Poema triste 31/08/2003 Solidão de... Eder Medeiros

Poema triste 31/08/2003

Solidão de ventos presentes
Pedras no solo ausente
Da vida, o gosto mal se sente
Do tempo, escravo o corpo e mente.

Água escura do rio poluído
Pelo ódio e pelo rancor
Que existe no homem
Qual não se fala mais de amor.

Só o desprezo sórdido
E a loucura sã
A beleza cega
Nos olhos negros de tua irmã

Nada se entende
De teus desejos
Mas tudo se perde
Aos teus loucos anseios

Que poder tem ti
A persuasão da mente
A divindade dos deuses
Ou a incerteza de adolescente.

Mas pelo que vejo
Ou talvez não vejo
Mas se vejo
Acho que finjo que não vejo.



O lindo sol que se esconde
Nas nuvens ou por trás do horizonte
E a lua na noite
Que fria faz açoite
Nos sonhos que acordado
Vejo passar por entre meus dedos
O que não sinto, alegria
O que mais vejo, o triste medo
De um solto desejo
De infinita felicidade.

Felicidade que pude ver
Em meus olhos tristes
Que tinha de ser com você
Mesmo tendo a enfrentar teu sevo destino.

Mas quando em teus gestos
Percebo tua concupiscência
Prontamente me ponho
Aos pés da loucura
E escarneço da vida solitária
Que opulentemente me seguia.