Poema na minha Rua Mario Quintana

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⁠A Viela de Badacosh

Úmida e insecável era aquela rua, um pouco depois daqueles limites o sol reinava, mas ali não, não ali. Aliás, o cheiro de mofo exalado pelas alvenarias e madeiramentos depreciados, marcava característica e peculiarmente aquele beco, com o esverdeado e vívido musgo que saltava por entre os seixos que assentavam a calçada; um catingueiro interminável forrava os jardins dos casebres que se pareciam mais com caixotes de verdura do que com habitações.

Lindo aquele lugar, quando não gostamos do que é bonito, mas me agradava. A garotada encharcada corria pelas poças, sapateando na lama, brincando de roléfas, atividade saudável para essa idade, consistia em segurar uma cinta com a fivela solta, perseguindo seu colega para enfim acertá-lo com o instrumento, berrando: roléfas. Não me pergunte o porquê, nunca soube.

Mas o mais curioso naquela viela, não era a chuva que nunca cessava, nem os hábitos e costumes pouco convencionais, demasiadamente estranhos e inapropriados de seus habitantes. E sim um personagem, talvez o mais antigo daquele local, talvez o mais antigo de qualquer localidade entre a latitude, a longitude e a altitude. O fundador da Viela de Badacosh, um visionário misantropo com a idade de 320 primaveras.

Inserida por michelfm

⁠Morar em condição de rua não

Morar em condição de rua não!
Isso é desumano para um humano,
mesmo que não tenhas condição!

É preciso fazer algo, urgentemente...
gente não pode ser tratado mal,
até...pior do que um animal!

Há que ter um jeito,
fico martelando no meu peito
em cada pulsar do meu coração...

Piedade, doação...
onde se guarda o dinheiro
do imposto da Nação?

Deus ilumina o coração dos homens,
que comanda este país,
pois não podemos aceitar...
pessoas ao relento, sob o vento,
o frio, a tempestade e o trovão
quase à riscar o chão ...com o nariz!

Maria Lu T. S. Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Então me diga alguma coisa que me faça
Atravessar a rua ou talvez
Rasgar toda a paulista com os meus dentes
Então me diga alguma coisa relevante
Alguma coisa que talvez não caiba
Em toda essa conversa por dizer
Adeus, amor

Inserida por pensador

⁠Se da vida
Levarei cicatrizes
Que seja das vezes
Que eu andava de bicicleta
Na rua aonde cresci
Com os amigos
Que eu disse que levaria
Para vida toda
No meu coração


- Saudades

Inserida por LauryLorena

⁠Eu sou o sol, ela lua
Eu sou o vinho, ela uva
Ela é calçada, eu a rua
Eu sou dela, ela é sua.

Inserida por LibrianoPoetico

⁠Numa manhã de segunda-feira, Nasrudin chegou na cidade pela rua do mercado central montado em um burro, o qual ele teve dificuldades de encontrar local para amarar, pois, as duas margens da rua estavam cheias de animais deixados pelos comerciantes locais.
Nasrudin, entra num dos mercados e chega ao comerciante rico e diz: eu não consigo entender como vocês querem que chegue a freguesia, se vocês deixam as ruas sem quase espaço para nós fregueses deixarmos nossos animais, também?
O comerciante rico diz: essa é a nossa estratégia para que a freguesia compita entre si pelos lugares ainda vagos, para que façam as compras rapidamente, pois, a maioria das pessoas dão mais valor naquilo em que mais esforço necessitam colocar.
Na terça-feira bem de manhã, Nasrudin chegou com uma tropa de burros, ocupando as vagas dos comerciantes locais. ( Arcélio Alberto Preissler )

Inserida por ArcelioPreissler

Doce loucura
Dramas e travessuras
Kamasutra na rua


O meu Amor vem da rua
Vem das aventuras
De uma menina cheia de frescuras


O meu Amor vem da rua
Vem dessa droga que me vicia


Vem da maldade que alimenta o meu ser
Vem das feridas que causei a um alguém


Doce loucura
Do qual o Amor não é a cura
A dor dura
Pois a um impulso feito de armadura


A minha pele costura
O estômago embrulha
Das coisas que fiz as escuras


Mensagens aos ouvidos do mundo
Ao meu um ser surdo
Cala-se pra sempre a voz de um miúdo
Do qual foi pintado se monstro


