Poema curto
Tua Boca
No teu corpo e
nas tuas cruvas,
eu me perdi
mas foi na
tua boca
Que me encrontrei e,
nela que eu saio
do inferno e
vou por paraiso
E nessa boca rosada
que minha raiva
se vai e a minha paz vem.
Entre nós,
a vida depende de
gente que
entenda a
insegurança de
um coração
que não se faz ouvir.
O Mundo é hipersônico, sem limites...
A ameaça vem
do Mundo
em colapso.
É um mal necessário.
A vida é feita por nós;
Nós que amamos;
Nós que choramos;
Nós que rimos;
Nós que criamos;
Nós que destruímos;
Nós que nos atam;
Nós que desatamos;
Nós que nos unem;
Nós, que vivemos
a procura de nós...
Dos livros para a minha cabeça
Das mãos para o coração
A boca para perguntar
E a dúvida é a minha motivação.
Sou autodidata.
Fugirei dos seus braços
Ao perceber que, diante do gatilho,
Estou completamente perdido por você
(Trecho da poesia Fuga)
Ele curte jazz. Eu também.
Ele gosta das notas altas, vorazes.
Eu, da força feroz do quase silêncio entre os versos.
Somos opostos. Somos o norte e o sul, desejando atravessar os trópicos e desembocar no oceano de um abraço.
Somos dois, e, vez em quando, um só.
Morte
A morte é uma flor que só abre uma vez.
Mas quando abre, nada se abre com ela.
Abre sempre que quer, e fora da estação.
E vem, grande mariposa, adornando os caules ondulantes.
Deixa-me ser o caule forte da sua alegria.
(Tradução de João Barrento)
Eu queria olhar para o passado sem lembrar de ti
Eu queria olhar para o futuro sem pensar em ti
Eu sei que uma hora irei me cansar
Mas até lá, pensamentos em você permanecerá
Eu sou a chuva
E eu
Caio.
E caio.
Mas, apesar de eu cair,
sempre haverá
um momento
que voltarei ao
céu.
Não me olhe acreditando
Que eu desacredito
Se ando do seu lado
Você está sozinha
E quando teu sorriso se desfaz
Eu fico triste
[...]
PARADOXOS DO MUNDO PÓS-MODERNO 1
Os miseráveis querem parecer ricos;
Os insignificantes – inesquecíveis, mitos;
Os derrotados querem parecer vencedores;
Os maléficos – benfeitores;
As ilusões – verdadeiros amores...
É importante frisar que o amor não avisa
E por vezes intenso, na razão ele pisa.
Um sentir que chega, em silêncio e devagar
Mas que faz o coração num instante acelerar.
Basta um olhar para um coração derreter
Enquanto duas almas se interligam sem saber.
Ajustando as velas
Ajustando as velas
Desvestindo um santo para vestir outro
Apagando incêndios
É a vida
Sob todos os seus
Desalentos
Contratempos
E encantos
Seu rosto
é um pedaço de música
muda
conforme o vento
mas eu o escuto
de longe, sem olvido
mesmo sem ver
e acompanho, de cor
o suspiro deste ah
mor rasgado.
"Me desenhei,
Me perdi em rascunhos,
Fiz, desfiz, refiz,
Me perdi em mim,
Me escrevi
E escrevi uma história.... Sem fim."
Olha a rosa branca
Um botão a observar,
Como que numa dança
Querendo desabrochar.
É quando desabrocha
Meu Deus que lindeza!
Toda linda e perfeita
Cheia de sutilezas.
Com pétalas aveludada
Toque macio e sutil
Essa linda rosa branca
No jardim se abriu.
Deu-me uma rosa
Ela era vermelha como sangue
A segurei firme
A quis muito bem
Mas alguém cobiçou seu jardim
Como uma raposa sorrateira
A roubou
E você ainda deixou a porta aberta
Para que ela retornasse
Aí então percebi
Que aquela rosa não murchou
Porque era falsa
você é uma
miscelânea rara
de lindos poemas
e contos inéditos.
porque perder tempo
com quem lê apenas
os best-sellers
do momento..