Poemas a um Poeta Olavo Bilac

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No princípio não tinha tempo
O tempo é morte
Tempo
Não mate a
Minha estrela
Da sorte.

Inserida por RicardoJSMarinho

Educa-se para todos os fins e alvos. Para as militâncias ideológicas e inclusive para a vida em termos gerais.
Mas quase nunca educa-se para o amor.
Todavia o amor é uma escola de convivência e uma árvore que frutifica com métodos inteligentes.
Quem não sabe amar dirá mais tarde que o mesmo acabou.
Mas quem aprende seus segredos, terá solucionado os mistérios!
de sua blindagem!

Inserida por pastoreinaldoribeiro

Engana-se quem pensa que o carnaval
é a festa das máscaras e fantasias.
Na verdade é justamente em seus dias
que as verdadeiras faces, ocultadas pela covardia,
são expostas com todos os seus instintos,
excessos, anomalias morais e anseios inconfessos,
mostrando ao mundo a essência pervertida
de quem ao longo do ano regressa ao seu casulo
e adota uma identidade disfarçada!

Inserida por pastoreinaldoribeiro

Ao voar o beija flor
Balançou todo o galho.
Levou nos olhos o orvalho
Deixou suas lágrimas na flor.
Ao acordar a linda flor
Bincou com as gotas no galho.
Pensando serem orvalhos
As lágrimas do beija-flor.

Inserida por vaumirtes

RECORDAÇÃ0

Comu é bão lembrá da roça
Tê sodade dus tempu di mininu
Brincava com a carroça
I ficava di castigu

Comia bolu di míu
Rapadura cum farinha di mandioca
Meladu cum banana
Garapa cum tapioca

Adispois eu fui crescenu
Intendendu das prantação
Fazia mata-burro i portêra
Impricava cum as minina matrêra

Levava as minina pro matu
Pra modi catá cavacu
Ingambelava elas tudo
Pra brincá di namoradu

Nas noite di São Juão
Vixe! Cumu era bão!
Ficava todo assanhadu
A discurpa era us quentão

Pulava as fuguêra, seim queimá us fundilhu
Istorava us rojão e sortava inté balão
Brincava cum as istrelinha
Jogava istalinhu pelu chão

Pegava as minina pelas cintura
Pra modi dançá o bailão
Us bati-coxa i méla-cuiéca
As música acabava, mais iêu não

Dispois tinha as quadrilha
Dançava sempre cum a Mariinha
Meu primêro amo di verdadi
Que si transformô im sodade

Mas hoji tudo é lembrança
Quem dera podê revivê
I vortá nu passadu
Vivê comu antigamenti
Na roça qui mi viu crecê

Tudo era tão simplis i singelu
O sol si escondendu tão belu
A noite Iluminada pela lua
Us vagalume parecenu istrela
Uma curuja pianu na portêra

Êta sodade!
Ê sodade!

Inserida por anaferreira

DIA DI SANTU ANTONHU

Na igreja de Santu Antonhu
Ondi iêu teimava rezá
Adispois a missa do dia
A procissão fui acompanhá

Era um dia tão bunitu
Aquea tardi quenti e brilhanti
Acompanhandu u santinhu casamentêro
Nem pensava em si casá

Mais prum velho ditadu populá
U futuru Deus dará
Aqueli era um dia marcadu
Que minha vida ia mudá

Si incontrei cum us zóio viradu
Uma moça bem du meu ladu
Era a fía mais di cobiçada
Du maió fazendêro da região
Mi zóiava tuda animada
Sorrinu mi istendeu as mão

A moça muitu da prendada i educada
Morava na cidade grande e longe
Vinha todu anu nessi mesmu dia
Pagá promessa cum sua mãe

Naquela tardi, varamu a noite
Trocamu jura i namoramu
Si aprometêmu pro ano si encontrá
Segui de mãos dada a procissão
Juramo que sempre ficaria juntu
E um dia inté si casá

Hoje, dia de Santu Antonhu
Ficu triste a pensá
U santu qui mi juntô
Nunca mais me ajudô

Inté hoji a procissão é tristi
Choru du começo inté o finá
A minha moça nunca mais vortô
Um Santu mi ajudô
Outro santo mi trapaiô
E tudu di mim levô

Inté, intão!
Sodade da Mariinha
A primêra moça di minha vida.

Inserida por anaferreira

Se...
Se eu tivesse o poder de entrar em seus pensamentos...
E lá descobrir todas suas vontades, pensamentos
e sonhos...
"Sem a tua permissão, eu jamais entraria..."