Ah não pintou-se de monstro
Que viviam seus tormentos
Pelo sangue derramado
De suas vítimas lamentando

Inserida por lazarosabino193

⁠"BENGALA BRANCA"
Um cego vinha descendo a rua com sua bengala branca, pela sua deficiência até que caminhava rápido e conseguia desviar da maioria dos obstáculos, não levou nenhum tombo, não deu de frente com nenhum poste. E continuou caminhando rua abaixo apenas com a certeza que sua bengala branca o orientava.
Ele vivia na escuridão, não via, não enxergava, seus sentidos eram apenas o olfato e audição e a bengala branca. Com todos esses problemas sua face não esboçava tristeza, apenas a determinação de ir ao seu destino. Tomou certo cuidado para atravessar a rua, mas atravessou...Tinha Fé!!!

Inserida por rivaldoRribeiro

⁠O ACENDEDOR DO DIA (soneto)

Lá vem o sol o acendedor do dia na rua
Este mesmo, rubro, que vem reluzente
Raiando no horizonte, turvando a lua
Quando o véu da noite se faz ausente

Parodiado a poesia, a prosa continua
Na energia, na quimera poeticamente
À medida que a luz aos poucos acentua
E a escureza da noite se vai de repente

Encantada evidência que Deus nos doa
Brilho que doira o dia e ilumina a vida
E que com tal esplendor nos abençoa

Assim, em nossa alma o amor insinua:
O bem, a fé, a felicidade a boa acolhida
Que na claridade com a gratidão tatua

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/07/2020, 07’22” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Masmorra
Ficava em alguma rua sossegada, de vias estreitas, quase sem saída.
Moradia empilhada, de paredes finas e escadas escuras. Janelas apertadas davam ares de sufoco aos segredos. Entreabrindo a porta; de nada se vestiam as paredes, o chão empoeirado mostrava que ali morava o desabitado. Esperava encostada em alguma divisória o ingresso de uma figura dramática.
Chegava o visitante.
Sempre apertava seus braços e engolia seus beijos. O desejo e o medo se amavam.
Violavam a repreensão.
O temor logo desaparecia e os anseios gritavam doídos em sua carne explorada.
Havia um espelho mofado no lavabo, deformando sua imagem.
Iludiu sua boca de encarnado e saiu ajuizando que havia sido furtada por algum sentimento obscuro.
Na rua admitiu o sol abrasador iluminar sua marcha.
E nada do que desejava na sua profundeza permaneceria
no cárcere infinitamente.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠O Rei do Futebol

Da cadeira de rodas eu só via
As crianças na rua brincando
Em jogar bola vivia sonhando
Mas fazer aquilo eu não podia

Minha mãe me dizia chorando
Que eu sofria de microcefalia
E eu nunca fazia o que queria
Só fazia ver o tempo passando

Mas num dia eles me chamaram
E no jogo todo mundo me ajudou
Até para pênalti me selecionaram

Chutei bem fraquinho mas fiz o gol
Rostos felizes, eles me aclamaram
E pensei: "O Rei do Futebol eu sou"

Inserida por RomuloBourbon

⁠Fico por aí procurando
Ando pelo mundo todo
E encontro
Em versos
Canções
Ando pela rua tropeçando no sorriso
Em todo canto estás
Saio correndo para ver
Fico parado para encontrar
Minha procura nunca cansara
Vejo
Canto
Falo e declamo
Toco
Fico por aí procurando
Fico por aqui sentindo
Fico e vou
Entro e saio
É muito estranho
Estar e nunca estar
Ver e não ser visto
Não ser visto
Ser

Inserida por CezarRodrigues

⁠No ar
Mistério
Fazes
Lua e sol
Mulher de rua
De caça
Mulher de festa
Fossa
Sol e lágrimas
Rosas
Frio
Mulher de cores
Sonhos e flores
Músicas
Sedução
Nos olhos pecado
Perigo
Em bilhetes se oferece
Entrega risos
Versos, cores
Mulher de medos
Segredos
Coração

Inserida por LeoniaTeixeira

⁠Sou vigiada
Olhos espreito me seguem
Mas não o vejo, só sinto
Ando na rua
Sinto sua respiração
Fico alucinada, transpiro
Tenho medo!!!!
Corro entre os becos do meu cérebro
Tropeço, caio
Vejo as estrelas
Estrelas que me guiam
Por hoje consegui voltar
Mas sinto que sou vigiada

