Poema para a Queima das Fitas
LIVRAMENTO (soneto)
Leia-me! O meu verso árido e nefando
Que queima o meu peito, e dá arrepio
De quando teu paleio vem me cevando
Nos embustes sorrateiros, vis e tão frio
Olha-me! Não temas, pois, sou brando
Já não busco o poetar num belo feitio
O meu ser ainda permanece, radiando
Já o senso, é tal qual um céu sombrio
Fala-me! Verdades, não simule pranto
Pois, as flores do cerrado têm candura
As agruras, não vão ser, minhas pupilas
E se escrevo este soneto, enquanto
Escorre nos versos a minha tristura
O meu amor, desobriguei das quizilas...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020, 17’33” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
LEONINOS SOMOS
Leoninos somos
Chama que queima
Fogo que arde
Amor que invade.
Leoninos somos
Mar em fúria
Vulcão em tormenta
Paixão que alimenta.
Leoninos somos
Flor com espinho,
Abrigo e castigo
Mão boba e sorriso.
Leoninos somos
Presente
E corrente
E enchente
Que supera e alaga
As mentes das gentes.
Leoninos somos
Assim e assado.
O presente e o passado
De um futuro que chega
Por nós programado!
Nara Minervino.
A paixão é fogo
queima por dentro e
destrói o coração
É o pior sentimento
É um desastre
do ser humano
É a esperança de
ter-se uma vida e
ser a sombrado
por sua imensa,
triste e inconformável
realidade
É ser um besta
perdendo seu
tempo em busca
do amor
Paixão medíocre e inexistente
Ilumina o mundo com o sol e
ao mesmo tempo trás nuvens
carregadas que afastam a
clareza que prende a
nobreza de um coração puro
Reviva o amor que
te afasta da dor
e tras-te a imensa paz interior.
AMOR QUE HÁ EM MIM
Estarei sempre aqui sempre
O fogo ainda queima em mim
Feito brasa, estandarte de amor
Brasão eterno dentro de mim
Então não resistas ao obvio
Ao transparente, quente...
Alma lúcida e voraz
Sangue que avermelha meus dias
De tanto amor por ti.
AMO-TE
Amo-te ao luar
Amo-te à chuva
Senti-te na praia
Na areia quente
O corpo queima
Na noite esquecida
Sacias a sede
Cansas a mente
Cansas o corpo
É nos teus braços
Que eu amo estar
Fresca a tua boca
Sabe a romãs
Cheia de amoras
Da brisa do mar
Seca o deserto
Do nosso alento
Choro ao sol
Choro ao vento
Tempestade da vida
Amo-te a chuva ao luar.
Se assim quiseres serei
teu escrava do amor.
Prenda-me em tua pele
que queima ao mínimo
carinho.
Sejas o que nunca foste ;
estou pronta a te esperar
pela surpresa do amar.
Faça a dor suave acontecer,
Faça-me estremecer e sussurrar
por tempo sem fim.
Deixe a fera que esta presa na
alma sair e liberte-se da timidez.
Aguce teu faro a procurar-me
nesta gostosa prisão.
E no labirinto da sedução
que seja eu a encontrar-te.
Sou tua mulher, de corpo
alma e coração.
Não sei como mantenho esse amor
Não sei como ainda queima tão feroz
Em meio a chuva violenta
Tão violenta como nosso amor
Você está segurando uma arma
Apontando para o meu coração e
O dedo está no gatilho
Preparando para me destruir outra vez
Fecho os olhos na esperança de ser
Apenas outro pesadelo diário
Mas, você sabe que a dor de um coração partido
É pior que a da bala que te rasga
Um amor impossível
Entorpece no sono flamejante
folhas secas viram carvão
mato queima, fumaça chiante
errei, mas peço perdão
Queixo trêmulo e soluçante
imploram por mera absolvição
nesta escravidão sou reinante
tenho em mente uma bifurcação
Dum amor fui resignante
como pássaro num alçapão
perdido, animal rastejante
me prendes negando decisão
Águia sábia de ataque farsante
tu és bela mas ages como camaleão
viajando pela flora verdejante
passeia enganando a paixão
Estreante dum caminho estrelante
não preciso de prova e certidão
és uma louca diva alucinante
brincando de colecionar coração
Sigo aqui quieto e zelante
apostando num cavalo azarão
sentimento cruel e tratante
que exala pura descompaixão.
(Resignante - Denis Santana - 2015)
sangue faz parte das estrelas
olhei para céu banha-se de amor
fogo sai da alma queima o coração,
como todos são heróis até morrerem...
vivem como estrelas que caiem do céus,
nunca abandone seus sonhos,
tudo é parte do céu,
não profane teu amor
sinta que céu é perfeito...
o fogo queima tudo nessa vida
seja o coração perfeito
em nossas almas perdidas.
celso roberto nadilo
À queima-roupa
O amor acertou Luís na calada do ócio.
Num tiro à queima-roupa, perfurava suas vísceras até o mais longínquo espaço interno do seu peito.
O meliante, à espreita, observava-o agonizar no chão enquanto tentava desesperadamente conter a racionalidade que escorria por entre seus dedos.
Com a vista turva, o Luís ainda buscava reencontrar o responsável pelo disparo. A imagem, contudo, pairava em sua mente.
