Poema Concreto
↠ Outrem ego ↞
Almejas um machado
sair do concreto, entrar no abstrato,
criar o cabo como cajado
gerar a lâmina, o corte afiado,
retalhar a lembrança daquele passado…
o qual insiste estar ao teu lado,
suprimes a memória do autorretrato.
Concreto reforçado com fios sintéticos.
Abriram o muro das lamentações,
e começaram a falar de vossos corações.
Abriram o muro das lamentações,
por isso, iniciaram-se as discussões.
Alguns têm o que falar,
outros, sei que vão se calar,
já que não querem se expressar.
Uma hora o muro fechará,
e no futuro, talvez, a harmonia se fará,
ou talvez não,
será tudo isso em vão?
A esperança sofrida,
sabe da história desse muro e de nossas vidas,
uma hora, essa esperança será trocada por orgulho
[ou não...]
esse será um de nossos caminhos
[ou não]
Com essas angústias vamos crescendo,
e cada vez mais sabendo,
que a paz,
é a gente que faz.
Eternamente.
Está tudo na balança
O passo do universo
Dança entre o concreto e o aço
Arquiteta espaço entre as estrelas
Exatidão termina
Onde germina a escolha
e recomeça na colheita
É preciso olhar a casa
Alguns instantes, dentro
Antes de abrir as janelas
Toda vela içada
Há de soprar pra todos
O seu vento ou não devido
Sem ruido ou pressa
Aos pássaros, eternamente
O céu nosso de cada dia
Sem nenhuma garantia que é de sol
Não importa quantos cravos há
Sempre haverá mais rosas
Ela nascerá mais linda
Às roupas no varal
Um pouco mais de Sol te resta
E se ajeita, ainda
Pra toda dúvida, uma incerteza
Migalhas no caminho
Nunca vão fazer ninguém voltar
Muda a estação, folhas vivas
Pra morte, o facão
O tempo, o vento e o chão
Uma fase vivida, o momento
Pra qualquer quase vida,
a diária desistência
Igualmente contrária
Resistente, existe
Se houvesse algum pranto escondido
Assim permanecesse
Cada coisa em seu lugar
Quando a palavra
Que apesar
De repetidas vezes repetida
De repente
Ela não for ouvida
Grita mais alto a dor devida
Ao tenor, o contralto
O verso ao avesso
Uma grande verdade apenas
Partida em milhões
de mentiras pequenas
Em cada cor, a parcela de luz que lhe cabe
À escuridão, a vela
À vela, o vento.
A lição que te cabe, aprendida
Não dá pra entender quantas outras
Nunca tomaremos tento
Isso, é só Deus que sabe.
Edson Ricardo Paiva.
Em Brasília, cidade das retas infinitas,
Onde o concreto se ergue em altas vistas,
Há uma atmosfera densa de melancolia,
Onde a saudade vagueia, o medo se cria.
Nas ruas largas e desertas, ecoam os passos,
Dos corações solitários, em tristes compassos,
A desesperança permeia cada esquina,
De um lugar onde as incertezas se aninham.
Os monumentos frios, impessoais e imensos,
Refletem a alma vazia, quebrada em pedaços,
Os sonhos outrora vivos, agora adormecidos,
Na poeira das promessas não cumpridas.
E no coração da cidade, um silêncio profundo,
Onde o eco da tristeza ressoa, fecundo,
O olhar cansado dos que buscam um abrigo,
Na imensidão de concreto, perdidos, sem-abrigo.
A saudade, essa dor pungente, se insinua,
Pelas avenidas, pelos parques, na alma nua,
E os corações, em vão, buscam aconchego,
Mas encontram apenas a desesperança, no seu apego.
As lágrimas rolam pelos rostos envelhecidos,
Pelos sonhos que murcharam, sem terem sido vividos,
O medo paira no ar, qual sombra aterrorizante,
Crescendo nos corações, como uma erva sufocante.
Mas mesmo em meio às trevas da desesperança,
Resiste uma chama tênue, uma esperança,
Que clama por dias melhores, por uma nova aurora,
Por um renascer que dissipe toda essa angústia que aflora.
Pois Brasília, apesar de sua frieza e solidão,
É berço de sonhos, de lutas e superação,
E no peito de cada brasiliense, ainda pulsa,
A força para enfrentar o desespero que se avulta.
Que a saudade, o medo e as incertezas,
Se transformem em sementes de novas certezas,
E que no horizonte, enfim, se vislumbre a esperança,
Para que Brasília possa renascer em uma dança.
Que a desesperança dê lugar à resiliência,
E a cidade revele sua verdadeira essência,
Pois só assim, nas ruas amplas e céus abertos,
Brasília encontrará o alento para vencer seus desertos.
Transitando entre o concreto e o incerto,
Dou adjetivos às coisas que desconheço,
O que há de ser absoluto, se a arte da vida é recomeço?
Eu realmente te amo.
E sim o meu maior desejo é construir algo concreto do seu lado.
Entretanto, fui lembrado hoje que não existe esperança para nós.
Provavelmente ficarei bem.
Mas uma parte de mim, sempre ficará presa no e se...
