Poema com Soneto sobre o meio Ambiente
Soneto de Uma Tarde
Esse sol já não é mais claro
Nasce o Sol
E não dura mais que um dia
Por que é que o sol nasce de dia?
Quando não devias ser
Pois se de dia é tudo tão claro
O que sol vem aqui fazer?
Já que de noite anda tão escuro
Toda viela
É um mar sem fim
Depois da Luz vem
A noite escura
É que me deito e me penso à noite
É que ele deveria nascer
27/02/2019
SONETO À INOCÊNCIA
(Para o pequeno anjo de amor que acaba de nascer)
Sonhe grande, pequeno fruto do céu.
Que nada turbe sua santa inocência.
Vieste como anjo sem véu,
conduzido pelas mãos na santa providência.
És poesia em forma de luz,
fazendo valer o sacrifício de cruz.
A perfeição em ti faz pouso e morada,
lembrada em cada dia de cada alvorada
Sorria, anjo de luz!
Seu sorriso é doce e à todos seduz.
És flor que brota no jardim do amor,
Revelando a vida e todo seu valor
A ti fora conferida toda graça da vida.
Pelas mãos do Criador sempre ungida
ACarlos
ÚLTIMA HOMENAGEM
Este derradeiro soneto te ofereço
Em versos últimos e tão penados
Na rima incerta a dor de adereço
Sufocando os hinos apaixonados
Segui aqui o final de um começo
E os sentimentos tão assustados
E neste cansaço o teu desapreço
Mais as culpas dos meus pecados
Foi um amor, passageiro, pouco
Pois no sonho inventado e louco
Eu e tu caminhamos para o fim
Assim, cada linha um dissabor
E também fica um doce amor
Crer que um dia doou pra mim
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 outubro, 2021 – Araguari, MG
SONETO 05
Quero falar do meu amor e falando.
Calar minhas lágrimas e desejos
Ter da doce boca os teus beijos
E sentir que deveras, estás me amando.
Quero nessa certeza achar esperança
E confiar em ti para o meu bem
Pois é melhor viver só, assim e sem.
Do que com alguém e não ter confiança.
Isso tudo é bom não deixar pra depois
E o arrependimento vir até nós dois
E depois querer fazer algum reparo
Algumas vezes podemos ser inconsequentes
Mas se nós agirmos mais conscientes
O amor será sempre mais raro.
12/03/2005
SONETO 06
Dos vales mais profundos assim Eu vi
A alma triste que ardia em chamas
A solidão que aqui tu reclamas
Sofri vendo e fiz de conta que não sofri.
Desenterrado do meio de todo erro
O ouro brilha mais do que se espera
Meus olhos que agora ver e coopera
E chora bem mais do que um bezerro.
A alma que dantes triste vivia
Aquece-se afora da laje fria
E preenche a carne minuciosa.
Eu que queria nessa vida um só bem
Um amor, uma paixão, um alguém.
Continuo com essa natureza ansiosa.
02/07/2002
SONETO 07
Hoje, quero preencher o espaço vazio,
Completar o que me espera para o futuro
Não quero dar nenhum tiro no escuro
Nem me perder num caminho sombrio.
Quero. Mas querer nem sempre é poder
Desejar é como sonhar acordado
Viver nos sonhos não é ser realizado
E mesmo realizado ainda falta algo no viver.
No sobejar do desespero e do desgosto
Vi ao longe a luz de um sol já posto
E o escurecer da minha vida particular.
Eu que sou homem viajado na substancia
Recordo, e num desvairo de minha infância
A lágrima que ainda hoje vem me inspirar.
02/06/2016
SONETO 09
Atirem à primeira pedra em mim
Quem dentre vós nunca amou
E quem também nunca errou
E na vida não sentiu algo assim.
Quem?! Um só motivo apresente agora,
Ou me diga o que fazer aonde ir?
Dê-me um motivo para não partir
Nem chorar, pois não é hora.
