Poema Infantil sobre a Lua
"Aqui na minha rua
Tem uma casa que fica
No quintal de um pé de nada
E mora debaixo da lua
Quem a vir, de olhar distante
Na hora em que brilhar de iluminada
Nem nos seus melhores sonhos
Desconfia da alegria que morava lá
Mas mudou-se, escondeu-se igual
Só que ora, distante."
Edson Ricardo Paiva.
A noite clara a sombra ilumina
A lua se eleva, numa leve claridade
Tão breve quanto a verdade
As sombras se aclaram por uns instantes
Verdades de mentira, a mente as cria
A noite escura tira a luz, que à sombra iluminava
E então, nesse momento, minh'alma repara
Que os olhos, quando bem fechados
São capazes de olhar pra si mesmos
Pode ser que melhor do que antes
As noites sem luares são assim
Iguais a você, iguais a mim
Pode ser que elas peçam canções ao vento também
Sobre claro e escuridão
Canções sobre o mar e as estrelas do céu
Se a gente pudesse pisar lá no chão das estrelas
Se desse pra se ver de lá
Talvez então soubéssemos
O quão longe estamos de nós mesmos.
Edson Ricardo Paiva.
Ontem fez uma noite linda
Como há meses eu não via
Não sei dizer se não atentei
Ou se foi a lua que não veio
Pode ser que eu só tenha olhado pro chão
Ou que foi o meu lado sombrio
Haja vista se era frio ou calor, nada senti
Tem coisas que a vida faz
Assim como as dores
Com o passar dos dias
Nem se reconhece mais nem flores
Não sei dizer se era dor
Só sei lembrar que doía
Chega um tempo em que não faz menos sentido
Até que, numa noite qualquer, nem mais
Se vê que a lua é linda, ainda
Mas que os seus olhos de vê-la
Não olham com a mesma lógica
Nem mesmo com a mesma óptica
Por isso não vê como a via
O coração, de forma arredia
Pede explicações da vida à ela
A vida, cansada de vivê-la, bruxuleia a lua
Qual fosse nada mais que luz de vela
A esperança traz a estrela da manhã
O cansaço trança as pernas, lança um olhar ao tempo
Com ar de cumplicidade criminosa
Um sorriso sereno, que parece inofensivo
Num truncado impiedoso que esse tudo fez da gente
Uma corrente de vento, um frio recorrente
Saudade cortante de algo que nem viu ainda
A face linda da lua escondida
Um lado desconhecido da noite e da vida
Não sei dizer se era silêncio
Ou se era apenas uma ausência de ruido em meus ouvidos
Naquela hora sagrada, em que a vida não diz nada
Onde um coração, calejado, entende tudo
E se lembra de uma frase há muito lida
Descobre que a compreendeu, com ar de sabedoria
Embora tarde, era sobre outra coisa que ela versava
Arde de forma boa, como a noite linda
E que tinha sido linda desde sempre
Pode ser que tenha sido eu a deixá-la voar à toa
Que mirei o olhar ao chão e que ali deixei ficar
Por que não há de ser o mundo assim também?
Edson Ricardo Paiva.
Canção do Moto Clube Óleo nas veias.
Sexta-feira cheia
Lua negra
Lente de faról
Acende o céu de areia
Coração roncando lento
Apressa o vento quente
tudo é só momento
Luz de estrela nessa rotação
é chão de céu no asfalto
No fim é sempre assim
É noite e meia
E Deus no alto
Eu numa moto
Boto óleo nas veias
Sempre em frente
Noite adentro
Rotor pulsando lento
Não existe pressa e nem tristeza
e nem subida e nem planalto
Eu sou do asfalto o vento
No fim é sempre assim
É noite e meia
E Deus no alto
Eu numa moto
Boto óleo nas veias.
Edson Ricardo Paiva
Tenho um dos pés na Terra
O outro pisa a Lua
A cabeça não pensa
O coração sempre erra
A vida tem sido assim
de tanto pensar em mim
não quero esquecer você
tenho a alma no presente
e os olhos no infinito
esculpo palavras de amor
num monolito escondido no peito
preservo meu amor assim
quase perfeito
e a saudade se acentua
Ás vezes ela continua
mesmo quando
o coração pára
Tento pensar em algo bonito
e imagino a sua cara
Brilhando mais
que o Sol da tarde
se me permitir pedir-te algo
peço que guarde
nas asas de um vaga-lume
em forma de perfume violeta
esta lembrança
que voa como nave
e chega como um beijo
levado
por suave borboleta.
