Poema na minha Rua Mario Quintana
Vaso de girassol
Pego o meu regador e vou em direção a minha janela
É onde está o meu vaso de girassol
Ele me deixa feliz
Alimento-o com o meu regador
Lhe entrego metade da minha água, mas ele não está saciado
Então eu derramo toda a minha água nele
Mas ele pede mais e mais
Me desespero, não tenho mais água para ele
Viro o meu regador e deixo todas as gotas caírem
Não tenho mais, mas ele quer mais
Me ajoelho e peço seu perdão
Eu cuido dele, adubo, dou todo o meu amor e minha água
Mas ele não dá nada em troca
Nenhuma flor ou um sorriso
Não importa o que eu faça
A culpa é minha
Será que toda a minha atenção não é o suficiente?
A minha água é pouca?
Lhe dou amor em excesso?
O seu solo é ruim?
Ainda ajoelhado, começo a chorar dentro do vaso
Ele parece estar feliz com o meu sofrimento
Se chorar é o requisito necessário para deixa-lo feliz, então é isso que irei fazer daqui em diante.
Anjo
Pego a minha lâmpada, agora apagada
Vou em direção a minha janela, encarando o céu
E dele desce um ser com uma luz branca ardente, mas ainda consigo enxergar as suas magníficas asas
Ele me entrega uma nova lâmpada, acessa
Eu a pego e agradeço, e ele vai embora
No dia seguinte, eu faço a mesma coisa
No outro também
E mais outro dia
Novamente, vou a minha janela com minha lâmpada esgotada
Passa um tempo e o meu anjo não vem
Esperei toda a madrugada por ele
Cansado, me sentei no chão e abri a minha lâmpada, buscando acende-la
Se passa várias madrugadas
E eu finalmente consigo acende-la
Sem precisar da ajuda daquele ser divino
Posso acender as minhas lâmpadas eu mesmo agora.
você diz que a minha poesia arde
mas se eu dissesse que ela queima porque ela é real
que ela deságua porque já foi mágoa
que ela transborda porque já foi rio
que chora porque hoje sorrio
você riria ou ainda a apreciaria?
se dissesse que ela grita porque meu coração que a amplifica
e toca porque minha alma personifica
que conforta porque é onde meu peito crava
e goza porque faço amor com cada palavra
você me chamaria de sádico ou amante?
de poeta ou farsante?
se dissesse que ela aprendeu a bater porque já foi surrada
que ela puxa o gatilho
mata em legítima defesa
ateia fogo nas querelas
despe, caça e se faz de presa
você chamaria a polícia ou queimaria comigo?
abraçaria minha sensibilidade
ou procuraria alguém mais raso e menos poético?
A ARTE VISTA { soneto}
Será que minha arte e' igual a tua? será?!.
A vejo em casa, no trabalho, na rua...; nua.
Me vejo... a vejo... ensejo de ser, arte crua.
Queria só por hoje saber, Minh 'arte... será
Igual a tua? Vistes por fora melhor que dentro.
Então!. A visão que vês e' a arte forjada ao léu.
Os saberes, que atuam por olhos, sob o céu.
Além... delineando as cores, sóbrio pelo centro.
Despojais de jugos, e dizei-me, dizei-me vós:
Que arte e' esta? Persegue-me a todo lugar,
Na pintura, poesia, rachadura, até mesmo ar.
Deveras devo preocupar-me, estou sem saber.
Moldar-me-ei com outra visão senão a minha.
Será que tinha arte igual a tua? Tinha?!.
poeta_sabedoro
A lenda do lendário Poeta continua.
Que beleza!
As flores, minha senhora!
Minha senhora?
De onde é? De muito longe.
Porquê pensar separadamente nesta vida e na próxima, quando uma nasce da anterior.
Fala-nos da ânsia, de uma alma que implora por outra.
Acho que fiquei louca
com tua falta, menino!
minha voz está bem rouca,
te chamei tanto, mais de quilos!
Não ouviste, que maldade
fizeste ao meu coração !
que ao teu vive em lealdade
entre poema e canção
"Durante o dia minha cabeça não para,
Então eu dou um jeito de me manter ocupada.
Mas é só chegar a noite que esses pensamentos voltam,
E me deixam atordoada."
Adonai
Senhor da minha vida!
Só em ti confio desde pequena
Adonai sarou minha alma aflita
Me trouxe alegria plena
me concedeu alegria celestial e alegria terrena
Nunca estarei sozinha pois o senhor é a minha melhor companhia 💗
Numa noite escura e ardente no palco da minha vida
Ela apareceu e em silencio me engoliu com um sorriso
Que me fez esquecer todas as possibilidades
Não pude conter o impulso do meu querer, e com meu
Olhar lhe convidei para dançar e ser minha mulher.
Minha filha não conheceu meus pais
mas eu conheci meu neto
Por isso faço versos
para que ele saiba
o que meus retratos sentiam por dentro
AOS POUCOS
Vi seu rosto no meu café,
O gosto do seu beijo na minha boca,
O seu toque na minha pele,
Talvez eu esteja delirando,
Ou me apaixonando aos poucos.
Esqueci sua feição,
Lembrei do quão amargo era seu beijo,
Lembrei do seu toque frio na minha derme,
Talvez eu esteja delirando,
Ou me desapaixonando aos poucos.
Procurei blindar a minha mente,
Me desapeguei do seu sabor,
Me curei das feridas,
Eu me sinto feliz novamente,
Estou me recuperando aos poucos.
