Poema Rir de Charlie Chaplin
fragmento
você vai me contar sobre aquele cara
que partiu seu coração em dois
e eu vou dizer que tenho a sorte
de amar alguém em dobro.
estranhos
meu maior medo é continuar nessa relação por não
saber como ir embora.
e a gente se perder de uma maneira tão brutal
que nossas novas versões já não façam sentido
um pro outro.
O Vendedor de Sonhos
Ontem à tarde,
Quando o sol já se colocava no poente,
Eu avistei um vendedor de sonhos,
Os sonhos eram coloridos, recheados de sonhares e fantasias,
Flutuado em uma coreografia pelos lavres,
Em bolhas de ilusões...
Eram aceitas pelo céu, quem sabe proferissem,
Viajando no colorido, do mais belo dos sonhos,
Do vermelho (o amor), todos os seus tons,
Do amarelo (a riqueza), do azul (a felicidade), do verde ( a esperança),
Dos quais não sei qual o mais bonito...
Maravilhavam-se,
Os garotos, As garotas,
O gorjeio era de alegria,
O desejo de todos era de ter nas mãos...
O vendedor de sonhos,
Em uma explosão de grande alegria,
Soltou todos os balões, cheios de sonhos,
...E, eu peguei o meu!
Jmal
2014-02-18
Ragnarok
Tenho a fúria de Thor investida no meu coração,
A cada verso, a cada palavra,
Sinto a força a força do martelo,
A vibração na bigorna,
O choque do trovão.
O olhar de Odin reside em mim,
Sinto o passado, futuro e presente,
Sinto a sua curiosidade sem fim.
Sinto a sua sabedoria, estranhamente,
Como se conhece-se o mundo, inteiramente.
Sou Loki,
Com a sua mentira,
Invejoso,
Com a sua raiva,
Ganancioso,
Sinto a sua vontade
De enganar,
Mostrar a minha esperteza,
Quero roubar
O que deveria estar na minha mesa!
Na noite,
Bebo o hidromel,
Viro Egill,Jórunn, Gunnar:
Poeta e guerreiro,
Não haverá cordel
Que me vá segurar.
Sou Vidar!
Quero vingança!
Quero hornar
Os que perderam a esperança.
Quero vingar
Quem se perdeu na matança!
Com palavras e noção:
Esmago,
Corto,
Perfuro,
Qualquer coração.
Versos são sapato e espada,
É meu destino matar o cão!
A chuva cai torta
Como as minhas lágrimas
Na direção do vento
Escorrendo pelas calçadas
As pétalas voando
De um buquê de flores
Que eu nunca ganhei
E não fico esperando
Passaram lindas
Girando como em uma dança
E leves como o coração
De uma criança
O meu choro era pesado
Pesava mais que uma nuvem carregada
Porque levava a tristeza
Que também escorria pela calçada
Um dia daqueles
Que o sol já não brilhava
Que meus olhos não sorriam
E o silêncio dominava
Dominava até mesmo
O barulho dos trovões
Que caiam do céu com raiva
Mas eu só via os clarões
Iluminavam os meus olhos
Me faziam pensar mais
Será que existe outro caminho?
Ou só cair como a chuva faz?
E todas as vezes que
Eu chorar, saiba que é por ti.
E todas as vezes que
Me declarar, saiba que é assim.
Todas as vezes que
Eu disser que te amo.
Acredite!
Meu mundo sem você,
Não existe.
À procura
Procuro algo em mim
Entre duas pedras
Dentro de um vulcão voraz.
Procuro meu ser poeta,
Que só o meu destino
Pode encontrar!
Onde não sei…
Vejo tudo em neblinas.
À flor da pele
Onde foram os espelhos
Da comparação
Pra me fazerem
Lembrar o passado lasso,
Ver todas as diferenças
Retratadas
A beleza é uma quimera estética
O que vale é o que reflete
Por dentro.
Manchas rubras se derramaram
Nesta terra
Nossa raça é cerúlea
Por ironia.
Somos de garbo,
Vencemos muitas prendas!
Agressão
Um sofrimento
Que surge nos olhos
E não quer sumir,
Tantas opressões,
E em cada opressão
Uma morte na alma,
Um mundo em gelo.
Espírito natalino
Se todas as crianças
Tivessem ao menos um lar,
Elas seriam felizes?
Se todas as crianças
Tivessem brinquedos,
Elas seriam felizes?
Se todas as crianças
Tivessem escolas?
Se todas as crianças
Pudessem se sujar,
Jogar bola, pular,
Dançar, rir, e sonhar…
Se todas as crianças fossem
Apenas crianças,
E são!
Se o Natal, fosse
Todos os dias,
E todas as crianças
Vivessem felizes?
Sem guerra, sem briga,
Sem tristeza…
Não sei falar de amor
como aqueles que o possuía
Sou um romântico, na teoria
que não ama como queria
Mas, acredita que um sentimento assim
existe para quem sabe apreciar
A pureza do amor
que todos querem
E tão poucos aprendem a amar
Amizade e lealdade
Coisas que só trazem felicidade
Só assim a amizade dura
Até depois da faculdade
Pode haver dificuldade,
Mas qual amizade não tem?
Não vão ser todos os dias
Que vamos nos dar tão bem
Precisamos respirar
Entender o ponto de vista do outro
E assim conquistar
Esse amigo de novo.
🦋
Canção da Saudade
Saudade, palavra doce,
Que traduz tanto amargor!
Saudade é como se fosse
Espinho cheirando a flor.
Saudade, ventura ausente,
Um bem que longe se vê,
Uma dor que o peito sente
Sem saber como e porquê.