A barba afiada como uma katana, o sorriso sacana e o olhar misterioso compunham a figura emblemática do meliante inescrupuloso.
Tensão! Luís ainda tentava reerguer-se quando, em passos firmes, o atirador se aproximava do seu corpo em constante esguiche de fluidos cardíacos.
Sem qualquer resquício de piedade, recebe o golpe final:
- Te amo.
Queima de Arquivo
Sonhamos ser como folhas
Se desprendendo das árvores no outono
Ser autônomos. Voar como aves
Traga-me um par de óculos enquanto leio em voz alta
Sinta o cheiro suave te envolvendo
Enquanto o texto ganha corpo
Palavra voa como um sopro
Vira a corrente te prendendo
Mire o olhar na estante
Retire um livro e descubra uma passagem secreta
No mesmo instante
Num ambiente repleto de víboras
Venenos e plantas carnívoras
Nada é tão fácil quanto parece
Só lhe resta o curto espaço pra última prece
Um garoto te apresenta sua nova morada e desaparece
Acena em sinal de adeus e tudo escurece
Tudo escurece
Aqui fora a história continua
Vai lua vem sol, vai sol vem lua
Isso mais parece dança
Divertido enquanto se é criança
Mesmo lugar e seu frequentador assíduo
Inverdades mais sólidas que absolutas verdades
Deixando se levar e acumulando vaidades
Astúcia, casta nobre e sobrenome
Recrutado pelo mal infame
Confundindo os inimigos
Com o mesmo efeito para os amigos
Sentimentos reprimidos ajudam o opressor a oprimir
Corações que se envolvem comprimir
E o impulso de fazer o que é certo reprimir
Nada é o que aparenta ser
Intenção escondida na sombra do ser
O amor é cego, mas não é mudo
E sussurra ao pé do ouvido
Na entrega... Entrega o segredo e o livro
Pronto!
Uma pasta a menos no arquivo
A dança o levou onde não queria estar
Mesmo destino do seu genitor...
Agora não dá mais pra voltar.
Aqui fora a história continua
Vai lua vem sol, vai sol vem lua
Isso mais parece dança
Divertido enquanto se é criança
Mesmo lugar e seu frequentador assíduo
Teu corpo queima
igual incenso
Quente em chamas
ao vento
Teu cheiro sinto
do fundo da alma
E não se apaga
A paixão é egoísta
Queima e arde dentro do peito
Exala nos poros
O amor é livre
É suave
É libertador
Coitado de um coração
Que ama e se apaixona ao mesmo tempo
Vive um caos dentro de si!
Não sei ser romântico sem ser ardente.
Meus meu abraço mais suave
e meus beijos mais doces
queimarão teu coração,
deixarão marcas
que você jamais irá esquecer.
Ingênuo fogo que arde e queima,
Então, berro, grito, urro e clamo,
Impotentes são as minhas ações,
Sem melodia, sem festa.
Jmal
2013-10-25
TUAS VERDADES
Eu sou a inspiração viva do teu amor...
Sou a chama que queima em teu coração.
Eu sou a vida, a luz, a alma da tua paixão,
Sou teu perfume, o suor, sou teu calor...
Eu sou o teu desejo de tão vivo fulgor...
Sou as tuas saudades do amor ardente...
Eu sou a tua aflição, sou teu beijo quente,
Sou a tua harmonia e seu pranto sem dor.
Eu sou o teu mar de tempestade alta...
Sou a tua fonte de água pura que não falta,
Sou os sentimentos que te fazem chorar...
Eu sou a ilusão que tão pouco importa...
Sou a solidão que em ti não tem porta...
Porque sou as verdades, que te fazem amar!
É ou não é amor?
Amor não dói, não arde,
não queima, não fere.
Não se utiliza de joguinhos,
não faz chorar,
não te deixa inseguro,
não sufoca, não é bipolar.
Amor é quentinho,
doce, gostoso,
faz suspirar,
contar as horas,
sorrir por dentro,
ensina a “voar”.
Amor não protela,
não deixa em segundo plano,
não abandona,
não finge que não viu,
não vai embora,
não ignora.
Amor prioriza,
quer ver o seu sorriso,
deseja ser o motivo,
é paciente, atencioso,
te faz rir à toa,
deixa uma sensação boa.
Se for amor é bom.
Enleva, acaricia, mima, revitaliza...
Se não for amor, machuca.
Espeta, esfola, atropela, tiraniza...
Quando é amor, deixa trêmula a carne.
Quando não é, deixa em carne viva.
"Bebo, escrevo e trago
Trago comigo um pouco de luz
Trago o cigarro que queima e reduz
Reduz um pouco dos sentimentos inversos, incompletos
Completos e retos
Declamo amor sem saber amar
Recrio laço,
Revivo e faço
Reinvento o sonhar"
O sol que uma vez e fez bem
Agora me queima como fogo
A noite que um dia me fez mal
Hoje , me parece muito mais atrativa
Do doce para o amargo
Do quente para o frio
De covarde a valente
Foi isso o que me tornei
No momento em que deixei
Meu demônio sair
Flor amarela...
A uva passa, a rosa murcha, o retrato amassa, o vidro quebra, o papel queima, e a flor amarela, sempre viva... viva ela!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Junho de 2020, Triângulo Mineiro
Sertão da Farinha Podre.
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