Poema sobre a Seca

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⁠Boi com sede no sertão,
É de partir o coração,

Ver os quarto arriar,
Sem um pingo de água pra dar,

Ver o bicho chorar,
E não ter como consolar,

Ver tanto lugar com água a fartar,
E tanta gente a desperdiçar..

Os tempos de seca preenchem todas as horas.
O gado segue, a vida segue.
É assim.
E num dia desses
tudo vira lembrança!

Inserida por ranish

Agreste...

leito seco,
em passo lento,
tormento...
ausência...
cicatriz...
violento...
clemência...
minha demência...

margeia,
a pequena veia,
enfeia...
areia
seca,
o vento,
o cisco,
o olho,
a lágrima...
culpa do vento...

Inserida por RosangelaCalza

Nas cidades muita gente por metro quadrado
em meio ao concreto que Nao cultiva nada
e só consome.
E agora... está vindo a revolta do planeta
vai fazer o que...

Inserida por lucianoreis92

A seca no sertão.
A vida do sertanejo
É um misto de sonho e desejo em cada coração
Do berço ao túmulo, a ferida que amargura é a sua vida dura a cada passo do dia no sertão.
No Nordeste brasileiro, a vida do sertanejo é embalada pelo enredo de viver uma vida sem medo diante da seca do sertão.
Sua fé em nosso Senhor o faz suportar a seca e o calor que lhe trazem morte e dor, devido à falta de água que lhe angustia a alma em uma vida de horror.

Inserida por fernando_sylon_roy

"Chega a chuva,
Tudo lava, tudo leva,
Chuva venha, chuva molha,
To cansado dessa seca
Só eu quero é a tua frescura"

Inserida por mcalistri

Minha Vida

Eu amo a vida
Porque dela faço parte
Não sou terço nem metade
Sou apenas a arte.

Eu amo a vida
Porque imagino ilusões
Faço trovões
E canto com a minha voz seca.

Eu amo a vida
Porque nela não vir por acaso
Eu sou um fato
E dela hei de fazer tantos atos.

Eu sou a vida
Porque ela está em mim
E eu nela estou.

Inserida por GilBuena

Chuva sertaneja...


Vieram silenciosas, adentrando a madrugada
Leves em chão estradeiro, que passa gente e gado
Tamborilando gotas por sobre palhoças e carroças


Ouvia silente, da janela, o canto da chuva
Saudava em sorriso a água bem vinda que convidava
Lentamente, o dia amanhecia nos passos de sertanejos

Águas caindo, mergulhando o solo rachado, sem vida
Era a garantia de colheitas... canas, sabores
Eram chuvas de março, breves, leves, ávidas


Crianças em colos, beatas em procissões de fé
Passos sobre aquele mundão um dia rachado
Sem flores, cumpriam promessas de esperança


Era já passado a poeira, as lágrimas, a dor e sede
Nasciam nascentes, sonhos de colheitas
Findava, em presente do céu, a eterna espera


Descri do que via, fiando, quiçá, ser sonho
O tempo das águas, das correntezas era chegado
De cumprir o destino: dar vida às sementes


As águas eram bem chegadas, findando tardanças
Alegrando o seco abandono, encerrando aguardos
O rio virou mar, mar de passar peixes e barcaças

Inserida por mucio_bruck

Mudança.

Se o tempo não for arisco
e o bom vento soprar
o sertanejo vira o disco
pra ver a chuva chegar
abastece o São Francisco
e o sertão não corre o risco
da seca lhe devorar.

Inserida por GVM

Hoje meu Rio Grande do Sul chora sem lágrimas a escorrer sobre si. De tal virtude que irrigava os campos, agora seca ao desgosto e os maus cuidados. Mas se fortalece com o povo herói e forte que por si sustenta essa terra maravilhosa.
Povo que não se entrega mesmo que a luta pareça ser injusta.
De uma história heroica e de muitas batalhas não serás agora que irá se entregar, vamos juntos vencer mais essa luta...

Inserida por GregoriSchweig

Água e verde!

É bonito ver nosso chão
com as árvores frondosas
como é linda a plantação
sem as secas maliciosas
e com água no sertão
a vida ganha um milhão
de coisas maravilhosas.

Inserida por GVM

Léguas!

É pouca água que tem
mas é ela quem sustenta
são léguas de terra além
pra buscar água barrenta
e é assim num vai e vem
que a gente se mantém
nessa seca violenta.

Inserida por GVM

Lágrimas da seca!

Quando a chuva não vem
a terra seca só piora
sem ajuda de ninguém
a despedida não demora
e a única água que tem
são as lágrimas de alguém
no momento de ir embora.

Inserida por GVM

Como o corpo não aguenta dias sem água
A terra implora por alguma gota
O vento seco espalha o monte de terra no chão
E vira poeira...
Poeira...
Poeira seca...
Dias sem chuva...
Dias de sede...
Dias de seca...
Aquela roça antes, tão sonhada
Agora deserta e silenciosa
O gado morrendo nos fundos da fazenda, antes formosa
A grama que era verde, hoje é terra vermelha e fina
A esperança nos olhos do menino e da menina
Olhando pro céu
Esperando a chuva cair
Esperando a poeira baixar
Como se eles nunca tivessem nascido
Crianças fantasmas na seca...
Miragem no horizonte seco
O solo não fertiliza mais nada do que se planta
É como se a seca arrancasse do fundo da terra tudo o que é vivo
E como se tudo o que sobrasse fosse pó

Inserida por Grila

Meu nome.

Nordestino esse é meu nome
encarando a seca medonha
e o verde da terra some
a chuva apenas se sonha
a dor maltrata e consome
mais vale morrer de fome
do que viver de vergonha.

Inserida por GVM

Chora sabiá
Em seu cântico de chuva, que não vem

Pela vasta paisagem seca que se vê
Pelo horizonte encoberto de fumaça;
Em que matas, o fogo castiga.

Chora sabiá
Pelos frutos, que não se seguram.

Chora sabiá
Pelo ardente calor.

Chora sabiá
Para que nuvens carregadas voltem logo
Para que a vida fique mais verde
E o ar fique mais límpido.

Para que tu sabiá!
Volte á cantar sereno nas manhãs;
De neblina e orvalho

E não triste;
Nas tardes
De ardente calor.

Inserida por jeffthiago

Sem armas.

Não temos armas pra guerra
a seca domina o sertão
não tem mais verde na serra
não tem mais planta no chão
mais rachado do que a terra
só mesmo o meu coração.

Inserida por GVM

Falta chuva.

Ó meu Pai protetor
meu Senhor onipotente
como é grande a nossa dor
nessa terra de sol quente
mande a chuva por favor
que o resto é com a gente.

Inserida por GVM

A SERTANEJA

A mulher sentada no chão de terra batida, tem em seus braços magros uma pequena criança inerte.
Ao seu lado, apertando um dos seios murchos e ressecados de sua mãe, um menino espera por um leite que não virá.
O sol escaldante turva a visão e confunde o raciocínio.
A sertaneja observa o horizonte desolada, não sabe o que fazer, e ainda que soubesse, não teria forças para executar.
As moscas rondam insistentes, e na porta da casa de taipa, urubus espreitam um possível jantar.
A morte ronda silenciosa.
O olhar da mãe volta-se para o pequeno ser em seus braços.
ESTÁ MORTO!
Não suportou a dureza da seca, mais um que a fome levou.

Inserida por RitaCoruripe

Rebanho.

Numa seca sem tamanho
vejo triste minha manada
tão pequeno meu rebanho
já não corre em vaquejada
da terra eu tirava o ganho
hoje não tiro mais nada.

Inserida por GVM