Arrisco-me, mas tenho cuidado.
É muito estranho o meu estado
E com certeza triste para quem me ver.
A vida se faz com um alto preço
E eis-me aqui, pois Eu te ofereço.
O meu amor, que em ti quer viver.
23/03/2005
SONETO 10
Vim aqui não como quem faz versos
Pois estou tentando fugir sem saída
Vou fugindo e procurando minha vida
Na vaga rua dos meus universos.
Eu tentei sozinho aqui encontrar
Nesta rua que só me fez sofrer
Pois sem vida continuei a viver
E vivendo, vivi só para amar.
Só sei que o amor que outrora ardia
Hoje não passa de uma coisa fria
Ou qualquer coisa similar assim.
Entre o amor e o verso perdido
Fico Eu aqui sem ter vivido
Quero achar vida antes do meu fim.
16/09/2002
Soneto
Por Adailton Ferreira(Poeta Adailton)
Saudade
Um pingo de lágrima que cai no rosto.
Inundando o coração.
Um aceno com uma das mãos -Tchau.
O rosto sumindo pelo retrovisor- Despedida.
São as lembranças de uma vida.
De alguém que partiu para a eternidade.
Aqueles momentos de felicidade que marcaram história.
Que insistem em "morar" na memória.
A pessoa que sempre esteve ao seu lado.
Que não morreu junto com o passado.
É uma dor sorridente.
E está viva no presente.
É ver apenas aquela pessoa.
Em meio a tanta gente.
SONETO PARA VOCÊ
Há certos momentos em minha vida
Que a poesia se torna parte
Agora é um desses intensos momentos
O meu coração bate mais depressa
E eu quero que saiba pois
Isso que eu trago em versos
Tem muito a ver com você
Não é flerte, é muito mais
É relação e relação é relacionamento
Estou inteiro e pronto para ti
Te dar todo meu carinho guardado
Tudo o que eu quero dizer
Vem com a minha real pergunta:
Será que você aceita namorar comigo?
PEDIDO: PAULO CESAR (CISQUINHO)
DATA: 31/10/2021
CIDADE: PARAÍBA DO SUL
SONETO AO NOVEMBRO AZUL
O homem já não vive de tabu
Faz rito a prevenção sem ver atrito
Entre ele ser viril e o toque nu
Só que o preconceito urge maldito
Pois o macho ainda zoa o novembro azul
Como se o desdém fosse algo bonito
E qual tipo de gente serias tu?
Porque abrir mão da saúde nem cogito
A desinformação mata, inclusive
E o homem já não fica cabisbaixo
Ele se informa igual um detetive
E talvez não lhe agrade o que eu acho
Mas sim, na vida o homem sobrevive
Enquanto na ignorância morre o macho
O soneto que hoje fiz foi escrito
D'uma forma correta, d'um modo inverso
Sei que morro no final de cada verso
Para enfim renascer no infinito.
Infinito este no qual ecoa o meu grito
Nos confins do meu pequeno universo
Onde comigo falo, me contradigo,me desconverso
No mesmo instante que sou feliz,estou aflito!.
Travo um diálogo mudo entre lucidez e loucura
No mundo claro da minha sala escura
Onde cansado de não correr eu me deito.
Tateando na cegueira a minha mão procura
Achar o teu semblante, a tua figura
Para dormir o sono do amor no teu peito
Soneto 2
Amas, amas em teu ser verdadeiro!
Coração errante, sem temor de errar.
És flecha do cupido, o mensageiro,
Que sempre no alvo sabe onde acertar.
Amas como o fogo que arde inteiro,
Aquecendo a alma em inverno a gelar.
És um eterno amante, verdadeiro,
Com prudência da serpente a caminhar.
Amas por completo, com paixão,
A tua eterna amada, teu tesouro.
O amor que te consome em devoção.
Amas com intensidade e desvelo,
Como quem guarda em si o puro ouro,
Do sentimento mais puro e belo.
SONETO DIVIDIDO
Meu sonho busca o verso eternizado
De ver o soneto no pódio da inspiração
Traçando prosa de tão doce sensação
De agrado, alegria, de afeto cobiçado
Minha ilusão chama pela mesma razão
De tal glória, assim, sendo, torneado
Onde o amor sempre seja glorificado
E, o ledor aplauda com brava afeição
Mas, nada é tão simples, tão comum
Na busca de ter o sonhado, mais um
Inolvidável, no diverso das emoções
E, então, o propósito amordaçado
Num soneto dividido, despedaçado
O vi disperso na trama das cisões...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Junho 23, 2022, 05’45” – Araguari, MG
O soneto da amargura
Do que não tem nada
Vive apenas a agrura
De uma pessoa criada
Assim tenho tanto ódio
Rancor como amarga fruta
Não cheguei no topo do pódio
Que perfaz minha conduta
Singelo com o chinelo
Que sou e uso aos pés
Como um plebeu donzelo
Aflito como todo semita
A vida que tem outro viés
Que a donzela não permita
SONETO DOMADO
Sou um soneto túrbido no sentimento
Suspiro a todo o momento, duro verso
Perdido em sensações, tão controverso
Hora no agrado, hora emoção ao vento
Ter a poética em um acordo, como tento
Porém, o meu cântico no acaso é imerso
Dói-me tanto por este valer tão disperso
E mesmo em lágrimas, o prazer invento
Um soneto alanceado, mas imutável
Sigo em frente, sou insistente, afável
Sempre a buscar e estar apaixonado
Persisto, sonho com um estímulo certo
Hei de deparar com o oásis no deserto
E, então, ser aquele soneto domado...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 junho, 2022, 11´11” – Araguari, MG
Soneto para Shakespeare
Enquanto sirvo-te, vives a me agredir
Para ti não passo de alguém estranho
Como um cão fiel persisto em te seguir
Tua vil ofensa pra mim é doce ganho.
Assumo as faltas, não oculto o inferno
Dei tudo de mim em troca de migalhas
Fui imaturo, mas sempre amável e terno
Meu amor é puro, como são as falhas.
E que lucro eu tiro deste árduo ofício?
Sendo humilhado em troca de nada
O bem que te faço é arte de suplício.
Um dia eu me canso de tanto repetir
Terás saudades de uma alma cansada
Em pé à tua porta, querendo dividir
Soneto da saudade
Saudade da chuva
Harmonia terrestre
Saudade estava
Acalanto a alma
Saudade do sol
Estrela terrestre
Saudade estava
Acalanto a alma
Saudade estava
Da minha doce amada
Pensante fada
Saudade estava
Da madrugada... Atordoada
Assim serena, ô doce amada
Soneto Estória Sagrada
Eu as vezes fico indo e voltando
Aos mesmos lugares
Mas tudo tem o seu tempo
E estas indas e vindas já tiveram o seu
Nem sempre é fácil
Se desprender das correntes
Ou das amarras que prenderam minha atenção
O lirismo de nosso outono
Mas eu vou me livrar
Enquanto eu vou escrevendo, entendendo e vendo
E deixando pra trás o lirismo profano
Quando eu acabar este soneto
Já estarei livre disso
Para escrever uma estória sagrada, inculpe, inviolada
Autoria: Edson Felix
Data: 9.3.21
Meu quarto soneto
A tristeza
Substantivo abstrato;
Depende de alguém para existir;
É a marca da infelicidade;
É a companheira da saudade;
Ás vezes é motivo para sorrir;
Para disfarçar aquilo que qualquer pessoa ver;
Mas quando não tem jeito;
Não dá para esconder;
É a impotência de não poder ajudar;
É querer dizer e não falar;
É o sabor amargo da derrota;
É a consequência da desilusão;
É filha da traição e irmã do desamor;
É a distância entre a felicidade e a dor.
poeta Adailton
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