Poema Carolina
Que meus olhos não percam o brilho do dia,
que minha boca não perca o sorriso nos lábios,
que meu coração não perca o amor pela vida
que minha mente não perca a capacidade de sonhar
e que eu não perca o entusiasmo de torná-los realidade!
E para quem pensa no amor
E para quem luta por ele, nunca o terá.
O amor não funciona assim, o amor precisa se jogar, se arriscar. Perder e ganhar.
A noite se foi
Revirou
Retorceu
Retirou-se
E se foi
A noite se foi
E Levou-me junto a si
Teve a mim
Num pleno luar
Era minha
Era do meu pai
Hoje sou da noite
Da noite.
A noite se foi
Mas o dia não veio
E levou-me junto a si
Virei estrela.
A noite se foi
Se foi
Mas o dia não veio.
Estou inerte, incumbida, ensandecida de amor por ti.
teu cheiro me alucinou, fui do inocente ao delírio no instante que passa.
que traços são esses,
perfeitos, esculpidos por mãos delicadas
que olhos marcantes,
por que me olhas assim?
não vê o que estou a mercê doa meus desejos?
estou afogando areias nessa onda,
tirando pássaros do céu...
que sentido isso tem?
eu não sei. perdi os sentidos, perdi a cabeça,
perdi meu subconsciente pra esse amor.
que louco amor.
e agora, que faço?
estou demente, inquieta, perdida, incolor
dê-me o teu melhor,
faça do nosso caso uma história.
o que faço comigo, amor?
o que faço se sinto a cada hora
a cada dia, a cada instante,
a dor da perda de vc?
se é saudade, não sei
se é desejo não sei,
se é egoísmo, não sei
são marcas, sequelas, rastros de ti,
sonhos pisados, sentimentos quebrados
e um coração despedaçado
que queres de mim?
que eu sofra?
que eu morra?
não sei o que fiz,
só sei que vivi
entreguei-te o meu mais profundo 'EU'
te amei como só 'EU' podia amar
beijei como só 'EU' beijar
e você me deixa no meu mais triste 'EU'.
Eu planejei de manhãzinha lhe dar um presente. De no natal irmos ver Quebra Nozes e apreciar as luzes piscantes natalinas.
Planejei um dia de chuva pra não fazer nada e um dia de sol para fazer tudo.
Plantei uma semente de árvore para um dia sentarmos em baixo dela.
Bordei nosso nome numa toalha de rosto, só para enfeitar o banheiro.
Esqueci de propósito uma peça de roupa em sua cama.
Planejei molhar nossos pés na beira da praia e colher jaboticaba do pé.
Eu planejei.
Sozinha.
E o que fazer, quando já não há o que fazer.
Escrever?
As mais belas escritas são todas produzidas em momentos assim, quando não se tem uma ideia do fim.
ESPELHO MEU?
É estreme achismo em essa
Sociedade líquida, a qual
Não me excluo.
Somos errantes, porém
Em busca do prevalecer
Dos acertos.
Quem almeja plenitude,
O mais importante é não se
Importar. Mas cá entre nós,
É um tanto quanto ilusório
Manter-se natural quando
Meras palavras soltas
Tornam-se verdades
De alguém.
Sua boa conduta de nada
Vale para aqueles que
Aspiram à sua falha.
Indiscretamente, questiono
Se o que você julga muitas vezes
Mentalmente, é uma perspectiva
real ou apenas um reflexo do seu eu verdadeiro?
CÁRCERE
No cais desse mundo célere,
A vida passa em um sopro.
Tão fugaz quanto meus
pensamentos, que me tiram
O alento. Atleta nata
De correr contra o tempo,
E ainda assim, perdida
Nos dias da semana.
Ora, o ano mal começou
E já está na metade! Este
Domina a arte da fugacidade.
Queria deleitar de todos
Os minutos, mas quando
deparo-me já estou no amanhã
E o hoje fica encarcerado
No passado.
VEM CÁ
Qual a graça de ser sem graça?
Vem cá, o topete em pé só fica bem na
Calopsita!
Qual a graça de cerrar os dentes
E ignorar o morador de rua?
