Poema Via Láctea
UM CONVITE PARA O FUTURO
Era a primeira vez que a via, e presenteou-me com um belo decote. Os meus olhos perdidos no colo dos seus seios imaginavam a razão de tão nobre gesto.
Primeiro sonhei com seus seios, com a forma com a beleza, mal sabia ela o quanto isto me atraia.
Concomitantemente pus-me a sonhar com a fonte de prazer que eles me proporcionariam, e a fonte de vida que eles eram.
Pois são eles que nos meus momentos de angústia e de tristeza que me acalmarão, reconfortar-me-ei e arrumarei forças para enfrentar as auguras da vida. Será ela a primeira visão que dela terei quando quiser lembrar-me dela, e são deles que o meu rebento com ela irá arrumar forças, quando pequeno, para enfrentar a vida, assim como o pai o faz, este mesmo que sonha com o que será.
Admirar a feminilidade é um convite para o futuro, um porvir de felicidade, uma certeza da imortalidade, pois será no filho que virá que me perpetuarei.
Já o faço no que escrevo, mas eles continuam a ser fonte de atração, um convite para o futuro, um sonhar com o que será um querer se perpetuar.
CORAÇÃO OUVINTE
Na cadente, no céu, eu via no mínimo dez mil (10.000) estrelas perambulando pro lado e pro outro sem parar.
Da esquerda e da direita, eu via sons bonitos, estranhos e principalmente, sons mortos, que viam na direção ao norte, perto da floresta!
No mar , as águas salgadas, eram fortes e firmes, pórem naquele momento, o som que lá via era de relâmpagos medonhos.
Percebi, que nem no céu, nem perto da floresta e nem no mar, eu não escutava mais as batidas do meu coração!!!
Estou morrendo ou nascendo:
Acordei de manhã meu corpo não o via,
Preocupado então fiquei e assim falei:
-O que me ocorre eu mesmo nem sei;
Mas de uma coisa tenho certeza: as lagrimas eu as deixei...
Foi quando alguém algo me falou:
Moço aqui não tem doutor
Logo meu coração disparou
E quando me vi um julgamento assisti;
A minha vida das minhas mão saia, e para Jesus ela iria..."
Era um olhar bonito
Que transpassava alegria
Mas mal sabia quem via
Que dentro dele um amor morria
Uma menina sofria
Com uma alma em agonia
Por falta de alegria
Amar, verbo intransitivo,
Trânsito irrestrito,
Sentimento congestionado,
Via de mão dupla,
Sentido adulterado,
Uso indevido,
Uma contradição
Sem contraindicação,
Cura para muitas enfermidades,
Medicamento muito falsificado.
Amor nas bocas, nas telas, nas teclas,
Jogado e não plantado,
Proferido e não sentido,
Profanado, banalizado, distorcido,
E eu aqui tentando explicar
O que a maioria faz questão de complicar,
Tentando quantificar
O tamanho do que não se pode mensurar.
Hoje posso ver o que antes não via,
se não tem paixão, não existe poesia.
A minha visão de mundo se tornou mais apurada: sem luz, sem cor, sem vida e sem a minha amada.
Eu queria voltar atrás
consertar o que passou
mas no mundo ninguém mais poderia me tornar em quem hoje eu sou.
O certo seria eu não me apaixonar, não te procurar...
Manter a palavra e não mais me machucar.
Enquanto via seu sorriso
Sentia que ele seria sempre meu abrigo
Me protegendo da solidão
Guardando-me dentro de seu coração
Mas logo vi que o sempre
Sempre tem o seu fim
Que amor não era pra gente
E você nunca foi pra mim
E a ferida que ficou aberta
Que ela um dia cicatrize
Quando alguém que tenha a palavra certa
Venha e meu amor conquiste
FIO DE LUZ
No terceiro andar
Mas parecia bem mais alto
Meio breu
Fio de luz
Sem olhos
Via-se somente o toque
Sentia-se somente a visão dos traços
Tudo meio rápido
Adrenalina
Pele, respiração ofegante
Festival de emoções em um fim de semana
Leveza do papo no almoço de domingo
Pena que vai
E voa
Perto até
Só que parece tão longe
Enfim
Que não seja o fim
Indecisão
Já no parto o caminho entortou
O que estava previsto pra ser por via normal
Passou a cesária
E antes que percebesse
Estava sendo subtraído do útero - Fórceps!
O útero - lugar onde permaneci por quase dez meses
- Mais que todos eu sei -
Pareceu-me apequenar quando despontou a luz no fim do túnel
Convidando-me a sair.
Bateu aquela indecisão - Saio ou não saio?
Firmei o corpo, segurei-me ao máximo
Não teve jeito...
- O médico estava decidido -
Sai por volta da meia noite
Mas aguentei firme, não chorei!
Senti-me tímido ao ver tanta gente me olhando
Com a cabeça virada para baixo e as pernas para o ar
Não teve jeito...
Senti apenas o tapa no traseiro
Revoltei-me com tal desrespeito.
Bateu-me aquela indecisão
Não sabia o que fazer.
Mas não chorei... Não chorei.
A vontade era a de no primeiro descuido
Entocar-me novamente no útero e de lá nunca mais sair.
Mas eles não me deixariam voltar.
Pareciam, inclusive, rir da minha desgraça.
E depois... O túnel já estava fechado mesmo!
E a luz de antes já não se via lá!
Quis voltar, mas não teve jeito, bateu aquela indecisão.
Hoje pelo caminho
Os trilhos me pareciam tristes!
Já não se via neles o mesmo brilho dourado de sempre.
Os seus caminhos eram tortos, tortuosos, sem graça.