Se...
Eu tivesse o poder de entrar em seu coração e lá descobrir todas as suas aflições, amores, desamores...
E organizá-los de tal forma que lhe fizesse livre...
"Sem a teu consentimento, eu jamais faria..."

Se...
Eu tivesse o poder de transformar em suas lágrimas...
Isto sim eu faria!!!

Porque todos os dias eu rodo em seus pensamentos...
E você não me nota...
Bato em seu coração...
E você não me atende...

E quando tu choras por solidão...
Tu me mandas embora com suas lágrimas

Inserida por degalli73

Dá pra entender

Meu amor é a dor que eu sinto que dói sem eu perceber...
Minha vida são fatos de sonhos e realidades...
A realidade de poder dormir sossegado e sempre estar de bem com Deus.

Aliás, hoje sonhei que casava com a mulher do meu pior inimigo...
Minha inteligência por demais é sábia...
Meus erros são apenas sonhos ideológicos.
As mulheres as quais desejei passaram por mim,
E não me lembro mais.

Pois a mulher que nunca desejei no meu coração, dele se apoderou.
Dá pra entender?

Inserida por degalli73

ÁRVORES

Árvores dos campos,
Que juntas contemplam
A beleza do nosso infinito amor.

Que num simples gesto,
Permite-nos beijar, amar...
Até mesmo em seus fortes traços
Nos deixam sonhar...

Inserida por degalli73

Porque hoje é domingo
Traga fé ao seu coração
E não a sorte num bingo
Exercite-se numa oração
O bem não é longínquo

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2016, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

DA PAIXÃO

Da paixão não tive o encanto
O cochicho ao pé do ouvido
Segredando segredos tanto
Tão precisos e tão devido

Minha vida foi de traço só
De uma solidão rodeada
Não posso dizer pra ter dó
Fiz da ventura uma estrada

E neste galgar por galgar
Nunca fingi, nem falsei
Com emoção ensaiei amar
Se não tive sorte, tentei

Sobeja vida, sem desfecho
De pouca oferecida flor
Porém, de sinuoso trecho
E do vário acaso, um editor

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18/11/2015, 13’13”
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Espera

Oh! Estrela solitária
Na noite de solidão
Por que o teu silêncio fala
Se silente está o coração...
A poesia na inação se cala
Vazia está na inspiração
Não brada nada!
Deixe quieta a emoção
Vou deitar a saudade
No colo da afeição
Sem nenhum alarde
Sem noção e razão
Irei sonhar banalidade
Assim, na espera, nada em vão!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12/07/2015
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Ainda que haja noite no sentimento, vale a pena esperar o amanhecer no coração...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

frio no cerrado

De súbito este frio a intervalar
e vento soprando no cerrado
frio, frio, frio, e muito gelado
o sol lerdo, não quis alvorar

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto da Dor Doída

Nas asas da saudade partiste
Fostes como brisa ao vento
Minha alma ao relento triste
Poeta uma porção de lamento

Na solidão um quarto vazio
Que ainda caminha teu cheiro
Nas lembranças apenas frio
De um chamado ainda inteiro

Contigo levaste parte de mim
Em mim um todo de vós ficaste
Levarei impregnado até o fim

E neste teu momento de partida
Suspiros, foste ao coração engaste
Agora choro eu, por esta dor doída.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19 de Julho 2015
Cerrado goiano
ao meu pai.

Inserida por LucianoSpagnol

Há uma saudade em cada despedida
A dor no peito vozeia por está partida
Lágrimas mudas viram cinza e nada
A lembrança passa a ser uma porrada...

Se é pra danar, perde-se para encontrar,
pois encontra-se para novamente amar...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Só de ouvir as rajadas do vento, no cerrado, valeu eu vir...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano)

Inserida por LucianoSpagnol

Se o desalinho é o retrato do cerrado, preserve cada torto galho, cada árido cascalho. Só assim teremos a beleza alinhada no desgrenhado.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Vidão

Ramerrão na estrada
De chão cascalhado
Casas na beirada
Na beira do cerrado

Passa lento a lentidão
Devagar que dá canseira
O vento sopra mansidão
No cerrado de lombeira

Pasmaceira de vidão...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Fechei os olhos na saudade
Vi sussurros na minha boca
Eram lágrimas de tal vontade
E palavras de sonoridade oca

Luciano Spagnol
Poeta mineiro do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol