Poema Canção dos Ovos
Tem dias em que o cansaço pesa e a vida parece uma canção repetida. Mas mesmo nessa rotina silenciosa, há um fio tênue de esperança, o sono que acolhe, o descanso que renova, e a certeza de que, a cada amanhecer, uma nova nota pode surgir na melodia.
Não sou poeta e muito menos compositor.
Um sonho seria, poder compor a mais bela canção de amor e a mais linda poesia.
E nesse canto, onde meu pranto atingiu o ponto, me embriago e canto dentro deste labirinto a canção do meu tormento, que ruge violento como o sussurro do vento. Minto a mim mesmo que estou pronto, sedento e faminto para que habites esse recinto e seja unguento.
Esse amor canção que há de me escrever um verso, Estou aqui a esperar, Vou te amando em poesia, Como é bom sonhar...
Os versos na cadência dos teus carinhos, Delineiam o nosso poema-canção sussurrado ao pé do ouvido, Delicadeza poética que também é abrigo.
A noite embala o coração, O teu nome soa como uma canção, Te trago tatuado no peito, Você é meu, não tem mais jeito.
Coração é como uma flauta mágica. Ao ser tocado pelo sopro do amor vibra delicamente e espalha pelo ar a canção do recomeço.
A música é o inexplicável que acalma a alma, é o som que toca o coração, é melodia que inspira. Não tem nada melhor do que pegar algo pra tocar uma boa canção.
O amor verdadeiro faz você se sentir tão único, assim como uma melodia tem a sua composição para uma única canção.
Senti uma brisa leve tocando meu rosto, então respirei profundamente. Sentei-me na sombra de uma árvore, fechei meus olhos e desliguei-me do mundo. Naquele campo verde com belas flores e ao som do cantar dos pássaros, pude, então, descansar.
A tempestade havia passado e o dia trazia novas promessas. O sussurro do vento cantava uma canção que dizia que era hora de recomeçar, desacelerar e seguir de onde o mundo parou. Então fui e aceitei a chance que me haviam dado. Nem tudo se perdeu.
Em um momento do dia, quando tudo se acalma, a poesia floresce. É assim. Quando a noite vem pela janela.
Hoje foi mais difícil levantar, enquanto ele me abraçava bem quentinho, ela cantava suavemente uma canção de ninar...
Ah, o cobertor e a chuva...
Cada sorriso é uma nota de uma dessas canções sublimes que na displicência mágica de um instante o coração alegremente entoa.
É uma fonte diferente, exala um bom odor mas tem águas cristalinas como as que eu via em seus olhos e os ruídos se repetem. Ruídos de um CD velho que eu já me acostumei em deixar tocar, fingindo que não sei a melodia de cada canção. Será que o fim é sempre o mesmo? Essas águas vão a caminho do Rio Negro?
Que o amor chegue a você e te faça lembrar que um dia eu te amei: com respeito, em silêncio, sem limites, em demasia, mas na suavidade de uma canção que toca no coração. Que o amor chegue a você e que você possa se entregar a ele. Porque não há melhor entrega, quando a gente abre a alma para alguém e deixa o amor entrar na gente, numa sintonia mútua do aceitar, do ficar, do querer simplesmente amar.