Hoje a noite, a chuva veio:
-Caiu devagar sobre as ruas da cidade.
-Não se via nela a costumeira beleza de outrora.
O frio que trouxe consigo era de amargar:
de fazer tremer todo o corpo,
de fazer trincar os dentes,
de fazer arder a pele.
Tanto frio...Tanta chuva...Tanta dor...Tanto silêncio.
Onde estará esse trem?
Ele nunca se atrasa!
Terá ele se escondido do frio e da chuva...
Terá ele se perdido no caminho em meio a retas e curvas...
Será que embruteceu em meio aos carros e ruas,
enlouqueceu na selva de pedras enquanto tentava voltar para casa?
Terá ele brigado com os trilhos,
desencantado da lua,
padecido só e abandonado em uma cova rasa na vida?
Onde está o trem que me leva?
O brilho dourado que euforiza-me?
(Trilhos e Trem) -
Por onde vocês andaram?
Estive a espera de vocês por dias a fio,
estive a espera de vocês por horas.
Antes era face a face que se via e se movia
um relacionamento, mas agora é Face a Face
que se move e se locomove um sentimento!
Guria da Poesia Gaúcha
POR BAIXO DA FRESTA
A porta estava fechada
E por baixo da fresta
Eu via a tinta vermelha
E rezava
E rezava para que fosse
Literalmente
Apenas tinta
E eu parei
Eu parei ali
Pois no fundo da alma
Eu sentia
Ela já não estava mais aqui
Já não me pertencia.
El train aparcado en la via numbro uno primera plataforma – es el servicio
rapido hasta Barranquilla, Tiene paradas en...em Bogota
Cundinamarca/Occidente – Soacha – Fusagasuga – Girardot - Ibagué –
Cartago/Pereira - Medellin - Turbo - Coveñas - El Carmen de Bolivar Y
CARTAGENA...y marcacion de lugar pa tarjeta valida per train CO900,...los
vagone doze a nueve es serviicio de primera , los seguyntes de segunda. Bem
parece que é este o coche «Car 7 seat 43-45» diz Euridice. Eles sentaram-se. A
medida que iam surgindo as paradas o semblante de Euridice modificava-se,
lágrimas levemente escoriam pelos cantos misturandas com o leve rimel azul,
dezenhando riachos na face acobreada. Ela era muito linda, eu estava
habituado a pessoas morenas, jus ao meu nome, moreno, em Lanzerote e
Andaluzia há bastantes, mas como Euridice nunca tinha encontrado. Era difícil
defeni-la, só mesmo você vendo ao vivo, quarquer descrição era imprecisa e
redutora da sua Beleza.
O AMOR E O TEMPO
A comunicação é via de mão dupla, se não encontrarmos tempo para palavras, encontros, toques, carinho...o amor não resistirá e o esquecimento será natural...
Lene Torres
Ano 16
Fábulas da mente, amor com amor se paga.
Estava andando enquanto não via o fim,
a estrada era torta e nebulosa,
até que você chegou e tomou meu coração.
Acordo sorrindo, como se estivesse sonhando
Não consigo pensar algo diferente desde que teus lábios doces estiveram junto aos meus
SAUDADE
No vazio da penumbra da solidão
teu cheiro tornou-se guia,
ti via no luar, nas folhas caídas ao chão;
que no bailar do vento, escrevia,
as saudades poetadas pelo meu coração.
E no anoitecer, ainda existia
parte de você na minha emoção.
Tão presente e tão sem argumento,
que a falta tornou-se imensidão.
Infinidade...
E nada de você no momento...
Só saudade!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Há muito não via as flores que plantei. O portão do jardim estava quebrado, o mato estava alto, a lâmpada queimada.
Estava encantada com os bûques, enfeitavam minha sala e ... a perfumava.
Mas hoje... Acordei precisando organizar meu jardim. Mexer na terra, ver minhas raízes, remover as pragas e cultivar minhas flores.
Decepção de verdade é perceber que você se apaixonou pela forma como via uma pessoa e não pelo que ela realmente é.
É estar perdidamente apaixonado por alguém que só existe nas suas projeções...
- Você já viu uma estrela cadente?
- Via muitas.
- Via? Não vê mais?
- Não. Faz muito tempo.
- Por quê? Deixou de olhar para o céu?
- Não. Elas deixaram de cair. Só isso. Acho que cansaram de cair.
Há quem diga que sou o avesso, a via de mão de única na estrada em que todos fazem atalhos pensando serem caminhos. Para ser mais clara, sou do contra. Instantes atrás foram de novo caracterizados meu estilo restrito e difícil que não aceita o aceitável. Ora bolas, por que também não usam de benevolência para comigo concordando com minhas “coisas concordadas”?
Externo apenas o que sinto e penso, dentro dos padrões de respeito à opinião de outrem. Isso não me isenta de discordar e não partilhar dos conceitos alheios. Nem sempre o que é bom para mim o é para o outro. Não gosto de muito blá, blá, blá, apesar de gostar de falar. Dispenso movimentos externos, aqueles que na maioria das vezes é simplesmente para mostrar algo desesperadamente por uma causa própria, enxergando interesses cômodos. Prefiro a revolução interna, pois ela fortalece as estruturas, trabalha no silêncio construindo algo sólido.
Se for do contra é ter uma opinião formada acerca de alguns assuntos, pois me declaro totalmente do contra. Quero dizer que sou um ser humano em construção, e, O engenheiro pode mudar minhas opiniões de acordo com a planta que Ele mesmo fez. Obrigada Jesus Cristo, por me aceitar difícil, problemática, rude, pecadora, mas desejosa em percorrer uma via de mão dupla na perspectiva de Seus ajustes e concertos.