Lua nova
vem mostrar que tudo muda
e nada se transforma
muito menos se renova
Lua nova, escura...apagada
e ao mesmo tempo cheia
faz lembrar
Que todas as conquistas desta vida
são simples castelos de areia
às margens de um Mar turbulento
Lua nova, faz-me ver
Que esta vida não passa de momento
o orgulho e a nobreza minguam, passam
Se esfumaça a soberba crescente
na escuridão da noite
aonde tanta gente
pensando-se oculta
insulta, engana e mente.
Sem compreender muito bem
O Mundo
Tentando entender
A Lua
Assustado igual criança
Que atravessa a rua
No colo do pai
Superando a vida
Passo a passo
Igual à qualquer outra
Alma perdida
Que não sabe onde vai
Ele ia assim mesmo
de qualquer jeito
todo dia
E pensava sinceramente
Que aquela condição
O fazia diferente
E assim
Colheu seus anos
Viveu sem fazer planos
Cumprindo a parte
Que lhe cabe
E um dia partiu
Sem saber
Que a gente
Também não sabe.
Não conheço nada
Mais pálida que a Lua
Nada mais estática
Que sua prática
de me amar
Nada mais demente
Que este amor
que há entre a gente
Não conheço nada
Mais cálido que o Sol
Nada mais sincero
Que as canções
Em si Bemol
Que compus para você
Não houve neste Mundo
Quem xingasse quanto
Chamaste-me de tudo
Exceto Santo
Não houve nesta vida
A quem eu amasse tanto.
Ontem
Escondido atrás das cortinas
Eu observava a Lua
Escondida atrás das nuvens
Que também me observava
Eu a olhava apaixonado
Quando, de repente
Ela
Que possuia o infinito
e podia olhar o Universo sem fim
Achou bonito olhar pra mim
Olhava-me timidamente
Acreditando-se escondida
Atrás das nuvens transparentes
E ria de mim
Que através de uma atmosfera tão fina
Me via também escondido
Protegido pela cortina
Que sumia à luz do luar
Foi sumindo também
a timidez da gente
Com coragem eu abri a janela
As nuves se afastaram
Era a Lua que também
Abria as cortinas dela
E então nos encaramos
Conversando abertamente
Ignorando a distância
Que nem de longe
Afasta a gente
A Lua ligou o rádio
E ouvindo a canção do vento
Dançamos, então
Mentalmente
Ela me garantiu
Que hoje à noite
Eu posso esperar
E Ela estará lá novamente
Me disse que, se eu viesse
Eu a deixaria muito,
Muito contente
No frio e silêncio da madrugada
Não há e nem há de haver
Mais nada
Além da nossa conversa
Que o vento não leva
Muito menos o tempo dispersa
Tomei cada pingo de chuva
Numa tarde de domingo
À noite teve Lua nova
Mas ainda me era possível
Enxergar a Luz do dia
Quando o Céu se abriu no estio
Som de gaitas e violinos
Ecoava na rua deserta
Soava perto de mim
E mesmo assim
Eu não via quem tocava
A canção
Mais bela que eu já ouvira
Naquela noite de Lua nova
À beira daquela cova
Que eu não sabia de quem era
Fui ouvir de um Anjo ali perto
E ele falou:
"Abandona esta paisagem
Completaste integralmente
tua missão aqui neste Mundo
agora respira fundo
há bastantes gentes te esperando
Após a viagem desta noite
Pra este mundo agora estás morto
Acabou-se a triste miragem
Nos aguardam lá no Céu
Esta música é em tua homenagem."
De vez em quando eu vou à Lua
Hoje, não sei se voltei de lá
E fui direto ao fundo do Mar
Este lugar é tão pequeno
Me deixes ao menos querer
Assim como sempre me deixaste
Partir e ir embora
Sei que nem ao menos percebeste
Mas viajaste comigo no tempo
A sessenta minutos por hora
Achando tudo errado
O que quero, o que penso e o que faço
Neste tempo e neste espaço
Criticando o meu sucesso
e aplaudindo meus fracassos
Não sei se te deste conta
Mas um dia estarei partindo
E pra sempre estarei por lá
Aproveites hoje o meu abraço
Pois não voltarei jamais
Pra este lugar ao seu lado
e tu, que tanto me preteriste
Finalmente há de saber
O que é ser triste.