Mesmo longe, te sinto perto,
Nossa amizade vai além do concreto,
Amizade não se mede pela presença,
Mas sim pelo valor da essência,
E mesmo separados pela distância,
Nosso laço é firme, feito de esperança.
Como poderia eu, um ser espiritual
enclausurar-me entre paredes de concreto, enquanto aqui vivo?
Se o frescor das flores e ervas ainda me são perceptíveis,
a doçura da fruta me aprazível
e o caminhar sem rumo, ainda me é possível.
Acima das nuvens
Distante do concreto, vê-se melhor;
Lá não há dúvidas.
Diante do infinito, apequena-se;
Ali fica claro.
Próximo de você, todas as chances;
Ai nada me impede.
Movimento, observação e liberdade, necessidades do meu eu;
pois acima das nuvens não há nuvens.
...
Quando o abstrato.
Acomete o concreto.
Sábios se alfabetizam.
Velhos rejuvenizam.
Razão vira emoção.
Sensação de poder.
Transgressão do saber.
Escuridão vira clarão.
Vulgarizamos o ter.
Vangloriamos o ser.
Trancendemos o chão.
Receio vira anseio.
Meio vira cheio.
Azarão vira alazão.
As Rodoviárias
No ventre de concreto e aço, a rodoviária se revela
Um portal para o labirinto do asfalto, onde o tempo se congela
Cacofonia de vozes, almas em trânsito, anseios e despedidas
Um microcosmo humano, onde a vida pulsa em batidas
Sob o teto, a luz, sombras inquietantes
Viajantes e fardos, histórias errantes.
O cheiro de café e saudade no ar
E a melodia melancólica de um violão a ecoar
Nos painéis, destinos se anunciam
Cidades distantes, sonhos que se adiam
Embarques e desembarques, abraços apertados
Lágrimas contidas, sorrisos forçados
Nos rostos, a marca da jornada
A esperança de um novo amanhã, a alma desnortada.
Corpos cansados, mentes em devaneio
Na rodoviária, a vida se revela em seu roteiro
Ônibus serpenteiam como feras famintas
Devorando quilômetros cruzando estradas infindas
No horizonte, o sol se põe, tingindo o céu de sangue
E a rodoviária se ilumina, como um farol que nunca se extingue
Em cada plataforma, um drama
Em cada rosto, uma epifania
A rodoviária, palco da existência
Onde a vida se mostra em sua essência
E eu, poeta peregrino contemplo este cenário
Eternizando em versos este itinerário
Na rodoviária, a alma humana se desnuda
E a poesia encontra sua musa
"Na minha vida apenas o que é concreto é a cor do meu esmalte...
O resto é incerto,vou vivendo o que a vida vem me oferecendo, porque planejamento leva tempo e meu tempo pode não ser muito.Já o momento é o único de se viver!
Andrea Domingues
Na minha vida apenas o que é concreto; é o rosa do meu batom.
O restante é incertezas, vou vivendo o que a vida me oferece no momento. Abraço o que chega com delicadezas, porque o amanhã tá muito longe; já o hoje está a um passo.Por tanto é o hoje que vale a pena!
Por mais incerto que tudo seja, sei que com fé, fico de pé.
"Ora, vivo o agora, o amanhã só a Deus pertence."
#Autora #Andrea_Domingues ©
Todos direitos autorais reservados 03/11/2018 às 12:00
Eficiência
Estimulo um feito
Inspirado e concreto
Esquematizado
Nas entrelinhas
Concisas, inúmeras
Aptidões.
Escutar
Erro em não silenciar
concreto
uma tendencia de apenas falar
agir empoderando a vez soberana
repreander a melhor forma
Reciprocidade.
passadas estacadas
pensamentos vulgares.
Destino volúveis
trajetos de concreto
chegada prevista.
o que pensar se as palavras não se alinham,
não se resumem não sessam . .
ó dor aperta forte, larga as pétalas, respira.
Cela da Alma
Entre concreto e ferro, a mente vaga no fluxo... Liberdade não é bandeira, não é hino é ter a parada certa no peito, mesmo se o mundo te engoliu no trecho. Na cela escura, o coração é o único rolê sem custódia.
Quem tá de consciência limpa não teme a sombra do juízo. “Mano, o sistema pode trancar o corpo, mas o pensamento voa tipo pipa sem linha.” Na quebrada do cárcere, a paz é o traço mais rebelde: não se vende, não se rende.
Enquanto o tempo rasteja na parede, a alma dá um grau... Saber que não deve nada é a única cela que não tem grade.
Se a minha poesia fosse simbolista,
faria versos abstratos com substrato
de cimento e de concreto...
Nestes versos cantaria a canção da despedida,
chegaria enfim o cansaço dos cafés,
das livrarias, das pessoas
das relações mornas, das amizades frias...
Mas na poesia que faço
não há concreto nem cimento,
é tudo sentimento, confissão e fuga. ...
Raízes de concreto
um azul de inundar areias
de expor um mar de sombras
de dizer que legal
é verão
e muitos verão, o que os homens fizeram
por ganância, inteligência ou estupidez...
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