Poemas a um Poeta Olavo Bilac

Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título.

Dinheiro é um negócio curioso. Quem não tem está louco para ter; quem tem está cheio de problemas por causa dele.

Se um amigo te pede dinheiro, pensa bem qual dos dois preferes perder: o dinheiro ou o amigo?

Mais facilmente se julgaria um homem segundo os seus sonhos do que segundo os seus pensamentos.

Se você é paciente em um momento de raiva, você evitará cem dias de sofrimento.

A grande arte é mudar durante a batalha. Ai do general que vai para o combate com um esquema.

Não se aproxime de uma cabra pela frente, de um cavalo por trás ou de um idiota por qualquer dos lados.

A vida é um paraíso, mas os homens não o sabem e não se preocupam em sabê-lo.

Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas dizer, noutros termos, que hoje ele é mais inteligente do que era ontem.

Ousa dizer a verdade: nunca vale a pena mentir. / Um erro que precise de uma mentira, acaba por precisar de duas.

A amizade da mulher para com o homem é um beco sem saída, para o qual a empurrou o engano no amor.

Aprender várias línguas é questão de um ou dois anos; ser eloquente na sua própria exige a metade de uma vida.

Quanto mais um homem se aproxima de suas metas, tanto mais crescem as dificuldades.

A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde.

A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida.

Que maravilha é ninguém precisar esperar um único momento para melhorar o mundo.

Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe.

Cuidado com as pequenas despesas: uma fenda diminuta pode fazer afundar um grande navio.

Um erro da largura de um fio de cabelo pode causar um desvio de mil quilômetros.

O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.