Poema na minha Rua Mario Quintana
Vontade de sair por ai... Ir por qualquer rua, sentindo qualquer vento.
Sair por ai e me encontrar com um destino qualquer , entrar em qualquer mundo e me esquecer de quem sou...
Porém ao te encontrar, ao invés de me esquecer, me encontraria um pouco mais além de mim.
Conseguir me encontrar num mero rastro de qualquer animal
Me rastejar pelas ruas em busca de não sei o que... Mas que ao me encontrar tenha apenas a plenitude certeza de que sempre sou.
Sabe o que me faz feliz? Andar na rua e me darem bom dia, olha pro lado e ver pessoas sorrindo, seguir em frente sem ter rumo e chegar em um lugar lindo,olhar pras pessoas que mas amo e dizer eu te amo, encontrar um amigo de infância, ver um céu lindo cheio de pássaros cantando, isso me faz muito feliz…
Mas sabe o que me faz triste… Ligar a tv e ver pessoas morrendo, gente passando fome, políticos roubando e ainda vejo gente reclamando da vida… Será que um dia tudo melhora , e eu vejo a luz do dia linda?
Bicho da rua
Que sabe o que quer
Bicho da noite
Um trocado qualquer
São tantos bichos no meio do lixo
E a gente fingindo não ver
Eu olho para a rua
E tudo parece errado,
Foi macumba ou hipnose,
Mas eu fui enganado.
Camuflam a miséria,
Montam um cenário,
Estão todos a serviço de um rei imaginário.
Comprar mais uma vida,
Para trocar por um espaço mais baixo que o chão,
Roubar, palavra estranha para afirmar;
O que fazem dentro dos portões do céu.
Sem querer,
Caí no mundo sem ninguém ver,
Faço o que posso para viver,
E sempre toco as nuvens pra entender.
Já não sei o que posso pegar sem pedir,
Eu tenho exemplos,
Mas quais eu devo seguir?
E quais as mentiras que eu quero ouvir?
Já são quase nove horas
O sol lentamente desce
E o céu vai deixando de ser azul
Aos poucos na rua escurece
Devagarinho o sol vai levando o dia
Para dar lugar mais uma vez a lua
E se eu fosse passarinho, iria junto dele
Ah, se eu pudesse
A noite é chuva
A chuva é calma
No silêncio da alma
Ela passa na rua
Transbordando na praça
Escondendo a lua
Deve haver algum lugar,
Onde é eu ainda não sei,
Onde as crianças ainda jogam bola
Na rua descalças, da vida a mercê
Esse lugar talvez o futuro não encontre
Os próximos nem conhecerão
Da vida o mais puro sentido
Na lembrança da infância, ilusão...
Passei em frente à sua casa
e ouvi todo o seu silêncio.
Pela rua ecoava...
Percebi a sua ausência
Portas e cortinas fechadas
Folhas e poeira ao chão
Esperei algum tempo
Cansei, sentei na calçada
Relembrei fatos, doces momentos:
Quando trocamos os nossos livros,
escolhemos as nossas flores,
recriamos as nossas canções.
Não sei se já os esquecestes
mas, pude ver da janela de seu quarto
pendia toda a nossa história...
Os livros que nós dois lemos,
as flores que tantas vezes,
plantamos e colhemos.
Mas, quanto a nossa canção...
Ah, essa! Não deixou de tocar.
Segredo do meu coração...
RES NULLIUS
na rua um vira-lata morde flores
– socorro!
Gritam as rosas, os cravos, as papoulas
os girassóis... apavorados
– cadê a jardinagem?
... um vira-lata morde flores
– o problema é grave
as flores já sentiram nas próprias pétalas
Meu amor nasceu numa gota de chuva
Numa nota bonita
No barulho da rua
Meu amor descobriu que brotou de repente
Que caiu do espaço
Que nadou com a corrente
Meu amor já surgiu sem saber esperar
O passado era fogo
O futuro era mar
RUA DA MINA
A fonte termal
de água alcalina
Hidrata as mulheres,
hidrata homens
A favor de todos
Para a boca com sede
Onde as que bebem,
pedem mais
Sou rua de mina
Sou a Rua da Mina
e um parque de águas minerais
Sou salutar
Sou Salutaris
Nos lábios das africanas
e dos africanos
Molhando a seca do Brasil
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Homenagem à Paraíba do Sul, Bairro Lavapés, ou seja, Rua da Mina!