Um desejo de estar perto,
De quem está longe de nós;
Um ai que não sei ao certo
Se é um suspiro ou uma voz.
Um sorriso de tristeza,
Um soluço de alegria,
O suplício da incerteza
Que uma esperança alivia.
Nessas três sílabas há de
Caber toda uma canção:
Bendita a dor da saudade
Que faz bem ao coração.
Um longe olhar que se lança
Numa carta ou numa flor,
Saudade – irmã da esperança,
Saudade – filha do amor.
Uma palavra tão breve,
Mas tão longa de sentir
E há tanta gente que a escreve
Sem, a saber, traduzir.
“Gosto amargo de infelizes”
Foi como a chamou Garrett;
Coração, calado, dizes
Num suspiro o que ela é.
A palavra é bem pequena,
Mas diz tanto de uma vez;
Por ela valeu a pena
Inventar-se o português.
Saudade – um suspiro, uma ânsia,
Uma vontade de ver
A quem nos vê à distância
Com os olhos do bem querer.
A saudade é calculada,
Por algarismos também:
“Distância” multiplicada
Pelo fator “Querer bem”.
A alma gela-se de tédio
Enchem-se os olhos de ardor...
Saudade – dor que é remédio,
Remédio que aumenta a dor.
Jovem
Luz tênue sobre as ramagens
Do luar, um beijo
Delicado, hálito divino…
São dois seres em despedida
A contemplar o luar,
Em um escombro
Isolado…
Ei querida, queria te agradecer
por todas as noites, que o dia de trabalho tu me fez esquecer
por todas as risadas, gargalhadas sem razão
os conflitos e as PErfeitas reconciliações
as vezes penso que nao foi por acaso
nossa vida ter se rendido ao acaso
deveriamos passar um tempo juntos
para relembrar as outras vidas QUE provavelmente VIVEMOS JUNTOS
voce era de leao e eu de touro
um o inverso do outro
polaridades diferentes mas que se atrairam
criando assim todo um futuro de consequencias...
imaginamos historias, um futuro nosso em nossas cabeças
imaginamos também filhos e netos gerando a nossa decendencia
porém de uma hora para a outra tudo mudou
O amor se tornou rancor e toda a paixão se tornou brasa e se apagou...
Obrigado por passar pela minha vida, meu ex-amor.
Eu quero ser vista
Como realmente sou
Quero ser vista
Com todos os meus defeitos
Quero ser vista
Como o pacote completo
Como um todo
Eu quero ser vista
Por inteiro
Não uma parte
Não apenas a parte
Que eu permito que vejam
Quero ser vista
Com a parte que
Normalmente escondo
E guardo só para mim
Quero ser vista
Com a calmaria
E as doses de loucura
Com a paciência
E os momentos de explosão
Quero ser vista
Como bomba
E como curativo
Porque eu sou tudo isso
E um pouco mais
Um tanto a mais
Eu quero ser vista
Quero saber
Que estou sendo
Enxergada
Descoberta
De verdade
Eu quero ser vista...
Descobri o meu país
Subi a montanha
e no seu topo os anjos me cercaram
e me engrinaldaram a fronte
com as flores do céu.
Asas zumbiam
em harmonias fragílimas
e vozes de arcanjos louvavam a paz.
Derramaram sobre meu corpo
sete bálsamos purificadores
e fizeram-me beber
ambrosia e mel.
Banharam-me no rio da música
e eu saí ingênua
como o canto de uma criança.
E depois surgiram novos anjos
e não havia noite
e não havia dia.
E a ambrosia e o néctar
deslizavam com fartura celestial.
E novas canções se entoaram
sempre em louvor a Deus.
E não havia noite
e não havia dia.
E aos poucos cresceu dentro de mim
o desespero
e eu busquei em vão os olhos celestiais.
Eles nada diziam
e cantavam a paz.
E aos poucos uma nostalgia
me enlanguesceu
e eu era o arco distendido
sem a flecha
e eu buscava o ar
sem respirar.
Um anjo me interrogou: mais néctar?
Eu gritei: quero cheiro da terra!
E o anjo me perdoou
E eu cansei de ser perdoada,
eu queria sofrer.
E não havia noite e não havia...
Quebrei minhas asas,
desci a montanha
e vivi na Terra!
Homens amavam
e cansavam do amor.
Homens bebiam sangue
e descobriam
que não desejavam brigar
Entoavam-se cânticos místicos
onde só havia a insatisfação.
E depois homens morriam
e todos sabiam que era o fim.
Nem a terra,
nem o céu!
Fechei-me num quarto,
inventei outro Deus,
outro céu, outra terra
e outros homens.
Nota: Esse é um dos dois únicos poemas que foram publicados em vida por Clarice Lispector. O outro poema publicado em vida pela autora é A mágoa.
...MaisCaverna sombria
Inusitado os seus olhos
Sujos; coerentes; imundos
Irônico os seus sorrisos
Fingidos; disfarçados; bem desenhados
Deslumbrantes os seus olhos,
Atravessam os meus
Quando procuro o interior do seu ser
Dentre o romper das cachoeiras,
Me sufocarei nos seus braços,
No cantar dos sábias,
Procurei inspiração
Para desenhá-la, para traçá-la,
Descrevê-la
No branco das nuvens
Na brisa que procura
Serei a sua luz
Que a guiará até o fim
De uma caverna
Sombria.
Desculpe o transtorno
Estou em reforma
Aqui dentro
está uma bagunça
Joguei fora
Tudo o que faz mal
Entre incerteza
Decepções e medos
Fiz uma limpeza
E no meio de tudo isso
Encontrei a paz
Que é essencial
Em breve, voltarei.
E será para MELHOR!
Desculpe o transtorno.
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