Vem cá, ele é ser humano assim como
Você!
Qual a graça de estar em meio a
natureza se o que contempla é apenas o
Celular?
Vem cá, aplica o outro significado da frase e curta a rede!
Qual a graça de frequentar a igreja
Se ao sair debocha da vestimenta do
Desconhecido?
Vem cá, a aparência só serve para
Nos diferenciar no caráter daqueles que a Julgam!
De tolos mal-humorados o mundo está cheio, pois seja então, a graça de alguém.
COBIÇA
Uma hora a sua máscara cai...
Todavia, aquela que embaraçava
Sua visão, dificultando ver a amizade
Sombria a qual mordia os lábios,
Mas som algum saía para enaltecer
O seu trabalho.
Uma hora, o seu eu verdadeiro grita
Mais alto a fim de despertar seu coração, Que não notava até então, que a Companhia perdera brilho por cobiçar
A sua singela aurora.
AUTOCONHECIMENTO
O brado da vida alucinou-a
Por instante. Fê-la transmutar
De uma perspectiva simplista
Para um profundo, realista,
E até então, inacessível prisma.
A busca incessante pelo saber
Tornou-a conhecedora de si,
Progressivamente.
A alteridade que aprendera
Há pouco, auxiliou-a em seu
Propósito. Ao mesmo tempo
Sem sabê-lo, sucede minunciosamente,
Dia após dia em busca. Aplicando-se
Em seu melhor significado de viver.
DEVANEIOS E LUCIDEZ
Ela é de luz com ascendente
Em determinação e lua independente.
Mulher menina carrega consigo
A arte de amar. Coração corajoso
Não se deixa levar por um amor de
Verão. Apetecem-lhe as quatro estações.
Corrida zelosa atrás de seus anseios.
Cabeça iluminada, um tanto, avoada,
Enquanto o sol não se põe. Mas, à noite...
Ah, a noite! Como é bela, tão quanto
Seu sorriso enaltecido pelo batom bordô.
Deleita um bom vinho na sacada.
Aprecia sua própria companhia,
As constelações, singularmente, as Três Marias
Em uma infindável mescla de devaneios
E lucidez.
INCERTEZA
Eu cá, você acolá
Unificados em pensamentos
De insegurança e prazer.
O que fazer?!
A incerteza faz-me
Ter certeza do que sinto
Agora, todavia, amanhã
É um novo dia, um novo eu e
A hesitação torna-me a procurar...
IMENSIDÃO AZUL
Sofrer é inevitável,
Todavia você é o
comandante da
Embarcação.
Escolha a maneira de
Lidar com o maré.
Siga fluindo a
Corrente marítima
Da vida. As nuances
Da tempestade e da
Calmaria moldam o navio.
O qual é guerreiro e enfrenta
Rotineiramente as intempéries,
E ainda assim, continua
Navegando, contemplando
A sublime imensidão azul.
SOU LIVRE?
Se até puno-me com
Meus peculiares pensamentos,
Como eis de conquistar a carta
De alforria?!
Pego-me lembrando do que
É para ser esquecido.
Torturo-me com o passado
E sofro por antecipação
Do relógio adiantado.
Ensinaram-me a ter liberdade
Seguindo oportunos passos.
Releia essa frase e questione-se:
“eu realmente sou livre?”.
Outra vez, conduzido.
E é assim que estamos existindo...
Árvore florida, cheia de vida
Doa mais do que recebe
Tem roubado sua sombra folhas e frutos
Mas mesmo tronco de árvore quebrada
Ainda dá-se um jeito de virar assento
A frente da pastelaria, onde criam todas essas lendas urbanas,
Eu fiz e foi em casamentos e velorios:
Em praias, igrejas e templos.
Em meu lar, nessa cidade morta
Que nem chover certo, cê sabe.
Tudo vez que vocês quebrão um prédio,
Quebrão uma parte do meu passado.
Tenho tantos medos.
Medo de dizer de fazer de falar de amar
as vezes a única coisa que eu queria era me libertar dele
tenho nem palavras para descrever
o quão ruim é o ter.
