Poema na minha Rua Mario Quintana
Já não enxergo mais ninguém
Na rodovia só existe o meu carro, e eu não ouço o seu motor.
Na rua estou sozinha
Parece que o mundo está vazio, sem pessoas , sem pássaros, sem luz.
Em meio ao silêncio, escuto minha alma chorar de dor, é ensurdecedor este barulho que não aceita o meu grito "silêncio" pedindo para se calar.
Não escutar o trinco, a chave...
Não te ouvir abrir á porta
Tá tão difícil te vê mudar de rua
Não sentir teus passos
Tá tão difícil não olhar em teus olhos
Não te mandar poemas
Não te cantar poesias !
Tá tão difícil esconder o jogo
Disfarçar, calar...
Tá tão difícil escancarar o riso
Engolir o choro.
28/09/2017
Madrugada.
Sozinho na madrugada, a companhia é a escuridão e o barulho. As luzes da rua clareiam até onde a vista alcança.
A brisa da madrugada sopra fria no rosto, trazendo saudades do calor da cama.
O silencio logo é quebrado com o latir dos cães de rua, estes vão despertando sonos profundos. De longe se ouve o canto do sabiá que anuncia o clarear do dia, chega com ele alguns raios de sol, atravessando as poucas folhas deixadas pela primavera.
onde está a virgula
na rua to na virgula
onde vir agulha
prata, bigode, dinheiro, nome
choro, doença, morte e fome
essa e a diferencia
entre o branco o preto
e o que o corrompe
- Dou mais valor ao artesão de rua do que ao Picasso!
- Você compra muita arte de rua?
- Quase nunca!
- Você deve odiar o Picasso.
“Informação
Dia, Noite;
Na escola, no trabalho;
Acordado, dormindo;
Em casa, na rua;
Na Tristeza, na Alegria;
No rádio, na Televisão;
No Espaço, Na Terra;
Colorida, Preto e Branco;
De descobertas ou de cópias;
Digitais ou Analógicas;
De Norte a Sul, de Leste a Oeste;
A lápis, ou caneta;
Em livros, ou Revistas;
Na areia ou nas paredes;
Em telas, ou cartazes…
Como fazer um “select” dessas informações? Será Todas são necessárias? Será que está sendo absorvidas toda informação necessária, para o crescimento individual, ou está sendo criado uma caixa preta indecifrável?”
Escritas no ar ;
Não me prometa abrigo e me abandone na rua , não diga que sou muito e depois me faça pouco , não permita que eu entre na sua vida , sendo que o tempo todo a intenção era a porta estar fechada , não jogue fora planos do verão , não faça esse tempo gastado ser em vão
========ESPERAS========
Da vida
Eu só quis a vida
Em cada caminhada
Cada rua atravessada
Em cada esquina dobrada
A vida,eu quis
E procurei
Com obstáculos,deparei
Em cada pedra encontrada
Tropecei
Ainda assim,determinada
A vida,eu quis
E procurei
Minha espera,meus desejos
Ao corpo,amarrei
Mas,pelas curvas da estrada
Nas poeiras do caminho
A vontade,a esperança
E cada sonho sonhado
Desiludida,deixei!
(Eloísa Elena Lírio Carvalhal Rangel ==Reg.10/7/2010)
MERIDIANO
Meia lua, meia noite
meia rua com açoite
um par de meia de pé
a metade da mulher
na meia vida de afoite.
Tantas meias mediando
medrando os planos seus
a corte quase caduca
meio corte, meia fruta
o fundo no meio da gruta
medindo os carinhos teus.
Na meia xícara de chá
meio gole de prazer
os meio dos seus chamegos
medem o meu e os de você
meio mundo, meio fundo,
no fundo do seu fazer.
Tanto meio, esta no meio
meados do meio fim
mediando meridiano
meio plano, mornos panos,
montando o topo do mundo
o meio mundo é aqui.
Antonio Montes
"Ali, naquela rua, tem uma casa,
cujo quintal mais parece
um Jardim do Éden.
E o jardim, ha ha o Jardim,
esse é um Bosque em Flor.
E tudo regado com carinho,
amor, devoção."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Você foi embora sem se despedir. Da janela do meu quarto ainda te vejo caminhando pela rua.
A cada passo seu, observo nossos momentos desprenderem das árvores e cairem no chão feito as folhas amareladas no outono.
O vento sopra para longe nossos sonhos que você foi jogando fora pelo caminho.
A medida que caminha posso ver minha sombra abraçada com a sua, como se ainda estivéssemos juntos nessa estrada.
Mas quanto mais você se afasta, sua silhueta parece ser a de uma outra pessoa. Alguém que eu não conheço. E nem conheci.
Te chamo, mas você já não me escuta mais porque está ouvindo uma nova canção.
E no horizonte te vejo pela última vez, dobrando a esquina da vida sem sequer olhar para trás.
A rua vazia
Me lembra meu coração
Sem você
Mas de dia
Ela me lembra meu coração
Com você
Porque de dia estou completa
Não há espaço pra solidão
Mas à noite
Há o vazio
Eu sei que estou ficando vazia
Então vou esperar
O dia chegar
E a rua te lembrar
POEMIA
Poesia você vê na rua;
poesia dói.
O poeta não ri à toa;
o poeta mói.
