Poema Quase de Pablo Neruda
A dor
Não importa sua intensidade
Nem mesmo sua autencidade
Quase sempre mostra
Sua vulnerabilidade
Às vezes, causa insanidade
Mostrando sua realidade
A dor
Pode ser psicossomática
Só que nunca assintomática
Jamais carismática
De certo é traumática
Talvez até dramática
A dor
Mesmo sendo amena
Quase sempre é um problema
Não é digna de pena
Afeta qualquer sistema
Diversas vezes é um dilema
A dor
Se faz de inocente
Sempre coerente e persistente
Super resistente e competente
E não precisa de assistente
A dor
A descrevem de todas as maneiras
Sabe ser ligeira
E também sorrateira
Parece até companheira
De uma vida inteira.
Quase um Clichê
Se eu costurasse todos os sonhos que já tive contigo às lembranças de nossos momentos daria um filme digno de sessão da tarde. Seria quase um clichê.
A vida está quase perfeita
com todas as coisas
em seu devido lugar.
A carreira, a mulher amada
a música, a cozinha, o vinho
a poesia, os filhos criados.
Tudo está consumado,
a plenitude da paz.
Algumas virtudes alcançadas
estou definido como um homem feliz.
Estou consciente do que virá,
impreterivelmente aguardo,
o imprevisto nas mãos de Deus
e a fatalidade e a tragédia
na intromissão do caos
Nada não, essa tem sido a resposta que encontro para contornar quase que uma inevitável desilusão que sustento em silencio.Qual o próximo passo? Venho me perguntado a semanas e não acho resposta.
Estou preso a essa estadia eterna em um ciclo de desilusões, e o que é tudo isso?
Nada não
Não acredito em quase nada, 100% só na existência de Deus.
O restante das verdades não estão impunes ao questionamento.
No Teatro da vida, acredito se for necessário entrar em cena.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Sondando a razão,
eu quase sempre
me curvo a emoção.
Sentir não cabe em palavras!
É deglutir frações inteiras,
de sensibilidade, e arrepios.
É acolher um infinito no peito,
é avançar do que foi pretendido.
Não brota de letras extensas,
mas jorra de intensidade.
É extrair de tudo um pouco,
sem extirpar sua identidade.
O mais próximo talvez
Finalmente consigo respirar, algo que, em tempos antigos era quase impossível.
Minhas únicas testemunhas foram as mais puras estrelas que brilham no céu.
O céu foi o meu único refúgio em tempos sombrios, ele me entende, não questiona, e me dá o suporte preciso, sua grandiosidade, não me intimida, ao contrário, me abraça como se fosse um velho amigo.
Três longos anos se passaram, e tudo o que posso dizer é que o tempo cura. Há três anos atrás, eu me culpava, por não ser capaz de viver socialmente, eu me moldava para que outros me aceitassem, mudava minha personalidade, formando um persona. Eu odiava quem eu me tornava perto de outras pessoas, mas odiava ainda mais a solidão. Sim, ela me acompanhou por um longo tempo, ela era minha única e inseparável companhia.
Quando estava em frangalhos e a solidão me acompanhava, tive apenas a minha própria sombra, à espera de uma salvação. Mas ao mesmo tempo em que a solidão me abraçava com seu manto escuro, ela me matava de pouco em pouco, matando minha personalidade, minha autoestima, minha autoconfiança e o pior, meu amor próprio.
Sinto que finalmente estou em paz comigo mesma, agora, eu respeito os meus limites, meus sonhos, ambições, meu corpo e cada pequena imperfeição tão perfeita. E depois de cada luta, lágrima, e pedidos de socorro, eu finalmente posso dizer que amo a mim mesma.
[câncer]
Acho que a principal característica de um escritor é ficar no "quase".
Quase amei, quase me apaixonei, quase deu certo, quase conquistei, quase perdoei, quase fui perdoada; quase, quase e quase.
