28 poemas sobre a infância para reviver essa fase mágica da vida
Quaisquer costumes e hábitos que nos tornassem mais do que meras ferramentas eram considerados vícios, aspectos desenvolvidos a partir de mensagens danosas passadas a nós na infância.
À frente de uma criança, devemos aplacar o vento, aparar os raios, afastar a névoa, eliminar os espinhos e possibilitar que os seus sonhos sejam limpos e sempre se realizem.
Talvez meus pais estivessem certos e tudo o que as crianças precisam é de amor, ar fresco e um pouco de negligência saudável.
É uma ideia corruptiva ensinar uma criança a fazer algum bem por dinheiro ou premiação. Isso pode distorcer a percepção do indivíduo sobre o valor de suas ações, seus esforços e desenvolvimento e provavelmente formará um adulto interesseiro que dificilmente agirá sem que haja algo em troca, focando sempre na recompensa.
Por mais concreto e real que o mundo seja, sempre haverá aquela época em que andamos entre gigantes imortais.
As crianças experienciam a solidão como vergonha. Acham que estão sozinhas porque há algo errado com elas, porque fizeram algo ruim...
Ao passar agora no caixa da padaria pra pagar o lanche, pra comer no trabalho, aproveitei e perguntei, por curiosidade, ao divisar na prateleira, quanto era um potinho do famoso chocolate, esse tal de Nutella, coisinha assim destamainho do tamanho de um frasco de sal de frutas Eno, outro riquinho, o meu é Sonrisal mesmo, ela disse, sete conto! Amanhã talvez eu leve um pra degustar com umas bolachas cream craker pra me amostrar, rs. E comentei com ela, enquanto providênciava o troco: "- Quando eu pequeno Nescau e Toddy era coisa de rico. Maçã e uva, outra coisa da elite a gente só comia quando tava doente no hospital. Nossos entes queridos, não sei se por remorço, pra enganar mesmo, pra ver se a gente, doentes queridos, ganhava um soprinho de vida, um estimulozinho, nos davam, como a dizer: - Olha se tu sobreviver, vai comer isso todo dia! Que nada, quando saía era só banana mesmo. Ate comi uma maçã depois numa rara oportunidade, uma raridade por essas bandas e se chamava mazanas e vinha embrulhada num cheguei, anil. Perguntei a minha mãe, depois que comi, se podia plantar, ela disse não, que era fruta de lugar frio, eu perguntei, seguindo esse raciocinio, se podia plantar na geladeira. RS. - (30.01.2020)
As mais lindas lembranças são as que guardamos no coração. Nossos vínculos afetivos são norteados pelo que vivenciamos na infância. O que buscamos no outro baseia-se nas experiências que recebemos e será a referência para nossas escolhas amorosas. Que parâmetro você tem afetivamente? Que tipo de vínculo tem sido seu norte? Qual é a linguagem de amor que você espera do outro e como você tem manifestado seus sentimentos?
Buscamos no elo amoroso alguém que nos abarque, da mesma forma que fomos nutridos por nossos pais ou cuidadores. Por isso, nossas escolhas amorosas refletem e perpetuam o que nos foi dado e como foi construído nosso arsenal afetivo. Como é importante termos tido então, um investimento afetivo de boa qualidade, pois isso poderá determinar positivamente nossas escolhas amorosas.
Quantas vezes eu me peguei cuidando da criança que existia ontem, apenas para perceber que ela acordou como alguém completamente novo hoje?
A dor nos tornam mais fortes,com raizes de diamantes lapidados pelas as marcas de uma história à serviço.
À medida que as crianças crescem e desenvolvem empatia, elas adquirem uma melhor noção de como navegar no mundo social. Dito de outra forma, pode ser que um aspecto crítico do crescimento seja aprender a dobrar nosso tempo em sintonia com os outros. Podemos nascer sozinhos, mas a infância termina com uma sincronia de relógios, pois nos prestamos totalmente ao contágio do tempo.
Quando crianças, construíamos castelos de areia que eram facilmente levados pelas ondas do mar. Quando adultos, nos moldamos, erguemos sonhos, construímos conceitos e relacionamentos, que uma hora a vida também nos ensina a abandonar. Tudo é sobre construir e derrubar.
Se os pais não ensinarem aos seus filhos a assumirem suas responsabilidades desde a mais tenra infância, não será a escola que conseguirá fazer deles adultos responsáveis.
É interessante observar como a chegada da vida adulta nos endurece. Brincar pede entrega, atenção plena, relaxamento. Só isso. Nós não precisamos saber brincar, precisamos apenas olhar para os nossos filhos e deixar que, por alguns poucos minutos, eles simplesmente nos guiem. Algumas pessoas me falam: "ah, Elisama, mas eu não gosto de brincar, não tenho paciência. Eu leio com ele, a gente desenha junto as vezes. Tá bom, né?". Sim, ler junto, cozinhar, desenhar, contam como tempo de qualidade com a criança e, sem sombra de dúvidas, criam bons hábitos e lembranças na família, mas há algo único e especial em brincar. Quando a gente aceita o convite de "vamos brincar comigo?", eles ouvem "eu me interesso pelo seu mundo e quero fazer parte dele." E existe um efeito mágico nisso. Crianças são uma carta branca pra correr no mercado, dançar no meio do shopping, sentar no chão e brincar com lama. Elas são lembretes vivos de que a vida pode ser mais divertida. São mão estendida pra uma existência menos cinza. Precisamos brincar.
Eu sei que não é suposto as crianças se lembrarem de nada sobre seus primeiros anos, mas lembrar é uma coisa, sentir é outra. Acredito que eu percebi a insegurança e que isso me afetou por toda a minha vida.
Abracemos o dia ao compasso do trinar que nos enlaça numa tranquila solidão, num sonho, como se percorrêssemos a praia da nossa infância, o canto das pequenas aves são confidências que só os poetas entendem...............................