Poesia não pousa, voa;
poesia flui.
O poeta não inventa, sua;
o poeta, ui!
Poesia não fala, soa;
poesia é paz.
O poeta não sofre, coa;
o poeta é jazz.
Poesia você não lê, sonha;
poesia é cais.
O poeta se dá na fronha;
o poeta é mais.
-----------DÚVIDAS --------- Entrei no ônibus pus o fone de ouvido e olhei pela janela .
A rua e a vida em movimento me fez pensar .
O que eu faço aqui ? por que estou aqui ?
O que me fez perceber que lá em outro lugar
lá na janela da casa amarela talvez tenha alguém olhando e pensando
por que ele se foi ?.. por quê não está mais aqui ?...
Dá um aperto no peito ,uma lagrima teimando em cair .
vejo um jovem casal e outro não tão jovem assim ...vejo um homem velho e solitário a beber sua Draft e a fumar seu Derby ...será que ele sou eu daqui a 5,10,15 anos ?...
e aquele pensamento tentando em me convencer " volta pra casa Padilha "
voltar pra onde ?...pra quê?...porquê .
Então percebo que lá não estou.
E aqui ?...será que eu estou?
E nesse ambiente cercado me pergunto calado .onde será será que estou ?...
E onde e quando que começou o ar daqui
e o de lá terminou?. . .
ELA É ASSASSINA DO AMOR VII
No meio da rua existe uma pedra.
Tentei retirar mas não consegui
Se pudesse te encontrar novamente
Tentaria dizer o quanto é importante
Mesmo distante como num sonho bom
Se encontrasse você gostaria que soubesse
O quanto sofri;
Mas você é assassina do amor
Tentei não adiantou
Agora sonho acordado
Se um dia verei você acordado
Pois nos meus sonhos você está sempre
Ao meu lado
Minha anima
Sustento uma lágrima contida
Provoca minha ira
Dias de trovão eu passei
Mas não passaram mais…
…em meus pensamentos.
Antes de dizer que te amo
Me deixe correr descalça pela chuva
Me deixe sair de madrugada pelas ruas da cidade como andarilho que anda sem rumo, desnorteado sem destino, como quem não espera nada, nem mesmo a tragédia,
nem mesmo a sorte grande.
Antes de dizer que te amo
Me permita aproveitar um pouco mais dessa minha solidão, só pra ver se ela já é solitude, pra ver se ela já é canção.
Antes de dizer "eu te amo"
Preciso me sentir completa,
Ou mesmo vazia (como sempre fui)
Mas antes de dizer "eu te amo" eu quero provar mais uma dose de loucura, de quem nunca atreveu-se a ser lúcido, a ser são
Porque antes de dizer que te amo
Quero ter certeza de que é isso mesmo...
De que eu nunca quis tanto outra coisa assim,
De que agora é pra valer
E que finalmente nossas mãos vão se entrelaçar
E que pela primeira vez saberei que encontrei um encaixe perfeito
E que é você quem eu quero até meu último suspiro.
UNIVERSO CEGO
Existe um universo perdido
no entroncamento d'aquela rua...
na faixa... Estrelas cintilantes
piscando cores, minhas e suas.
Vermelho, pare... Atenção!
Amarelo, consciência...
Verde, pulsar de coração
passos para vida intensa.
Existe um universo perdido...
Alem d'aquela esquina
janelas, portas abertas bandidos
na placa, uma frase que rima.
Aglomeração do outro lado
copiando impedimento
o mundo esta fadado
com esquema fraudulento.
Existe um universo perdido
no mundo em que vivemos
viríamos se estivéssemos vivos
observando a verdade e vendo.
Antonio Montes
Poesiaria
Tristes são as poesias de rua.
Falta-lhes a básico:
Rimas
Versos
Palavras.
Me comovo...
Todas elas deveriam morar
Num livro lindo,
Confortável
De capa bem elaborada,
Aconchegante.
Contudo poucas condições literárias disponho.
Louvo cada poeta e seu esforço para adotá-las.
Tenho um sonho utópico, louco, desastrado
De construir uma poesiaria
E hospedá-las confortavelmente.
Pois a poesia sonhada
Estará sempre bem instalada.
Criança
Criança que brinca na varanda, na casa ou na rua,
Sua imaginação voa do chão ao espaço,
Imagina carro, avião e dinossauro,
Tudo que imaginar parece real,
Sem se preocupar com nada,
Corre, pula, deita e rola até tardezinha,
Quem é? Mamãe chamando para entrar,
Amanhã é dia de brincar.
ALPENDRE
Do alpendre...
Uma lua, uma rua
a brisa da noite se estende
... E as recordações se entendem
com todas saudades sua.
A quanto tempo ficou!
A corda que voce pulava...
Os sorrisos e o anel da noite
que pelas mãos, inocentes passava...
Aquele primeiro beijo...
Dado com tanto tremor!
Depois do temporal da chuva
o arco-íres e suas cores
em meio a ciranda da roda...
Trazia, jardins e amores.
O sonhar com tanto amar
propagava-se cantando versos
o tempo era de cirandá
os versos, eram de confesso.
Hoje, d'aquele alpendre
a lua te faz recordar
d'aquela infância encantada
que encantou-se no tempo
levando-te, sem avisar.
Antonio Montes
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