Poema na minha Rua Mario Quintana
Um dia te falei
Aonde me encontrar
Indiquei o caminho
E todas as jogadas
As páginas de um livro
O filme que me tocava
Mas foi a música que disse
Tudo ... mas você não ouviu nada.
Um dia você vai dizer que me ama
Mas quando este dia chegar
Eu vou estar dizendo adeus a este mundo.
Será meu último adeus
Minha última alegria
Minha despedida
O MENINO NOVINHO DA MINHA RUA
O menino novinho da minha rua,
de passos leves, sorriso no olhar,
tem a inocência que o tempo cultua
e o jeito doce que faz encantar.
Corre descalço, liberdade em brasa,
brinca com o vento, desafia o céu,
o dia é palco, a calçada é casa,
na vida simples, reina o troféu.
Os olhos brilham, reflexo do sonho,
o futuro é vasto, um mistério a se abrir.
No agora, tudo é riso risonho,
é puro, é leve, é de nunca partir.
E assim ele segue, na rua, menino,
sem pressa, sem medo, dono do instante.
Na dança da infância, encontra o destino,
e cada passo é um passo vibrante.
' COMO A LUZ DA MINHA RUA '
Em noites sob a luz da lua prateada,
a relembrar o brilho dos olhos teus,
No firmamento, estrelas sagradas,
Embala o amor que um dia foi meu.
Enquanto estrelas saúdam bailando,
A esse amor que tanto feliz me fez,
Assim a lua prateada vai cantando,
Até que a aurora chegue outra vez.
Queria ver pelo avesso esse amor,
Se por dentro, é cintilante como vagalume ...
Prazeroso seria conhecer seu interior,
Só para saber, se é brilhante como a luz da lua,
Ou se é fraca, como a luz da minha rua,
Ou se brilha mesmo com tanto esplendor .
Maria Francisca Leite
Todos os dias deveríamos ler um bom poema, ouvir uma linda canção, contemplar um belo quadro e dizer algumas palavras bonitas.
Se eu tivesse de escolher entre trair a minha pátria e trair um amigo, esperaria ter a coragem necessária para trair a minha pátria.
Faço dizer aos outros aquilo que não posso dizer tão bem, quer por debilidade da minha linguagem, quer por fraqueza dos meus sentidos.
Este desejo de elevar o mais possível a pirâmide da minha existência, cuja base me foi dada e me domina, ultrapassa qualquer outro e mal me permite um instante de esquecimento.
Na minha opinião, escrever e comunicar significa ser capaz de fazer qualquer pessoa acreditar em qualquer coisa.
Por minha própria natureza, não estou longe da dúvida mesmo sobre as coisas consideradas indubitáveis.
Tenho a certeza que, desde que pude fazer pleno uso da minha razão, nunca mais ninguém me ouviu rir.
A história é uma grande loja para a minha fantasia e os sujeitos devem adaptar-se e tornar-se nas minhas mãos o que quero que eles sejam.
A minha suspeita é de que o universo seja não apenas mais estranho de quanto supomos, porém mais estranho do que podemos supor.
Moço continuarei até a morte porque, além dos bens que obtenho com a minha imaginação, nada mais ambiciono.