jornada
só a paz sob uma estrela silenciosa
O vento em sua intraduzível lira
por sobre flores segue o caminho
fazendo-as sorrir quase em leseira
acalmando dores de seus espinhos
Segue a manhã neste dia de sol
sobre a paisagem em loiras tranças
e que permaneça belo até o arrebol
nos iluminando em esperança
CORDEL DO PREGUIÇOSO!
Entra e sai ele apronta
Com quem vê na frente
Vive na mordomia
A labuta não enfrenta
Trabaiá é uma agonia
Seja noite seja dia
Preguiçoso ninguém aguenta.
RECIFE TEU E MEU!
Pernambuco onde o SOL é teu.
Recife dos sonhos meus.
Do Capibaribe de João Cabral.
O poeta de Recife impessoal.
Em Surubim, o Capiba viveu.
Belos casarios na Rua Aurora.
Visitam teus fãs toda hora.
Antônio Maria na Rua dos Judeus.
Na Bom Jesus, o FREVO floresceu!
A madrugada, o Galo da Ponte.
O Carnaval de Olinda, no horizonte.
No Marco Zero, foliões a dançar.
As belas águas de Itamaracá!
Que Reginaldo Rossi um dia escreveu.
Quem pode ser capaz de lidar com o desespero que desequilibra, desnorteia, enfraquece a capacidade de levantar-se e seguir em frente, se entregando totalmente a um fim.
A esperança pelo contrário, ainda que tudo fale diferente do que acreditas ser é a última que morre, e aquela que mesmo por um fio entre o estar e o final consegue arrancar forças de onde não há pela sobrevivência.
Pedra do mato
Estou endurecido
no mato!
Levaste a minha voz,
não durmo mas
passo toda noite
a ouvir
o vento da tua voz !
o meu rio desaguou
no foz das sobrancelhas
dela.
O colchão enxuga
toda angústia
a dia que penso em tirar
a minha vida ?
não quero viver
longe do sopro da tua era
vou matar o sol
com a luz da temperatura
o meu coração pica
tanto
me embriaga
com as tua canções
de amor .
Me tornei estrangeiros
no mato do teu amor
Não fala muito
só uma palavra ,tua pode
Rover a estrela mas brilhante
do universo...
romântico eke roma
segundo ela poeta falso
poeta já morrem mas.
amour de ma víe
Me abraça
com a brasa do cosmo
me leva até ao coração
do deserto
é nesse braço
onde eu moro!!!
Desabafa
sempre que a corrente
eléctrica, passar
no choro de um bebê
Carrega o saldo do amor
nas proteínas
do saco preto
Minha preta...
romântico eke roma
segundo ela poeta falso
poeta já não morrem mas
Maré de milho
Varias vezes caí
na folha da Jamaica,
nos enganamos nos
nossos próprios desejos
de longe vejo uma velha
esquecida do mundo
na ponte da ignorância!!
Deficiente a se arrastar
para comer a poeira
do vosso pão;
durante a noite quando as nuvens
dormem
nos esquecemos
quando uma tinta acaba
uma vida também acaba
o relógio
não sonho esta vida
para o tempo...
queimamos a porta do paraíso
e não somos feito
de pó
mas sim se milho
do filho do nilo
romântico eke roma
segundo ela poeta falso
Poeta já não morrem mas.
Por última vez
Deixa cheirar a terra
do teu cabelo
antes que seja tarde.
Sei que as pétalas
estão a secar
no nosso ritmo
que o meu fogo,
não carrega os vírus
da cura
Se abre para os quatro
canto do mundo!
o teu nome ficaram
no sopro de todos
que amar até a por -sol
segura os meus ossos
de castanhas
O meu amor não
derrotou a morte
cinzas caem do esgoto
do norte
da morte,
os meus olhos
se tornara cego na luz...
romântico eke Roma
segundo ela poeta falso
poetas ja não morrem mas!
Conversa
Nossas águas
Não batem no mesmo
Oceano
Pisei toda luz
Do teu jardim
Foram varias
Noites que menti nas palavras
tentei endireitar
O universo mas não deu
Certo não posso
Mudar o cão
Da mata que mora
Nas cicatriz do espelho
Do meu olho
Não podemos jogar
as sementes quando
não querem voar!!!
Minha história
não casou
com a tua casa
o meu passado não esta
no teu
os meus sentimentos pulam
o congo
o meu futuro
nem sonha com o teu;
As posições lunar
do teu corpo
ficaram no passado...
será a última vez
que as nossas palavras
Vão lutar,
vamos seguir rumos
deferentes.
romântico eke Roma
segundo ela poeta falso
poeta já não morrem mas!!
Seol de emoções
Em escritas de mãos
feita na fórmula da gaseificada,
côncios da faca da libertação.
sentimentos caem
na constelação
sentimentos são
gasto na parede
do meio do oceano;
vozes saem
do peito;
Em pequenos passos
e descansam no seol
E sol
Voa até as penas gastas!
Meu corpo
foi separado
em cada pedaço.
Nos túmulos memorias
não ouço
o pé do meu nome!
Já não sinto mas minhas
memorias
vivas !
O desejo prefere
não passar pelo purgatório!
as chuvas levam tudo
desse escritório
de dor.
Romântico eke Roma
segundo ela poeta falso
poeta já não morrem mas.
Já não sei se Deus é justo
Inocentes são presos
Na melancolia dos crimes alheios
Injustiça tira a luz
De viver!!
A escuridão consome
Toda luz.
A justiça foi arrebatada
Dos braços da sua mãe
Joelhos gemem de tanta
Impureza .
Ele não acredita no chamar
Do grito do silêncio
Escritas sangram de tanto chorar
A centenas de anos!!
Atmosfera de culpa
Mora em nós.
Já não existe união de facto
Entre o tocar de Deus
E dos homens
O divórcio separou
O mundo.
Romântico eke Roma
Segundo ela poeta falso
Poeta já não morrem mas.
Nós dois
No melhor vazio da cidade
a mocidade
corre para
eternidade
você tens mas
do que o começo do meu
nome
coração sagra
por tua partida
já não, consigo dar vida
ao passado
e nem as rosas mortas...
Cuida me
(até que o meu coração fecha
as melhores composição
de amar)
bate numa pétala
esquecido por nós!!!
A música dançam
a nossa dança
as letras ficam dois a dois
o avião leva a minha jasmim
estou aqui no teu melhor
sitio
a ouvir a tua melhor música
e vejo um riso sem fim
na minha cabeça
o sinto o perfume
da tua música,
e a luz se apaga para sempre.
romântico eke roma
segundo ela poeta falso
Existe uma grande diferença entre existir e viver
Vou dar dois exemplos :
a) Uma maquina de lavar existe mas não
Vive
a) um ser uma humano existe e vive.
O que tu preferes existir ou viver?????
Romântico eke roma Segundo ela poeta falso
Às vezes em verso e prosa,
ou seria em prosa e verso?
mas percebendo de repente
que o mundo não é cor de rosa
Assim em altos e baixos,
segue a vida em poesia
onde o parnaso é o arauto
como as claves em melodias