O "quase" se transformou em um desassossego no peito daquele que transpõe o sentimento no papel; é um verdadeiro câncer. É a falta de expectativa no futuro e a tristeza em afirmar que "vive um dia de cada vez"; e diz isso só pra não cair no carrossel de ilusões das certezas.
Portanto, acho que o escritor sofre de câncer psicológico terminal: não vê nada concreto à frente, vive um dia de cada vez, valoriza o que ninguém vê, observa os detalhes, dá sorrisos dissimulados para não transparecer qualquer tristeza, sofre pelo que não viveu e só fica no "quase".
Quase toda vez que eu vou dormir
Não consigo relaxar
Até parece que meus travesseiros pesam
Uma tonelada
Masmorra
Ficava em alguma rua sossegada, de vias estreitas, quase sem saída.
Moradia empilhada, de paredes finas e escadas escuras. Janelas apertadas davam ares de sufoco aos segredos. Entreabrindo a porta; de nada se vestiam as paredes, o chão empoeirado mostrava que ali morava o desabitado. Esperava encostada em alguma divisória o ingresso de uma figura dramática.
Chegava o visitante.
Sempre apertava seus braços e engolia seus beijos. O desejo e o medo se amavam.
Violavam a repreensão.
O temor logo desaparecia e os anseios gritavam doídos em sua carne explorada.
Havia um espelho mofado no lavabo, deformando sua imagem.
Iludiu sua boca de encarnado e saiu ajuizando que havia sido furtada por algum sentimento obscuro.
Na rua admitiu o sol abrasador iluminar sua marcha.
E nada do que desejava na sua profundeza permaneceria
no cárcere infinitamente.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
O problema é se você falar seus sonhos pros outros
Quase todos vão te invejar
O problema é se você viver procrastando
Todos vão te chamar de um fracasso.
Não são números
Não são números,
São pessoas...
De quase em quase....
Gripezinha em gripezinha...
Minimização em minimização...
'Só idosos morrem'..
'crianças não pegam' e
'não vai acontecer porra nenhuma na Favela'
enquanto justos injustos repetem coisas assim à sociedade,
enquanto essa fala se prolonga e ganha proporção...
enquanto essa merda toda vira "exagero"
Pessoas....sim...pessoas morrem...
Pessoas morrem...
Pessoas morrem...
Pessoas morrem...
Pessoas morrem...
Pessoas morrem...
Pessoas morrem....
e os justos injustos continuam ricos,
escrotos, desumanos e desgraçados...
"QUASE"
Elas vem na calada da noite
"Quase" sempre é um tormento
Dói pelo q pode ser sido um "quase"
E "quase" te arrasta pra morte
Suas lembranças "quase" são uma tortura
Elas "quase" te aquecem e em seguida sempre te gelam
Você "quase" se culpa por acontecidos serem culpa sua
E que os melhores momentos "quase" sempre acabam pra sempre
Todos os melhores momentos que você teve "quase" se tornam memorias que você ainda queria viver, e lembrar que não vai... e que nada pode substituir "quase" acaba com a sua vida...
Saber que você pode ter acabado com a sua vida e a sua felicidade por ter sido tudo um "quase", "quase" te mata por dentro.
Sempre neste dia sinto esse vazio no peito,
Quase como um imenso vácuo que sufoca a garganta e aperta minhas entranhas.
Um buraco negro que suga toda a alegria.
Como eu gostaria,
Gostaria que o tempo fosse só uma ilusão
Que pudesse acordar e ver que tudo não passou de um sonho.
Um sonho não, um pesadelo.
A sua existência vazia é pior que pensar que não existia.
Ter vivido com sua ausência,
Ter ouvido ou lido suas cartas de puro ódio,
Nada disso deveria me afetar,
Mas afeta, dia após dia.
Ainda que eu veja um sorriso seu,
Ainda que me esforce pra sorrir de volta,
Ainda que meus frutos te amem,
O tempo não retorna.