TEMPOS DE RUA
Nesta semana, meu filho Gabriel, 18, me telefonou informando que estava organizando os amigos da universidade para uma manifestação em Macapá. Empolgado, ele me contava da expectativa de a passeata "bombar" e do ânimo da sua geração na rua. Não resisti e, segurando as lágrimas, respondi: "Menino, aguardei 20 anos para que a sua geração chegasse, ainda bem que esperei". Reportava-me aos episódios do ano de 1992. Ainda estava engatinhando a mobilização para retirar Fernando Collor de Mello da Presidência da República, e eu estudava na Universidade Federal do Amapá. Eu, com outros estudantes, lutava para retirar do cargo a reitora da universidade, devido a posturas profundamente autoritárias. Após a primeira manifestação contra a reitora, o vice declarou: "Estes meninos estão malucos, querem tirar a reitora. Daqui a pouco vão achar que podem tirar o presidente". Paralelamente às mobilizações contra a reitoria, caminhava a luta pelo impeachment aprovada no 42º Congresso da UNE, ocorrido em Niterói no julho anterior. Em 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovou o impeachment de Collor.
Passas por mim na rua e não me vês.....
Sonho acordada no teu sonho ..
E vou a sorrir para ti....
Acordo e nada mudou.... ..
Nesse sonho eu acordei...
Quero abraçar-te ...
Quero que gostes de mim...
Que eu te ame como tu me amas....
quero ser para sempre Tua ...
Faz de mim amor,o que faria por ti ..
Quero ser os teus olhos perdidos....
E tão sofridos,de quem se perdeu na vida...
Simplesmente amo a vida !
Você vê que todos são melhores que você pelo jeito de te olhar.
Você vai pra rua querendo estar invisível pra qualquer pessoa.
Você sente um alivio quando está sozinho, você gosta do escuro, alias você compara a escuridão com sua vida.
Uma sombra vazia e intensa, cuja visão noturna não tem limites, não tem nada além de nada.
Você não vê você não senti, não tem ninguém ali apesar de sentir que há alguma coisa.
A vida continua, a gente segue em frente
Algumas coisas são deixadas para trás, esquecidas pela rua
E quem sabe daqui a pouco mais, assim de repente
Um certo alguém...
Que nos faz ver o mundo de uma maneira diferente
Capaz de transformar o brilho do sol, no reflexo da lua
Que nos faz tão bem
Dentro do ônibus eu escuto do barulho da rua nessa cidade
Dentro de mim o pensamento faz barulho da tua saudade
Ta difícil escrever
O ônibus não para de balançar
Da janela eu posso ver...
A noite que passa devagar
E se escrevo é por não saber...
Tudo o que eu queria te falar
Na rua o som dos carros...
Melodia inquietante
Na poltrona de trás, o cheiro de cigarro...
E a cobradora que me olha a todo instante
Tenho medo de exigir......
..... aquilo que não posso dar.....
Medo de olhar para rua ....
ou ainda de dobrar a esquina....
Medo de ficar no escuro.....
nesta escuridão que é a vida.....
medo de ficar sozinha....
.....e na solidão....
Medo de escutar....
e de estar sempre a cair....
medo de iludir-me e arrepender-me....
.......Medo de amar e deixar de amar....
.....sofremos porque amamos.....
sem dor não haveria o amor.....
.....sem a noite não haveria amanhecer....
sem o mar não haveria as ondas....
...a brisa....e o por do sol....
e eu não existiria sem ti.....!!
A paixão tira o sono, nos faz dobrar a rua com um sorrisão, identica em uma ilusão o amado na multidão. Neurose?
O amor faz a canção descer do vento
faz tremer a alma tanto quanto o coração,
faz viajar nas emoções, no corrosel dos sentimentos.
O céu é sempre blue.
Estava sozinha na rua
Sem nada para fazer
Admirando a lua
E pensando em quem quero esquecer
Atirando pedrinhas num rio
Chorando por um grande amor
Tentando destruir sentimentos
Mas onde você ir, eu vou.
Coisa linda, quando a gente éramos pequenos e a luz da rua acabava e faziamos as estrelas de lamparina.
Coisa bonita quando olhávamos as constelações e Imaginávamos que um dia poderíamos alcançar cada uma delas.
Coisa bonita quando éramos tão inocentes e a gente acreditava que fantasmas faziam barulho a noite...Coisa linda os velhos e bons tempos em que não existia teclado....mas sim, mãos entrelaçadas.