Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
🎵 Poema/Oração Musical: "Sopro de Aliança"
Sopro sagrado, som do deserto,
Chama que ruge do trono aberto,
Ergue teu som, chifre bendito,
Rompe as trevas, rasga o infinito.
Na sombra da cruz, eu repouso e clamo,
O sangue do Cordeiro é o meu escudo e amo.
Como o carneiro que salvou o herdeiro,
Sê tu, Senhor, meu rochedo inteiro.
Sopra, chifre, voz de Deus altíssimo,
Faz tremer muralhas e véus do abismo.
Que caia a inveja, que cesse o olhar vil,
Pois meu abrigo é o Teu amor sutil.
Anjos de fogo guardam meu chão,
Armas de treva não tocam minha mão.
Espada da fé, escudo da luz,
Tudo em mim agora Te conduz.
Ó Pai, ó Filho, ó Espírito Vivo,
Sela-me em glória, torna-me cativo
Do Teu querer, da Tua aliança,
Sopro divino, eterna esperança.
POEMA DE UM NINGUÉM
A dor se torna constante.
A tristeza se faz presente
Em meu coração.
A solidão me faz companhia
Em todos os momentos.
E cada vez mais, me perco
Em meu pensamento.
E no labirinto que se tornou
A minha alma.
Eu me sinto solitário e triste.
Mais será que a minha vida
Será sempre assim?
O destino que eu sigo me
Leva cada vez mais para
Um limbo.
Que a cada dia, a cada hora,
A cada segundo, me prende
Mais e mais numa escuridão
Tão densa.
Que nem a maior luz consegue
Iluminar.
Agora pergunto a ti: Será mesmo
Que eu consiga ser feliz ?
o poema
é pequeno
e cabe na mão
no coração,
no livro
dentro do bolso
na mente,
o poema é livre
e anda por onde quiser!
em cada batida
palpitação...
em cada partida
inquietação...
em cada poema
antes de mais nada,
INSPIRAÇÃO.
o poema não chega
por mais que eu insista
por mais que eu exista
por mais ou menos
a hora é a guerra
e eu perco todo o meu tempo
quando penso demais.
entra no poema
que no caminho
te explico.
segue aquele poeta
aquela vida
siga em frente
não pare!
na próxima esquina
o futuro.
no poema cabe revolta
pela injustiça do cotidiano.
uma voz gritando por liberdade!
no poema-vida-real
a guerra martiriza
o terror destrói
e o inocente paga caro
sem ter culpa,
poesia não é só amor e flores
é dor e devastação.
escrevo um poema
como se fosse um enigma
vou decifrando palavra por palavra
até descobrir que tudo
é passado, acabou o momento
e não sobrou lembrança de nada
a vida passageira
e eu perdi o tempo
esperando você voltar.
Em cada esquina
Deixa um sorriso
Um poema-vida
Um abraço acariciando a alma
E o amor nos olhos
Em forma bem-querer.
Escrevi um poema de luz apagada
E escutei uma voz:
Não vai dar certo lutar contra a correnteza
Na força do braço.
Mas, se eu não ir para a luta
O dia não será bom.
No final é só um poema
Escrito com palavras
Que perdi na memória.
Na pele o poema
Riscado de amor,
Quem escreveu teu olhar?
Teu sorriso?
É tudo tão lindo
Que não cabe no universo...
A leitura do poema
No calor do deserto
No Saara, no sarau
Onde for, alívio
A alma com sede
E gosto de quero mais
Pela poesia insaciável
Que parece nunca ter fim
Abraçando as dores do mundo
E derramando seus versos
Por todo universo do viver.
Para te esquecer
Fui um poema escrever
E me arrependi totalmente
Pois, você não saí da minha mente
E no poema
Persiste o mesmo problema
Teu nome estampado
E carimbado
Nas entranhas do meu ser
Que ainda me fazem te querer.
✍️
Nas gavetas da memória
recordar hoje é meu tema.
Quero expressar alegria
através deste poema,
num parabéns por três anos
da minha linda Jurema!
Meio dia
.
Meu coração desconhecido
É um poema sem sentido,
Dela visto e não quisto
Como um balsamo perdido.
.
Menina moça mulher...
Menina que me encanta,
Moça que me atiça,
Mulher que muito amo...
.
O tempo passa
Sem tirar o devaneio
De quem ama um coração
Em meio a tanta multidão.
.
Se dela eu fosse
Um com ela eu seria,
Meia noite ou meio dia
É eu e ela todo dia.
.
Edney Valentim Araújo
1994...
Calafetado Poema
Os cílios cerrados do agudo penhasco
derramam lágrimas de vento e granizo
no terreno arborizado dos cinco sentidos
antes do combate entre a fecunda existência
e a íntima e persistente irrealidade.
O declive inalterável das horas abana os dias
onde os vagos versos caídos no calafetado poema
não dizem uma sílaba: escorrem as dores mudas do Amor.
No leito fundo do meu coração de carne
Navega, à bolina, a intrépida canção da sereia.
Se Pudesse Estar Dentro do Poema
Se pudesse estar dentro do poema
apagaria a vegetação rochosa
que alimenta o meu caminho.
Ouviria a canção anárquica do vento
a soletrar o íntimo alecrim dos versos.
Se pudesse estar dentro do poema
inalaria os reflexos do teu perfume
esquecidos na polpa estanhada do luar.
Dedilharia os acordes derramados do mar
no solfejo telúrico das aves.
Se pudesse estar dentro do poema
naufragaria nos porosos cristais da tua pele
beijaria o subúrbio umbilical das tuas palavras.
Resvalaria no declive das diluídas metáforas
e não seria o que sou: um poeta sem poema.
Se eu pudesse transformar
o meu poema em realidade
escolheria aquela parte
onde não existe realidade.