A mesma terra que dá frutos
também dá flores e sarças
a mesma lua dos poemas
traz maremotos e problemas
as mesmas flores que as abelhas
beijam pra fazer o mel
produzem espinhos
enquanto recolhem
inocentemente
os raios de Sol que vem do Céu
na mesma noite em que
alguns descansam
outros, felizes, dançam
alheios àqueles
que em outros cantos
nada mais esperam
somente se desesperam
a mesma terra que alimenta
muitas mulheres e homens
muitas vezes traz a fome
e no final, invariavelmente
recobre tudo isto
alegrias e tristezas
embaixo da terra somem.
No ato!
Na calada da noite o silêncio toma conta; no Céu tudo está normal e bonito, a Lua e as estrelas brilham como sempre; o clima de mais uma noite de inverno predomina e mantém a vizinhança nas suas casas em absoluto repouso; na minha casa uma confusão de pensamentos acaba de acontecer e é devidamente descrita em forma de versos...
Lunáticos
Certo dia um amigo me disse que da Lua conseguimos enxergar o planeta Terra na era dos dinossauros, afirmou ele, que podemos vê os gigantes caminhando livremente!
Curioso, resolvi investigar e fui a Lua para vê com meus próprios olhos; mas chegando lá me surpreendi, não tem nada de dinossauros nas lentes microscópicas, que revolta! Peguei horas de busão para ter que passar por essa vergonha. Chamem o uber vou seguindo para Marte na intenção de correr no oceano congelado e talvez fazer amizades com alguns OVNIS.
A Magia da Lua Crescente
O Sol ainda brilha na tarde de ventos gelados de um Céu sem nuvens;
A Lua crescente já está postada no cenário com toda sua beleza, as flores dançam graciosamente implorando para serem notadas;
Uma sensação de paz me cobre o corpo todo, ao olhar para o horizonte são tecidas na minha mente lembranças da minha vida;
Olho novamente para as flores a minha volta e percebo que o ritmo de sua dança mudou está mais forte, sinto que essa apresentação queria me dizer algo, então olhei para o Céu e vi que eu e o Sol estávamos paralisados olhando para o magnífico poder da Lua crescente;
Do nada, vaguei suavemente desde a minha infância e adolescência, a plenitude da minha vida adulta, voei sobre as minhas viagens, revi amigos e familiares distantes, enxerguei os meus erros e acertos e por fim, pousei frente a frente com o meu grande amor, então, ela sorriu como um anjo e me abraçou, logo em seguida, elogiou a pureza do meu sentimento e dedicou a sua vida a viver comigo esse grande amor.
Cúmplice
Entre a passagem de uma nuvem e outra, ali está a Lua esbanjando toda sua beleza e esplendor, continuei olhando para o céu admirado com o enigmático magnetismo da Lua Cheia. Logo, fui tomado por um êxtase intenso provocado pelas recordações de momentos maravilhosos ao lado daquela que amei, viajei em meus sentimentos quando vieram as imagens da nossa Lua de Mel; me alegrei quando voltei a navegar em pensamentos naquele passeio de barco aonde sei que fomos felizes; chorei ao lembrar do nosso romantismo acompanhado por belas músicas tocadas ao vivo nas noites de frente das piscinas do hotel; senti um aperto no coração quando lembrei do juramento que fizemos um para o outro de "ficarmos juntos para sempre," e hoje talvez momentaneamente estamos andando com as nossas mãos distantes. Minha Lua querida tu és cúmplice desses momentos doces da minha vida, agradeço a ti por me deixar compartilhar as minhas dores e por manter em segredo as minhas lágrimas.
Ali não há templo — o Senhor é o santuário.
Não há sol nem lua — o Cordeiro é o luminário.
Na cidade que não se fecha de noite ou de dia,
só entra quem anda em verdade e alegria.
Rios de vida fluem do trono,
árvore da cura, folhas que curam o abandono.
Ali não há maldição nem escuridão —
há tronos, coroa e adoração.
A lua hoje está bela
Esvoaçante prata em lampejo
Posso vê-la da janela
E alegria pulsa áquele ensejo
Foi um ensejo real e tão brando
Te conhecer assim do nada em noite de lua estrelas dançando
A noite engordou e a lua em dieta se fez anel...
Um murmúrio da ourora se ouve ao longe...
Mirando o céu eu...
Seria algum pisquim as estrelas mais ditosas picando para mim?
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