Eu não o tive como deveria,
Sua presença rara só trazia dor,
Agora, ainda que amadurecida eu esteja,
ainda que seja possível entender,
Infelizmente, toda a dor insiste em bater e bater,
De novo e de novo.
Gostaria que o tempo fosse só ilusão
E nada disso tivesse se passado.
que eu fosse filha de um pai amado,
Que eu fosse filha de alguém pra me proteger.
Mas, o tempo não vai voltar,
Eu não voltarei.
Sua ausência na minha vida, por minha ausência na sua, se perdeu também.
Há uma Tarde -
Há uma tarde fechada por dentro
caiada de sonhos e cansaços ...
Um quase silêncio vestido de Fado
que ultrapassa a solidão de quem
o canta.
Um quase poema feito de palavras
que não há mas que a Alma sente
e vê.
Um suspiro de marujo num barco
em alto mar ao sabor das ondas
indiscretas.
Uma vontade de ir mais além,
p'ra lá da vida, p'ra lá da morte,
numa busca incessante.
Que triste tarde fechada por dentro
caiada de sonhos e cansaços ...
Tenho obsessão por ouro,
estou quase ficando louco!
Se a lei da atração é real, eu
juro, que eu terei vários reais!
BN1996
20/08/2020
Uma coisa sei!
Entre as que não aprendi.
Pois neste existir ou real! Quase nada, compreendi.
No entanto, a um certo conhecimento, cheguei.
E por esse facto, ao ter tal conhecimento,
P´la lógica e por o humano, pensamento...
Sou mal julgado e mal interpretado.
Até mesmo, condenado...
O que eu sei é muito, sobre o tema «Sofrer».
Neste meu tanto, padecer...
Por isso, estou a teu lado,
Quando, todos t´atirarem,
Pedras, para de morte te matarem.
Eu, não ficarei a ver no largo.
Mas o que poder fazer, farei...
Para que seja, eu em teu lugar lapidado.
E assim, por ti minha vida darei!!!
HELDER DUARTE
Já fui Pastor das Assembleia de Deus em Portugal. Mas depois de ter ficado doente com a doença de Parkinson tive que deixar o ministério...Hoje estou com a doença de Parkinson ao 57 anos de idade, na Unidade de Longa Duração Manutenção em Albufeira.
ADMINISTRE SEU TEMPO
Às vezes pensamos que a vida é tão corrida, e que quase não temos tempo para nada. Mas não paramos para analisar se realmente a vida é corrida ou somos nós mesmos que encontramos dificuldades para administrarmos nosso tempo.
É claro que fica mais fácil jogarmos a culpa no corre-corre diário.
Quando falamos em administração de tempo, queremos dizer TEMPO, em todos os sentidos: para nós mesmos, para as pessoas que amamos, para dormir, para sonhar, para trabalhar, para corrigir os erros, para estudar, para amar, para pedir perdão, para elogiar, para ficar com nossos cães ou outros animais, para tudo, PARA REALMENTE VIVER.
E COMO FAZER ISSO?
A resposta está dentro de nós. Somos nós os responsáveis por tudo em nossa vida, então vamos parar de culpar os externos, e admitirmos que é preciso acordar, pois a vida é curta e precisamos vivê-la e mais que isso saber vivê-la, antes que seja tarde demais, e não fizemos nada.
Viver é maravilhoso. Agradeça todos os dias pelo privilégio de acordar e ver o sol brilhar ou a chuva cair, pela sua saúde e pelo simples fato de estar vivo para contemplar as coisas belas da vida!
Olha só onde chegamos, quem diria que aquele sonho antigo
Quase que empoeirado por nossas mentes
Se realizaria em tão pouco tempo
Valeu a pena toda nossa espera
Minhas esperanças já estavam escassas
Mas tudo mudou... Acho que a coragem dos outros nos inspira
Para que façamos o mesmo
É verdade que tudo tem um fim, menos a nossa história.