Inserida por MaraDias2020

⁠Paixão juvenil
Fico na rua a sua espera, de segunda a sexta , todo finalzinho de tarde.
Me maqueio toda e penso que ninguém vê
São horas me preparando.
Disfarço e subo rua acima.
Lá vem ele, as vezes de moto, ou na caminhada.
Com seus cabelos longos cacheados, pele morena como um cigano.
Que podia me roubar, já que meu coração foi roubado.
Quando vem caminhando Conto seus passos, de moto o vento deixa seu perfume.
Me congelo de tanta emoção.
Ele passa e nem me nota.

Inserida por MaraDias2020

O som da voz doce e suave de uma garotinha ecoava pela rua deserta. A menininha pulava de cá para lá, de um lado para o outro, parecia que sua energia não tinha fim. A correria, a gritaria, a diversão encontrada foi a festa para aquela garotinha. Possivelmente de três ou quatro anos, cabelos vermelhos como brasa em chamas destacava a figura da criança que brincava alegremente. Vestidinho azul-claro, pouco amarrotado na frente e manchado atrás, orbes negros, reluzentes ao brilho do que ela sentia no momento... paz e alegria.
Do outro lado do bairro, em uma das mansões encontradas em uma das ruas mais movimentadas da cidade, um garotinho brincava com seu carrinho minúsculo, vermelhinho, de quatro rodas completas. Tinha acabado de começar a brincar. Quando uma morena de orbes negros aparece na porta blindada de vidro, aparentava ter uns vinte anos.
- Está na hora de ir para a escola. Venha se arrumar. - anuncia a mulher e carrega o garotinho junto dela.

Ás vezes, devemos apreciar as melhores coisas de nossas vidas. Por mais que sejam um mínimo detalhe, ou a diferença do tempo da infância...

Inserida por layla332

(...) coloca a tua saia de chita e sai para a rua colhendo olhares e desenhando sorrisos.
Escova a alma com esperança, enfeita te com ternura e ...sai!
O mundo é do tamanho do alcance do teu sentir ...

Inserida por ines_climaco

Enlouqueça

Enlouqueça para sentir
Fique louca e dance, pule
Beije aquela boca na rua e sinta a vibração da música tocar dentro de si

Fique louca
Fique ousada
Fique atrevida

A loucura liberta.
O que seria da lagarta sem a loucura do casulo?
Jamais seria borboleta pra loucura do vôo.

Enlouqueça e viva
Fique louca e se jogue sem medo de mudar
Fique louca e jogue sem medo de amar

Enlouqueça e quebre as regras da sanidade
Retire as máscaras que te impedem de viver

Enlouqueça e viva
Simplesmente viva a deliciosa loucura que é viver.

Kátia Osório

Inserida por katiaruiva

Depois de um tempo a gente pode esquecer.

Ontem alguém me parou na rua, abriu seus braços e com um sorriso no rosto “gritou”:

_ Jane! Quanto tempo! Como vai?
Como queria reencontrar você! Que alegria!

Com um sorriso amarelo e abraço frouxo respondi:

_ Eu estou bem e você o que me conta?

Naquele momento, eu não consegui lembrar quem era aquela pessoa que apesar do tempo parecia ainda gostar tanto de mim.

Inserida por JaneSilvva

NAMORADOS, uma palavra e mil significados.
Namorar não é somente sair de mãos dadas na rua.
Não é para exibir aos seus amigos que você tem uma pessoa.
Não é só beijos e sexo.
Namorar é muito mais.
Namorar é ter uma pessoa em quem confiar.
É ter uma pessoa que você possa contar nos dias bons e ruins.
É ser relevante na vida da pessoa, querer sempre o bem.
É respeitar e ser respeitado.
Não vá ser somente mais um na vida de sua mina, e você mina, não seja somente mais uma na vida dele.
Se não fostes a ser VERDADEIRO que nem sejas.
Pois, se vocês não se entregam verdadeiramente, há muitas pessoas esperando somente o seu ERRO para fazer tudo o que você não faz por ELE/ELA.

Inserida por humbertomiguelete