Vi outro rosto no meu café,
Quero saber qual o gosto daquele beijo,
Quero sentir aquele corpo no meu,
Agora sei o que sinto,
Estou amando de novo.
ALMA QUE ME MOTIVA
Você é vício viciante que vicia,
Minha rotina começa com sua boca na minha,
O toque da minha pele na sua é tão bom que arrepia.
Chega na minha vida, e fica.
Não tem por que saída,
Vem como luz na escuridão,
E me ilumina.
Não sei como defini-la,
Você é cheia de sinônimos,
Parece poesia.
Queria te beijar, abraçar, trocar carícia.
Selar nosso amor na eternidade para que nunca se sinta sozinha.
Eu sou feito de ódio,
Mas você me romantiza,
Você é dia ensolarado,
Eu sou noite fria,
Você é pão com manteiga,
Eu pão com margarina,
Posso ser cético quanto a tudo,
Mas a única coisa que acredito,
É que ainda vou ter sua mão na minha.
no meu jardim
você é minha flor favorita
a única que habita
o meu coração
no meu jardim
não há outras flores
apenas suas cores
Acaba com as dores
Vivo seus amores
No meu jardim
Não se fala outras línguas
Apenas da sua
Aquela que consulta
E né ajuda
Com a dor
No meu jardim
Já habitaram outras flores
Acabou com os amores
Me trouxeram muitas dores
E mataram outras flores
No meu jardim
Você única flor muito viva
Sempre estando muito ativa
Melhora minha vida
Muito ajuda e cria
Alegria
No meu jardim
Sua cor será lembrada
Marcada numa estátua
Escrita assim
A cor mais amada
No meu jardim
Que será sempre lembrada
Sempre venerada
No meu jardim
Na ausência do sol' o brilho do dia se esgotou
e sem o molhar da chuva com sede a minha planta ficou
Sem o raiar do sol nem o molhar da chuva
Apenas nuvens negras sobre o seu ceu"
Vi o sol se pôr ontem, e até agora não apareceu.
Intristecido perguntei ao universo o que aconteceu
E no termino da tarde' com um grande luar e o cintilar das estrelas
a noite respondeu.
A minha poesia,
é sobre a realidade,
sobre a tarde,sobre o chão...
.
É verso de estrada,
história contada,
também solidão
.
Não segue uma métrica poética,
é sobre o nada cognitivo
ventos e incertezas
as vezes, belezas da religião
.
Muitos que já morreram
e outros que vivem na sombra
é sobre a luz da esperança
penumbra
.
é apelo à casa dos sábios,
sobre o condado estórias de livros
sobre o rio e sua margem,
eternidade na vida humana.
Nas profundezas da minha alma, onde os sonhos residem,
Eu ouço um chamado, um fogo queimando lá no fundo.
Não vou deixar dúvidas ou medos me puxarem para baixo,
Vou perseguir meus sonhos, superar cada tristeza.
Estou em uma jornada, perseguindo meus sonhos tão altos,
Pelos dias mais sombrios, sob o céu sem fim.
Vou me elevar acima, superar todas as dificuldades,
Pois acredito em perseguir sonhos, nessa dança da vida.
Os obstáculos podem surgir, como montanhas em meu caminho,
Mas encontrarei forças para enfrentá-los, dia após dia.
Com vontade e coragem, seguirei em frente,
Pois sei que meus sonhos valem o esforço.
Com fé inabalável, vou abrir minhas asas,
Sem limites ou fronteiras, meu espírito canta.
Vou pintar o mundo com as cores do meu desejo,
Alimentando minha paixão, meus sonhos nunca vão cansar.
Podem tirar minha paz
Podem tirar minha alegria
Podem até tirar minha vida...
Podem me dar ponta pé
Podem pisar e chutar o meu boné
Nunca vou me curvar
Porque não podem tirar minha fé
Ela canta alto, mal, confesso, mas alegra a minha alma.
Ela desenha torto, sempre sai algo engraçado, mas é a tinta que eu preciso.
Faz sujeira, e lá vai, juntar os próprios cacos da sua lambança, mas eu ajudo-a resolver, isso é a nossa intimidade.
Os beijos, acredito que dentre as infinitas coisas boas que ela faz, seja uma das melhores coisas.
Amá-la não é fácil, não é boa todo tempo, mas o incrível é que mesmo errando, ela faz incrivelmente, o tempo todo ficar bom.
- A minha paz -
Quero sentir-te paz,
Suave como a brisa por entre as árvores,
Doce como o perfume das flores,
Mas, ter-te em sua plenitude no mundo,
É um pensamento utópico desejável,
Um belo delírio irrealizável,
Tu sublime paz,
É a dádiva dos poetas amantes,
Porque somente quem ama possui a paz,
E no mundo falta amor; falta esperança; caridade; empatia,
Falta-lhe no mundo paz,
E nada mitiga tua ausência,
Porque sois bela, ó paz,
Como flores ao amanhecer primaveril,
E sois passiva,
Como o vento praiano no lusco fusco.
Rejubila-te amor,
Pois tu és a raiz da paz,
Resplandece-a porém,
Com mais êxito que a aurora,
E acalentas a euforia,
Com mais suavidade que a lua,
Ao emergir do ocaso solar,
Amo-te como o orvalho,
Que entre as pétalas e as folhas quer sempre estar,
Desejo-lhe, pois sou poeta,
E sei amar.
